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Eu sentia meu corpo pesado, como se estivesse preso em um sonho denso e escuro

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Eu sentia meu corpo pesado, como se estivesse preso em um sonho denso e escuro. A última coisa de que me lembrava era o cheiro acre de um pano úmido em meu rosto e a visão turva do mundo desmoronando à minha volta. Agora, meus olhos piscavam lentamente, ajustando-se à pouca luz ao redor. Eu estava deitada em uma cama rústica, com cobertores ásperos cobrindo meu corpo. Meu coração disparou quando percebi que não conhecia o lugar.

Era uma cabana. Simples e isolada. As paredes eram de madeira escura, e apenas uma pequena janela permitia a entrada de uma luz pálida, revelando móveis antigos espalhados pelo cômodo. Havia uma lareira apagada no canto, e o cheiro de madeira envelhecida preenchia o ar.

Eu tentei me mover, mas meu corpo ainda estava fraco. Eu ouvi um ranger de tábuas e virei a cabeça com dificuldade. Um homem estava parado na porta. Alto, de expressão fria e olhar penetrante, ele me observava com uma calma assustadora.

— Você acordou.- sua voz era baixa, quase um sussurro, mas carregava uma intensidade sombria.

O pânico tomou conta de mim, e meu corpo reagiu de imediato. Eu tentei me levantar, mas minhas pernas estavam fracas demais para me sustentar. Me senti impotente, vulnerável. Ele deu alguns passos lentos em minha direção, suas botas ecoando sobre o piso de madeira.

— Não precisa ter medo. - Ele continuou aproximando-se. - Aqui ninguém vai te machucar.

—  O que você quer de mim? - minha voz saiu mais fraca do que eu pretendia, meus lábios ressecados pelo medo.

Ele se abaixou ao lado da cama, os olhos fixos aos meus, como se estivesse me estudando. Pude sentir o cheiro metálico de sangue que havia em sua roupa.

— Quero que entenda.- disse ele com uma calma quase inumana. - Que neste lugar, você é minha.

As palavras ecoaram na minha mente me fazendo mergulhar em um abismo de medo e tensão, eu tentei recuar mas não havia para onde ir, a porta estava fechada, e o silêncio da floresta lá fora era perturbador.
Ele se levantou lentamente como se tivesse todo o tempo do mundo, seus dedos tocaram suavemente meus ombros me fazendo sentir um arrepio por toda a espinha.

— Não vou machucar você....ainda. - ele sorriu, mas era um sorriso cruel vazio de qualquer empatia.

Ele então se afastou e foi até um canto da cabana pegando algo que eu não conseguia ver o que era, senti minha respiração ficar pesada, o medo crescendo.

Quando ele voltou estava com uma faca nas mãos a lâmina brilhando a luz fraca que entrava pela janela.

— Mas preciso que saiba o que acontece com quem tenta fugir de mim. - ele murmurou, inclinando-se mais uma vez.

O tempo parecia desacelerar enquanto a lâmina deslizava pela pele do meu braço.
Não profundo o suficiente para causar um grande dano, mas o suficiente para deixar claro que a dor seria minha nova companheira.

Eu gritei.

Mas o som se perdeu no vazio daquela cabana.

Ele me observava com satisfação, limpando o sangue da lâmina com a própria língua.

— Isso é só o começo, Lina. Eu quero mais do que a sua dor, eu quero a sua alma.

Novamente ele veio em minha direção me pegando pelos cabelos e me arrastando até o porão daquele lugar, me jogou com um só golpe e me trancou lá pelos próximos dias.

Eu sabia que os próximos dias não seriam fáceis, e que eu seria sua mais nova obsessão.

Eu sabia que os próximos dias não seriam fáceis, e que eu seria sua mais nova obsessão

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Eu curti escrever esse capítulo
:)


GO TO SLEEP (VA DORMIR)Onde histórias criam vida. Descubra agora