Lᥙᥒᥲ, neta da famosa Tia das Bebidas, era uma jovem conhecida no meio dos MCs de batalha, graças ao legado de sua avó, uma mulher admirada por muitos. Desde que ela começoua frequentar as batalhas de rima com sua vó, Luna sonhava em rimar na Batalha...
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LUNA LOPES
Barueri, SP | 20h43min, 16 de abril de 2024
Meu nome é Luna, mas a maioria me conhece como “a neta da Tia das Bebidas”. E quem era essa famosa Tia das Bebidas? Minha avó, a querida e inesquecível Dona Maria. Ela era uma figura conhecida e respeitada na região, e todos a conheciam e gostavam muito dela. Embora houvesse outras bancas de bebidas na praça, a banca da minha avó sempre estava lotada, e não era apenas pela qualidade das bebidas que ela servia, na real, não tinha nada ver sobre a bebida.
A presença da minha vó trazia um encanto especial. Ela tinha um jeito único de acolher as pessoas, fazendo com que cada cliente se sentisse em casa, afinal, para ela, todos que estavam na praça eram parte de uma grande família. Minha vó não só servia bebidas, mas também oferecia um sorriso e um refúgio, principalmente aos jovens que iam batalhar nas batalhas ou ate mesmo os que gostavam de assitir e fugiam durante a noite pra ver, transformando cada visita em um momento memorável. Sua banca era um refúgio onde as pessoas podiam relaxar, contar suas histórias e celebrar a vida.
Ela sabia o nome de cada cliente e se lembrava de pequenos detalhes das vidas deles, como datas importantes, conquistas pessoais e até mesmo os desafios que estavam enfrentando. Essa habilidade de se conectar com as pessoas era uma das características mais marcantes da minha avó. O fato de ela se lembrar de tais pormenores fazia com que todos se sentissem valorizados e especiais, criando um ambiente acolhedor e familiar, um espaço que, para muitos jovens que passavam por ali, era algo que talvez não tivessem em suas próprias casas, mas encontravam nas ruas.
Bom, a partir de tudo isso, fica claro que minha avó é uma mulher incrível, admirável e, sem dúvida, foda para caramba. A força dela, a generosidade e a maneira como tocou a vida de tantas pessoas são verdadeiramente inspiradoras. Eu a admiro profundamente não só pela sua capacidade de fazer todos se sentirem especiais, mas também pela resiliência e amor que ela sempre demonstrou.
Entretanto, minha avó não era apenas a "tia das bebidas", aquela mulher sempre presente, sempre maravilhosa. Ela também enfrentou suas dificuldades ao longo da vida. Apesar de todas as adversidades, ela nunca deixou que as dificuldades a desanimassem. Sua força e determinação eram evidentes em cada aspecto de sua vida, e ela sempre lutou para proporcionar um futuro melhor para aqueles que amava. Principalmente pra mim, já que, minha vó não era apenas uma vó, e sim uma mãe para mim, uma mãe que eu nunca tive.
Quando minha mãe engravidou, ela não deu a mínima para mim. Era uma época difícil; ela era imatura e não sabia como lidar com uma criança, e eu nem posso julgá-la por isso, afinal, minha mãe tinha apenas 14 anos — uma verdadeira criança cuidando de outra criança. Se não fosse pela minha avó, Dona Maria, para cuidar de mim, talvez eu estivesse vivendo nas ruas, perdida e sem proteção.
