Cap 7 - A Runa do Caos

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QUARTO DE TÉO - MADRUGADA

Patrick acorda repentinamente, o silêncio da casa envolvente e opressivo. A escuridão do quarto de Téo é reconfortante, mas a mente de Patrick está agitada. Ele se levanta da cama, os pensamentos sobre sua mãe consumindo-o. Com passos suaves, ele sai do quarto e começa a vagar pela casa.

CASA DE TÉO - CORREDOR 

Enquanto caminha, as lágrimas começam a escorregar por seu rosto, cada gota carregando a dor e a angústia que ele sente pela situação crítica de sua mãe. Ele se lembra de Karen, a namorada que se afastou, e a sensação de ser considerado grudento pesa ainda mais em seu coração.

PATRICK (sussurrando para si mesmo): Talvez ela esteja certa... eu sou muito grudento. Na verdade eu seja um peso...

As palavras ecoam em sua mente, misturando-se às críticas que ele ouviu ao longo do tempo. Ele se lembra dos sussurros que ouvia das pessoas, chamando-o de estranho, e a dor da rejeição se intensifica. Patrick se encosta na parede, a tristeza se transformando em um choro silencioso, sua vulnerabilidade exposta na escuridão.

CASA DE TÉO - COZINHA 

Patrick entra na cozinha, sua respiração irregular. Ele olha pela janela para o céu estrelado, mas a beleza da noite não consegue acalmar sua tempestade interior. Ele se sente perdido, sem saber como lidar com a dor que o envolve.

Com um último suspiro pesado, ele decide voltar para o quarto. A caminhada de volta é lenta, cada passo refletindo o peso de seus pensamentos.

QUARTO DE TÉO

Ao entrar novamente no quarto, Patrick vê Téo dormindo tranquilamente na cama. A visão do amigo, tão sereno, provoca um misto de conforto e tristeza. Ele se aproxima da cama, lembrando-se de que não está sozinho, mesmo que a solidão pareça tão intensa.

Patrick se deita novamente, puxando os lençóis para perto de si. Ele se vira para o lado, encarando a parede, enquanto as lágrimas continuam a escorrer pelo seu rosto. O peso do mundo ainda é grande, mas a presença de Téo, mesmo adormecido, oferece um pequeno alicerce de esperança.

Finalmente, ele fecha os olhos, tentando encontrar um pouco de paz em meio ao caos. As imagens de sua mãe e as memórias de Karen dançam em sua mente, mas a escuridão começa a se dissipar lentamente, enquanto ele se entrega ao sono, desejando que a manhã traga um novo começo.

NA MANHÃ SEGUINTE:

Os primeiros raios de sol entram pela janela, iluminando suavemente o quarto. Téo acorda, espreguiçando-se e olhando em volta. Seus olhos se fixam em Patrick, que ainda dorme tranquilamente na outra cama. Téo hesita por um momento, considerando acordá-lo, mas decide que o amigo precisa de mais descanso. Ele se levanta cuidadosamente, evitando fazer barulho.

Após se vestir, Téo sai do quarto, fechando a porta suavemente atrás de si. A casa está em silêncio, e ele se dirige para o CEC, onde a rotina do treino o aguarda.

CEC - SALA DO MUAY THAI - MANHÃ

Téo entra na sala de treinos, onde o cheiro do tatame e o som dos socos e chutes ecoam no ar. Ele se aquece, realizando exercícios de alongamento e aquecimento. A energia da sala é eletrizante, e Téo se entrega completamente ao treino de Muay Thai, seu corpo se movendo com graça e determinação.

Depois de um intenso treino, ele dá os últimos socos e chutes, sua respiração pesada, mas a adrenalina flui. Ao terminar, ele se vira e imediatamente nota Rosalina observando-o do canto da sala. Um sorriso se espalha pelo rosto dele ao vê-la.

Escolha Dolorosa - Caçadores de Mistérios 2Onde histórias criam vida. Descubra agora