Capítulo 30

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KARLA

Em memoria de DIEGO CARVALHO

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Em memoria de DIEGO CARVALHO

OU VOCÊ INTIMIDA O MUNDO

OU O MUNDO INTIMIDA VOCÊ

- Diego

- A parte mais difícil é saber que não verei mais você sorrir! De todas as dores que eu poderia sentir, te perder sem duvidas foi uma das mais dolorosas. Eu aprendi te amar do jeito que você era. Aprendi a amar os seus defeitos, sua arrogância matinal, seu semblante frio, sua bagunça. Eu entendi que o amor não tem um lugar, uma hora certa e muito menos classe social. O amor simplesmente acontece, e aconteceu com nos dois mesmo sendo de lados opostos. Passamos por muita coisa juntos, demos boas risadas e choramos juntos. Tudo isso transformou a nossa historia em um conto de fadas ao meu ver. Você me fez olhar a vida com outros olhos, me deu o maior presente que a nossa pequena Valentina! Você me ensinou tanto e nem sequer sabia disso. Se estiver me ouvindo, saiba que onde quer que eu vá, levarei você no meu coração! Eu amei você desde o dia em que te vi e vou te amar até meu ultimo suspiro. Diego você foi um homem incrível, um líder impecável, um pai sensacional e um companheiro extraordinário. Quem conheceu você de verdade, com toda certeza adorou você. Sua essência jamais será esquecida, o seu legado viverá para sempre e toda geração que está por vir saberá quem foi Diego Carvalho. Eu te amo com todo o meu ser, com toda minha alma e te amarei eternamente. Descanse em paz meu amor.- Derramo lagrimas durante o meu discurso, quando me sento no meu lugar choro ainda mais quando as lembranças vem na minha mente.

FLASHBACK

- Amor, estamos prontas.- Falo saindo do quarto com a Valentina.

- Será que eu dormi e acordei no paraíso?- Ele vem até nós.

- Papai eu estou bonita?- Ela gira.

- Bonita? não minha princesa, cê tá é maravilhosa.- A Valentina abre um sorriso enorme e corre pro carro.

- E eu? Como eu estou?- Dou uma voltinha.

- Você é a mulher mais gata que eu já vi andar pelos beco da minha favela. Tu é beleza principal desse lugar, a minha mulher.- Aperta a minha bunda e me beija lentamente.

Saímos de casa e fomos pra um restaurante aqui no morro mesmo. Um jantar em família observando a chuva cair lá fora.

FLASHBACK

- Eu queria falar em nome de todos os menó que tiveram a honra de trampar contigo, o quanto foi gratificante pra nós fazer parte do teu reinado e saber que servimos a um líder de caráter e opinião formada. Descanse em paz meu irmão, será lembrando pra sempre em nossos corações.- Cb fala.

Sem dúvidas foi o dia mais sombrio e triste da minha vida. No fim do dia enterramos o amor da minha vida! A Valentina não quis ir de jeito nenhum e chorava o tempo inteiro. Quem contou pra ela foi o meu pai e a tia Luiza. Ela ficou tão confusa e está meio doentinha desde que descobriu. O Kauê não fala com ninguém a quase vinte e quatro horas. Ele gostava tanto do Diego. Os dois viviam pela casa jogando bola e quebrando os meus móveis. Eu vou sentir tanta falta disso!

Após o enterro voltei sozinha pra casa. Entrei no nosso quarto e sentei na cama observando tudo ali. Esse quarto parece tão vazio sem ele.

Pego uma de sua camisas no closet. Seu perfume ainda está grudado nela! Cheiro profundamente o tecido grosso e volto a chorar.

- Porque meu Deus? Porque tirou de mim o homem que eu mais amo no mundo? Porque me deixou sozinha sem ele aqui presente? Porque levou o meu mundo embora?- Choro mais.

Deito na cama abraçando a camisa. O cheiro dele está por toda parte, consigo imaginar ele entrando pela porta usando os óculos de sol habitual e dizendo " E aí branquinha, tô cansadão! Quer sair pra comer? Cadê a Valentina?" Ele me daria um beijo demorado, um tapa na bunda, ficaria pelado, jogaria a toalha no ombro e tomaria banho de porta aberta conversando comigo sobre o dia dele. Me contaria sobre a carga que atrasou, o noia que não pagou o que pegou fiado, o Cb que fumou o beck do lado errado e queimou a boca, o baile no fim de semana e mais um milhão de assuntos que conversavamos todos os dias quando ele voltava pra casa depois de um dia de trabalho.

É tão doloroso saber que nunca mais vou vivênciar isso de novo.

Chorei tanto que acabei adormecendo ali naquela cama que sem ele, parecia imensamente grande, vazia e fria.

SEIS MESES DEPOIS...

- Querida, você vai ficar bem sem nós?- Papai pergunta entrando no meu quarto.

- Sim pai. Divirtam-se! As crianças precisam dessa distração.

- Ok meu amor. Qualquer coisa pode ligar.- Ele beija minha testa e me deixa sozinha.

Viver na casa que vivi por meses com o Diego se tornou impossível. A saudade dói muito e estar em um lugar onde tudo me lembra ele, não era uma boa ideia.

Dias depois mudamos pra casa que ele estava reformando para nós. Desde então eu estou bem, na medida do possível.

Ainda dói, dói de mais. Mas eu já me conformei que o destino quis assim! Só espero um dia poder correr pro abraço do meu amor e ouvir sua voz novamente. Dizer o quanto amo ele e ouvir ele me dizer "Branquinha, agora é pra sempre!"

FIM🥀

DIEGO & KARLA

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