.
.
.A sala improvisada de comando estava abafada. As luzes fracas do galpão abandonado piscavam levemente, enquanto os policiais se reuniam em torno de uma mesa com mapas espalhados. No centro, o detetive Martins passava os dedos pelos contornos da floresta que se erguia como uma sombra ameaçadora na periferia da cidade. O Predador estava lá, com sua nova vítima, e cada segundo que passava poderia ser fatal.
— Ele não vai fugir dessa vez
disse Martins, com um tom que misturava exaustão e determinação.
— Temos que agir rápido, mas com precisão. Ele conhece cada canto dessa floresta, e a última coisa que queremos é nos perder no território dele.
O Sargento Dias, veterano em operações táticas, cruzou os braços e olhou para o mapa com uma expressão sombria.
— A floresta é densa, cheia de trilhas que não estão em nenhum mapa. Ele pode nos emboscar facilmente se não tivermos cuidado. Precisamos de uma formação que minimize o risco.
— O helicóptero está disponível?
perguntou Martins, já sabendo a resposta, mas ainda esperançoso.
— Tempo ruim. As nuvens estão baixas e não há visibilidade suficiente para o suporte aéreo
respondeu Dias, sacudindo a cabeça.
— Estamos por nossa conta.
A sala ficou em silêncio por um momento. A tensão era palpável. Todos sabiam o que estava em jogo. O Predador tinha provado ser extremamente perigoso, e cada vez que conseguia escapar, as mortes só aumentavam.
A detetive Clara, a mais jovem da equipe, inclinou-se sobre o mapa, seu dedo traçando o caminho que levava ao coração da floresta.
— Se ele entrou por aqui
ela começou, apontando para um acesso lateral
— É provável que esteja seguindo o curso do rio. Esse ponto é onde ele pode ter escondido a vítima. Se formos rápidos, poderemos alcançá-lo antes que ele tenha a chance de matá-la.
— Concordo com a Clara
disse Dias, olhando para Martins.
— Podemos dividir a equipe em três grupos. Um contorna pelo oeste, bloqueando a saída. O segundo segue a trilha principal, forçando-o a se mover. E o terceiro, que eu sugiro que seja a nossa equipe de elite, entra por esse ponto do rio. Podemos pegá-lo de surpresa.
— Mas é arriscado
respondeu Martins, franzindo o cenho.
— Se ele perceber a movimentação, pode eliminar a vítima antes que tenhamos a chance de chegar perto.
— Ele sempre deixa a vítima viva por um tempo antes de...
Clara hesitou, sem querer terminar a frase, mas a mensagem era clara.
— Ele gosta de prolongar o sofrimento, especialmente quando sabe que estamos por perto. Isso pode nos dar uma janela.
Martins suspirou, sentindo o peso da responsabilidade. Ele não podia errar. Não agora.
— Precisamos de uma isca
disse ele de repente, seus olhos se fixando em Clara.
— Uma isca?
ela perguntou, erguendo as sobrancelhas.
— Sim. Se conseguirmos distrair o Predador, tirando o foco dele da vítima, ganhamos tempo para a equipe de resgate. Ele é inteligente, mas também é orgulhoso. Ele vai querer enfrentar quem o desafiar.
Dias, que ouvia a ideia em silêncio, coçou a barba pensativamente.
— Pode funcionar, mas quem vai se arriscar a ser a isca? Se algo der errado...
— Eu vou
disse Clara, firme.
— Clara, não!
Martins interrompeu, sua voz cheia de preocupação.
— Isso é muito perigoso. Ele sabe como manipular o ambiente a seu favor. Já perdemos agentes assim.
— Eu sei disso, mas ele também subestima mulheres. Acha que somos vulneráveis, fáceis de capturar. Posso usar isso a meu favor. Enquanto ele estiver distraído, vocês poderão alcançar a vítima.
Martins ficou em silêncio, considerando as palavras dela. Ele sabia que era um plano arriscado, mas também sabia que Clara tinha razão. O Predador tinha um padrão, e eles poderiam usá-lo contra ele.
— Tudo bem, mas vamos fazer isso da forma mais segura possível
disse Martins, finalmente.
— Você ficará sempre em contato pelo rádio. Qualquer sinal de perigo, e você sai de lá.
Clara assentiu, com uma expressão séria, mas determinada.
Dias, por sua vez, começou a coordenar os detalhes do plano com o restante da equipe.
— Certo, vamos precisar de unidades de suporte. Duas equipes vão flanquear pelos lados, mantendo a formação fechada para evitar que ele fuja. Clara, você vai seguir pelo ponto que o detetive indicou e manter a comunicação aberta em todo momento.
A operação estava montada. As peças estavam no lugar. Agora só restava esperar pelo momento certo de agir.
— Ele vai nos ouvir antes que nos veja
Martins disse, quebrando o silêncio.
— E desta vez, vamos acabar com isso.
Confesso que não gostei muito de escrever esse capítulo, mas fiquei com preguiça de mudar ele
Então deixei assim mesmo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
GO TO SLEEP (VA DORMIR)
Fanfiction𝐎𝐥𝐚, 𝐞𝐮 𝐬𝐢𝐠𝐨 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞𝐬𝐭𝐨𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐬𝐚𝐮𝐝𝐞. 𝐏𝐨𝐫 𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐦𝐨𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐭𝐨𝐦𝐞𝐢 𝐚 𝐥𝐢𝐛𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐞𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐦𝐞𝐮 𝐚𝐦𝐚𝐝𝐨 𝐉𝐞𝐟𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐤𝐢𝐥𝐥𝐞𝐫...