Cap 19 - Pausa na Missão

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ESTRADA DE CASTANHEIRAS - FINAL DA TARDE - CHUVA

Uma chuva cai sobre a Estrada de Castanheiras, criando poças no asfalto. A atmosfera é densa, refletindo a tensão e a preocupação que todos sentem. Ruben, com a voz decidida, faz uma chamada de voz para o grupo.

RUBEN (na chamada): Pessoal, precisamos nos reunir na placa de boas-vindas da Estrada de Castanheiras. É importante.

Os outros, ao ouvir a urgência na voz dele, começam a se mover. Téo, no entanto, hesita, uma expressão de conflito em seu rosto.

NA FLORESTA:

TÉO (para si mesmo) Eu não sei se consigo fazer isso...

Rosalina, percebendo a resistência de Téo, se aproxima dele, sua mão suavemente tocando o braço dele.

ROSALINA (encorajadora): Téo, precisamos estar juntos. Vamos?

Com um suspiro pesado, Téo concorda, e juntos eles seguem caminho, a chuva caindo sobre eles, misturando-se com as lágrimas que se acumulam em seus olhos.

PLACA DE BOAS-VINDAS - ESTRADA DE CASTANHEIRAS - MOMENTOS DEPOIS

Os membros dos caçadores de mistérios começam a se reunir sob a placa de boas-vindas, todos com expressões de preocupação e frustração. Lívia, Alex, Romeu, Julieta e Karen estão presentes, cada um claramente afetado pela busca sem sucesso. O clima é sombrio, e a chuva continua a cair, como se o céu também estivesse triste.

Ruben observa cada um deles, e ao ver Téo e Rosalina se aproximando, um sentimento de alívio e tristeza se mistura em seu peito.

RUBEN (sombrio): Eu... eu sei que todos nós fizemos o nosso melhor, mas não conseguimos encontrar o Patrick.

Um silêncio pesado se instala, e os olhares de todos se encontram, a vergonha e a culpa pairando sobre eles como uma nuvem escura.

ALEX (com um tom de desespero): Eu não consigo acreditar que fizemos isso. O que aconteceu com a gente?

Julieta, com os olhos cheios de lágrimas, fala em um sussurro.

JULIETA: Isso é tudo culpa nossa.

TÉO (desolado): Não era para ser assim. Eu prometi que cuidaria dele...

Rosalina, tentando manter a esperança, intervém.

ROSALINA (com firmeza): Não podemos desistir. Precisamos continuar procurando.

Mas as palavras dela mal tocam a superfície da dor que os envolve. Todos se sentem envergonhados pelo fracasso, e a chuva continua a cair, intensificando a sensação de tristeza e desespero enquanto eles se reúnem, sem saber como seguir em frente.

Ruben observa os rostos abatidos de seus amigos, a chuva caindo incessantemente ao redor deles. Ele respira fundo, tentando reunir coragem para falar.

RUBEN (com um tom de compreensão): Eu concordo, precisamos continuar procurando. Mas com essa chuva, fica perigoso...

Os olhos de todos se voltam para a tempestade, a água escorrendo em suas roupas e criando um clima ainda mais sombrio.

RUBEN (continuando): Vamos voltar para casa. Assim que a chuva parar, podemos nos organizar melhor e voltar a procurar.

O grupo se entreolha, a ideia de voltar para casa é uma mistura de alívio e vergonha. Eles se sentem derrotados, como se tivessem abandonado um dos seus. Lívia, percebendo o clima pesado, tenta oferecer um pouco de esperança.

LÍVIA (tentando ser otimista): Não é o fim. Vamos nos preparar melhor, e assim que a tempestade passar, podemos voltar mais fortes.

Mas a maioria deles não consegue se livrar do peso do fracasso. Julieta morde o lábio, lutando contra as lágrimas.

Escolha Dolorosa - Caçadores de Mistérios 2Onde histórias criam vida. Descubra agora