62 | Epílogo

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"Eu deixaria o mundo queimar
Deixaria o mundo queimar por você
É assim que as coisas sempre terminam
Se eu não posso ter você, ninguém pode
Eu deixaria queimar
Eu deixaria o mundo queimar
Só para ouvir você chamar meu nome
Observaria tudo arder"

- LET THE WORLD BURN (Chris Grey)

Abro os olhos vendo a aeronave queimando, o calor bate em meu rosto e a fumaça embasa a minha visão

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Abro os olhos vendo a aeronave queimando, o calor bate em meu rosto e a fumaça embasa a minha visão.

Mas está tudo bem, sim, está tudo bem.

Ela me disse que iria ficar tudo bem.

— Layla. — murmuro o seu nome sentindo sua mão macia em contato com a minha.

Meu mundo ao lado dela é colorido, será que ela consegue sentir e ver o quanto nossas almas se completam?

— Tom! — meu irmão tenta me levantar mas eu o empurro o fazendo cambalear para trás.

Layla abre os olhos meio desorientada, mas assim que seus olhos se encontram com os meus, ela sorri. Klein se levanta, sem dificuldade e fica em pé na minha frente.

Minha musa. Minha íris. Minha ruína.

Eu nasci para ama-la, passei tanto tempo fingindo odiá-la que não aceito passar mais nenhum segundo sem venera-la.

Esse quase um ano sem ela foram uma tortura, mas agora, sou capaz de admitir. Ela é minha. Ela é meu ar. Eu jamais suportaria perdê-la. Eu me mataria. Não existe meu mundo sem Layla Klein.

— Eu preciso de você, por favor, nunca mais me peça para te deixar. — me arrasto em sua direção e ajoelho aos seus pés — Por favor, me perdoe... — encaro seus olhos confusos — Fica comigo! Por favor, por favor, por favor... — imploro. As palavras saindo de forma desesperada da minha boca. — Eu prometo, posso ser um bom homem para você. Me deixe ser um bom garoto para você. Eu quero ser o que você precisa, minha íris. Você é a mulher dos meus olhos e meu mundo não existe sem você. Por favor, me perdoa. Eu fui um homem ruim para você. — água salgada começa a cair dos meus olhos embaçando mais ainda a minha vista — Me deixa realizar todos os seus sonhos malucos e melosos! — ela arregala os olhos, sem acreditar em minhas palavras. — Layla, eu quero ser pai. Eu quero ser pai dos seus filhos.

— Irmão... — Bill apoia a mão no meu ombro, mas eu o empurro novamente.

— Sai, caralho! — grito sem olha-lo. Apenas a morena com roupa de aeromoça em minha frente importa. Eu poderia ter a perdido.

— Deixa ele, Bill. — escuto a voz de Gustav baixa.

— Eu posso... Eu posso te dar girassóis! — sorrio olhando para Layla que deu uma gargalhada baixa, quase inaudível — Eu largo tudo por você, eu juro, não posso ficar mais um dia sem você. Você é a única coisa a qual tenho sentimentos nesse mundo vazio. Eu posso não ser bom, posso não entender direito sobre sentimentos... — coloco minha mão em meu peito, sentindo cada dor de minhas palavras a flor da pele. Meu corpo está tremendo e minhas mãos suando frio. — Eu te amo, Layla Klein. Eu também te amo, por favor, fica comigo. Você é a minha droga, eu sou viciado em você. Prometo, serei tudo que você precisa. Eu sou seu, sou completamente seu desde a primeira vez que a vi. Por favor, prometo que posso aprender...

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