A lua cheia lançava uma luz pálida sobre a cidade adormecida, pintando as ruas desertas com sombras distorcidas. O vento frio da meia-noite soprava levemente, agitando folhas secas no chão e sussurrando segredos sombrios. Eu caminhava apressadamente, minhas botas ecoando em cada passo no asfalto, como um tambor de advertência. Eu apertei o casaco contra o corpo, sentindo a tensão crescer em meu peito. O caminho para casa parecia mais longo naquela noite.
Meu celular estava sem sinal. Era um típico bairro tranquilo, e a bateria estava quase acabando. "Droga", murmurei para mim mesma, ao perceber que não conseguiria chamar um carro. Olhei para trás por reflexo, algo dentro de mim me dizia que eu não estava sozinha.
Então eu o vi.
A princípio, parecia apenas uma sombra entre as outras. Mas havia algo de errado. A figura não estava apenas caminhando; estava me seguindo. A silhueta alta e esguia se movia com uma calma perturbadora, sempre no limite da minha visão. O pânico começou a se instalar.
Eu apressei os passos, meu coração martelando no peito, como se estivesse correndo contra o tempo. As luzes dos postes piscavam acima de mim, uma após a outra, aumentando o clima de desespero. Eu me virei para a esquerda em um beco estreito, esperando perder o estranho, mas algo dentro de mim sabia que isso não era uma boa ideia. O ar ficou mais pesado, e a sensação de ser caçada intensificou-se.
Eu arrisquei dar mais uma olhada para trás e meu sangue gelou. O homem ainda estava lá, mais perto agora. Não corria. Apenas caminhava com a mesma determinação, como se soubesse que eu não tinha para onde fugir. Em uma fração de segundo, eu percebi algo ainda mais horrível: ele estava sorrindo.
Eu tentei correr, mas o medo me tornava desajeitada. Minha mente gritava para se esconder, mas cada esquina parecia um labirinto sem saída. As batidas dos passos dele eram agora inconfundíveis, como o som de um predador prestes a atacar. O ar ao redor parecia sufocante, e eu sabia que meu tempo estava acabando.
Em um último impulso de sobrevivência, eu entrei em um prédio abandonado, as portas batendo atrás de mim. Dentro, a escuridão me envolveu. O cheiro de mofo e ferrugem misturava-se ao de poeira antiga. Eu me escondi atrás de uma pilha de móveis velhos, tentando controlar minha respiração, que agora saía em arfadas curtas e desesperadas.
O silêncio tomou conta do lugar. Por um momento, eu pensei que havia conseguido despistá-lo.
Mas então, o som inconfundível de passos ecoou pelo hall. Lentamente, ele entrou no prédio. A tensão aumentava a cada segundo. Ele estava próximo. Cada passo dele era um golpe contra minha esperança. O medo invadiu meu corpo como uma corrente elétrica. Eu podia ouvir minha própria respiração se misturando ao som dos passos do assassino, que agora ecoavam dentro do edifício, cada vez mais próximos.
Eu apertei os olhos, tentando não fazer nenhum movimento. Meu corpo inteiro tremia, mas eu sabia que qualquer som me denunciaria. O homem parou por um instante. O silêncio era mais aterrorizante do que qualquer som. Será que ele tinha me visto?
De repente, uma voz baixa e suave cortou o ar.
— Eu sei que você está aqui...
Senti o pânico rasgar meu corpo. Eu cobri a boca, suprimindo um grito. As palavras dele eram cheias de uma certeza fria, sem pressa. Ele estava saboreando a perseguição.
Os passos dele se aproximavam.
— Não adianta se esconder...- Ele faz uma pausa... -Eu sempre sei onde você está.
Com um movimento rápido ele me puxa pelos cabelo me retirando do meu esconderijo, seu sorriso sádico agora era mais visível do que nunca.
— Por- por favor.
— O que ? - Questiona franzindo a testa.
— Por que você está chorando?
Ele suavemente me encostou na parede colocando seu joelho entre minhas pernas, enquanto acariciava com uma de suas mãos o meu rosto.
— Venha comigo, eu me sinto tão solitário. - Diz com uma voz manhosa.
Suavemente posso sentir algo frio encostando na minha pele, uma lâmina.
Olho para ele, seu rosto coberto pela escuridão do prédio.
— Eu não sou um monstro. - Diz expressando um sorriso irônico.
Estou adaptando melhor a história por que eu realmente estou sem nada para fazer aqui no hospital, uma vez ou outra terá algumas adaptações.
Não esqueçam de curtir e compartilhar ♡ :)
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GO TO SLEEP (VA DORMIR)
Fanfiction𝐎𝐥𝐚, 𝐞𝐮 𝐬𝐢𝐠𝐨 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞𝐬𝐭𝐨𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐬𝐚𝐮𝐝𝐞. 𝐏𝐨𝐫 𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐦𝐨𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐭𝐨𝐦𝐞𝐢 𝐚 𝐥𝐢𝐛𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐞𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐦𝐞𝐮 𝐚𝐦𝐚𝐝𝐨 𝐉𝐞𝐟𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐤𝐢𝐥𝐥𝐞𝐫...