𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 21: 𝑪𝒂𝒏𝒔𝒆𝒊 𝒅𝒆 𝒇𝒊𝒄𝒂𝒓 𝒒𝒖𝒊𝒆𝒕𝒐

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𝗣𝗼𝘃: 𝗝𝗮𝗻𝗴𝗪𝗼𝗼

Acordo com uma dor de cabeça e sinto meu corpo pesado e os pensamentos de ontem ficaram me atormentando a noite inteira.

Levanto e vou tomar um banho pra relaxar, hoje estamos de folga devido ao acontecimento de ontem, o professor de rap ficou todo deformado, eu não vou mentir, eu fiquei aliviado pelo Minho ter feito isso, mas também assustado, eu odeio briga com contato físico, eu tenho trauma de briga.

Saio do banheiro e troco o pijama por uma roupa confortável pra ficar no dormitório, Minho vai vir aqui na hora do almoço...eu não sei se tô preparado pra falar com ele, eu amo muito ele, mas ainda é recente...tomara que ele me entenda.

Durante toda a manhã eu fiquei sendo eu mesmo, cantando e dançando de um lado pro outro, tendo meus surtos sozinho, eu sou feliz assim me deixa.

Olho pro celular e percebo que já são quase meio-dia, então vou me arrumar. Coloco uma calça jeans larga, camisa de manga comprida preta de gola alta, tênis comum preto e branco, alguns acessórios e uma bolsa pequena transversal preta também.

Fico sentado na cama esperando o Minho aparecer, começo a ficar mais nervoso a cada minuto que passa sem saber como Minho vai lidar com a situação.

Depois de alguns minutos esperando, ouço uma batida na porta, abro a porta e vejo Minho com uma expressão tensa e envergonhada.
𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼- Você tá bonito...
- Você também.
𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼- Vamos?
- Uhum.

Começamos a andar em direção a saída do prédio dos dormitórios e durante todo o percurso nós dois ficamos quietos, não um silêncio bom, um silêncio desconfortável, mal conseguíamos olhar um pro outro, mas o Minho deve estar se sentindo pior né? Não que pensamento horrível JangWoo, cala a boca.

Saímos do prédio e Minho me levou direto pro carro, ele abriu a porta pra mim e logo depois entrou no lado dele, o silêncio desconfortável continua até metade do caminho até eu decidir que não aguento mais.
- Minho...eu só quero que você saiba que tá tudo bem, eu não tô bravo com você, eu só fiquei assustado.

Ele não responde de primeira e continua com o olhar fixo na estrada, alguns segundos depois eu ouço ele chorando.
- Amor não chora, tá tudo bem  *coloco a mão no ombro dele para conforta-lo*
𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼- Me desculpa, eu sou um idiota, ver você com medo de mim foi como um tiro bem no meu peito, eu imploro seu perdão.
- Para o carro.

Ele para o carro em um acostamento mais próximo e eu não dou nem tempo dele tirar as mãos do volante e eu dou um abraço nele, um abraço reconfortante.
- Tá tudo bem meu amor, eu juro, eu só não gosto de violência, mas eu te entendo, tá tudo bem eu te amo.

Minho não aguenta e desaba nos meus braços enquanto me aperta com firmeza. Eu nunca vi o Minho tão vulnerável, muito menos chorando assim, eu aperto ele também enquanto dou beijos na cabeça dele pra acalma-lo.

Minho se ajeita no banco depois de se acalmar, ele olha pra mim com aqueles olhos inchados e um olhar vulnerável.
𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼- Eu te amo tanto, eu fiquei tão mal quando você fugiu de mim...
- Eu também te amo, é que...eu tenho problemas com violência...
𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼- Quer conversar?
- Vamos pro restaurante primeiro, lá eu te conto.
𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼- Tá bom.

Ele fala dando partida no carro e começa a seguir o caminho calmamente até o restaurante.

Depois de alguns minutos dentro do carro, finalmente chegamos no restaurante, Minho para o carro e saímos indo direto pro restaurante, entramos e esperamos uma mesa disponível.

Sentamos em uma mesa pra dois e já pegamos o cardápio. Depois de decidir e pedir ao garçom, minho olha pra mim tipo "pode começar a falar".
- Tá já entendi.
𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼- Achei que eu ia ter que falar.
- Quando eu era criança meu pai era um maluco alcoólatra, ele batia na minha mãe e batia em mim também, e eu sempre tive muito medo e receio quando alguém brigava comigo ou brigavam na minha frente, por isso que eu não gosto.

~𝑹𝒆𝒔𝒒𝒖𝒊́𝒄𝒊𝒐𝒔 𝑫𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂𝒅𝒐~Onde histórias criam vida. Descubra agora