Amiga da minha filha

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Não esqueça de deixar sua estrelinha! Assim consigo saber se gostou e isso me motiva a escrever mais!

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Boa leitura!

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Eu já devia ter me acostumado com o fato de ser pai solteiro, mas, mesmo depois de todos esses anos, ainda tem dias que me sinto exausto. Minha filha, Maya, tem 16 anos agora, aquela fase ingrata de adolescência onde tudo é drama e desafio. Ela vai para a casa da mãe a cada duas semanas, o que, em parte, me dá um pouco de descanso, mas é difícil deixar de me preocupar, mesmo quando ela está fora.

Todo dia, tenho que me levantar, preparar o café, organizar a rotina, e depois ainda ir trabalhar. O cansaço bate, a preocupação constante de deixá-la ir sozinha para a escola com as amigas me corrói um pouco. Eu confio nela, mas o mundo lá fora é uma selva, e é inevitável ficar com a cabeça cheia.

Ainda bem que Maya tem Alana, uma garota um pouco mais velha, de 20 anos. Bonita pra caralho, diga-se de passagem. Alana começou como monitora de uma matéria que Maya não conseguia passar nem com reza brava. Eu lembro quando ela apareceu pela primeira vez, com aquele sorrisinho de canto de boca e os olhos castanhos que pareciam analisar tudo ao redor. Desde que começaram a estudar juntas, Maya melhorou, e as duas ficaram bem amigas. Agora, onde Maya vai, Alana está sempre acompanhando.

Não vou mentir, às vezes, quando vejo Alana pela casa, sinto algo dentro de mim que não deveria sentir. Não tem como evitar reparar na mulher que ela virou. O jeito que ela anda, sempre com aquela segurança de quem sabe que é gostosa, mas sem precisar esfregar isso na cara de ninguém. Ela é diferente de todas as outras garotas que a Maya chama de amiga. Tem uma maturidade que se destaca.

Eu sei que, no fundo, isso me incomoda de um jeito estranho. Sabe quando você percebe que tá cansado demais da vida, das responsabilidades, e de repente uma distração como Alana parece uma merda de válvula de escape? É assim que me sinto toda vez que ela entra aqui, com aquele jeito dela, sempre pronta pra dar risada, como se a vida fosse uma piada que só ela entendeu.

Sei que deveria parar com essas merdas de pensamento. Afinal, ela é amiga da minha filha. Mas, porra... Tem horas que é difícil.

Eu tenho 47 anos. Quarenta e sete. E ela tem 20. É uma diferença de idade que não dá pra ignorar, uma caralhada de anos mais velho que ela. Às vezes, essa diferença me pesa. Me sinto até meio mal de me pegar pensando em Alana desse jeito, uma mulher muito mais nova, praticamente na idade da minha filha. Eu deveria saber melhor, deveria ser mais controlado.

Mas aí eu lembro que até a mãe da Maya, quando nos conhecemos, era uns bons cinco anos mais nova que eu. Na época, ninguém ligou pra isso, parecia até normal. Só que Alana... porra, Alana é de outra geração. Ela nem estava no ensino médio quando eu já estava com um pé na meia-idade. Mesmo assim, não consigo evitar. Toda vez que ela aparece aqui, aquela sensação me invade, e é difícil não deixar os olhos correrem por aquele corpo, pelo jeito que ela se movimenta pela casa.

Ontem à noite, enquanto eu estava no corredor, ouvi a Maya rindo durante uma ligação com Alana. Ela estava perguntando umas coisas sexuais pra amiga mais velha, e eu não sabia se achava engraçado ou se ia me meter no meio. Alana, claro, tentava se esquivar, dizendo que a Maya era muito nova pra saber de certas coisas, mas não deu pra escapar de todas as perguntas. Minha filha estava curiosa, como qualquer adolescente, perguntando coisas que pra mim pareciam meio idiotas, mas que eu sei que fazem parte dessa fase.

Eu até cheguei a dar uma risada baixa ali no corredor, ouvindo aquelas conversas. Não que eu tenha muito com o que me preocupar quando o assunto é a Maya e essas coisas. A mãe dela já começou a preparar o terreno pra esse tipo de papo quando a Maya fez 15. Sempre foi mais aberta com ela sobre sexo, anticoncepcional e essas merdas que precisam ser conversadas. Então, no fundo, sei que minha filha tá bem orientada. Mesmo assim, ouvir Alana falando com aquele tom mais sério me fez perceber o quanto ela tem uma influência boa na vida da Maya... e, porra, o quanto isso só me faz ficar ainda mais atraído por ela.

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