Lex.
— Não vou trabalhar hoje. — falei com o rosto enfiado no travesseiro. Vinnie parou de beijar minhas costas instantaneamente.
— Por quê? — ele perguntou, e eu já identificava o tom de preocupação em sua voz.
— Não estou me sentindo bem.
Ele deitou ao meu lado.
— O que você tem?
— Cansaço. E enjoo, de novo.
Vinnie havia me visto vomitar duas vezes naquela semana, e vinha se mostrando a cada dia mais preocupado com a minha condição. Mas como realmente queria poupá-lo, preferi esconder dele a dor de cabeça e nas costas. Eu omitia alguns sintomas unicamente porque me pareciam pouco importantes, então não era como se eu estivesse o enganando ou algo assim.
— Ok. Eu não vou trabalhar também.
Tirei meu rosto do travesseiro, encarando-o com a cara amassada.
— Claro que você vai. — falei em um tom mandão.
— Não vou. Vou levar você ao médico.
— Não precisa me levar em médico nenhum. Tenho certeza que isso vai passar...
— Você diz isso há duas semanas!
— E além disso — continuei, fingindo não ouvi-lo. — eu tenho pernas. Posso ir sozinha se passar mal.
— Até parece que vou te deixar ir sozinha nessas condições.
— Um táxi faz exatamente a mesma coisa que o seu carro.
— Não adianta. Nada do que você fale vai me convencer...
— Certo. Não era hoje que você tinha aquela reunião pela qual está esperando há um mês?
Ele continuou me encarando, possivelmente processando minhas palavras.
— Merda!
Vinnie levantou, procurando em volta alguma coisa. Quando encontrou seu celular, automaticamente começou a discar um número decorado.
— Vou avisar à Avani pra cancelar...
Pulei da cama e tomei o celular das mãos dele antes que pudesse completar o número. Voltei a deitar no colchão de bruços, com o aparelho debaixo da minha barriga.
— Quero meu celular de volta. — ele falou, tentando empregar um tom de monotonia na voz.
— Você vai trabalhar.
— Já disse que não vou. Se você piorar...
— Eu não vou piorar! Pare de me tratar como uma criança!
— Então pare de agir como uma!
— Vai à merda, Vinnie! — respondi, jogando um dos travesseiros nele. — Ou melhor, vai trabalhar!
— Não vou!
Olhei-o de maneira furiosa, sabendo que aquele era o momento de usar minha carta curinga.
— Se você não for, eu faço greve.
Ele abriu a boca, incrédulo. Sua expressão mudou imediatamente de uma segurança plena para alguma coisa do tipo "como você pôde jogar tão baixo?". A ameaça de falta de sexo era sempre uma boa opção para qualquer espécime do sexo masculino, principalmente quando se tratava de Vinnie.
Suspirei, tentando fazer com que voltássemos a conversar como adultos.
— Eu não vou piorar. Se acontecer alguma coisa, eu te ligo. Se for preciso, você pode vir aqui e me levar a um médico. Podemos fazer desse jeito?
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Entrelaçados ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ
Fanfic【 adp. vinnie hacker. + 🪢 】 Vinnie Hacker é um jovem homem de negócios, embora não saiba nem do que se tratam os contratos que assina. Alex é uma prostituta de luxo, que apesar de se sentir extremamente mal por isso, não encontra uma saída para mu...