Topa?

413 55 3
                                    

A primeira semana passou como um vulto, a eufória combinado ao nervosismo aumentava cada vez mais a partir do momento em que os atletas se davam conta que as competições estavam próximas, sabendo que teriam que dar tudo si em seus respectivos esportes. Os treinos eram cansativos, durava horas, mas para quem estava ali fazendo o que gostava se tornava apenas uma brincadeira.

Como para, Gabriela Guimarães os treinos tinham seus altos e baixos, mas não deixava de se divertir com suas amigas de equipe. Sempre brincando, puxando o saco de Zé Roberto e perturbando a equipe toda. O único momento em que tirava a atenção de tudo e todos ao seu redor era quando recebia alguma mensagem de Rebeca. O sorriso era instantâneo, nem perceberá a curvatura de seus lábios. 

As duas conversavam todos os dias por mensagens, quando não, se encontravam algumas vezes para tomar o café da manhã. Era o tempo que estavam encontrando para se verem pessoalmente, precisavam aproveitar qualquer oportunidade que surgisse. Os horários de treinos, uma da outra, se diferencivam. Queriam ter mais tempo sozinhas. Mas o trabalho não seria para sempre, teriam seus momentos de descansos aos finais de semana, e Rebeca estava contando com isso. Estava cansada de suas amigas, principalmente Flávia, azucrinando o seu juízo cada vez que Gabi respondia alguma mensagem sua.

— Aí, Rebe.....— Suspirou, Lorrane enquanto estava deitada no chão da academia feito uma estrela.— A gente bem que podia dar uma voltinha hoje. Não tô mais aguentando treinar... treinar.... e treinar.— E mais suspiros.

Rebeca, que estava descansando da sua última série de exercécios de perna, riu de sua amiga. Fazendo um biquinho com os lábios, respondeu em um tom mais alto que o normal. — Bem que o Chico podia deixar a gente tomar pelo menos um sorvetinho.— Atraindo a atenção do seu treinador que estava ali próximo, já sabia que o sorriso nos lábios dele indicava coisa boa. 

— Se vocês prometerem chegar antes do toque de recolher, eu até deixo...— Antes que as meninas pudessem se levantar para abraça-lo em comemoração, o homem ergueu a palma da mão em um sinal de calma e logo fechou a cara. — Mas, não quero confusão ou saber que estão saindo para se encontrar com meninos. — Antes que se contivessem, as duas meninas se entreolharam segurando as risadas. Lorrane, já sentada em posição de índio, colocou as mãos em sua boca e começou a rir baixinho, já Rebeca não segurou a gargalhada.

"Ainda bem que não é um homem", pensou.

O que? Pensaram que ela iria sair e perder a oportunidade de convidar a atleta do vôlei feminino? Rebeca daria um jeito de convencer Lorrane a aceitar. Afinal, amigos tinham que acobertar os amigos. 

— Ta bom, Chico. Deixa comigo! Meu sobrenome é responsabilidade. — Rebeca sorriu sapeca para o seu treinador que apenas apontou dois dedos sob seus olhos e os direcionou para Rebeca. Esperando o homem sair de perto, virou-se rapidamente para Lorrane que tirou o sorriso do rosto no mesmo instante. — Lô...

Mas antes que deixasse a Ginasta terminar já sabia do que se tratava, conhecia muito bem a sua amiga e sabia que a semanas não conseguia tirar uma pessoa da cabeça. — Ah não, Rebe. Eu não vou ficar segurando vela para vocês. — Lorrane tinha a fala mansa. Sua voz era tão suave que se não a conhecesse a anos não saberia que ela estava indignada.

— Por favor, Lorrane! — Juntou as mãos em sinal de súplica. — A Flavinha faz companhia para você. — Fazendo uma carinha de cachorro pidão, desejou que fizesse efeito no coração gelado da amiga. — Lô...Por favorzinho...— Sabia que a amiga iria acatar o seu pedido em segundos só pela hesitação em lhe da uma resposta. Aproximou-se mais de Lorrane, aumentando o bico em seus lábios. — Por favor, Por favor...

— Aí, Rebe. Ta bom, mas você vai ficar me devendo essa! 

Rebeca gritou em animação e pulou nos braços da amiga lhe dando beijos no rosto. Lorrane apenas aceitou e riu da alegria boba de sua amiga. O que não faria pela sua irmã? Agora, o próximo passo seria Flavinha, mas não seria difícil convencer a pequena mulher. Flávia era fã carteirinha de Gabriela, aceitaria ir até a China se fosse necessário. Não perdendo mais tempo, largou lorrane, gritando um "obrigada, Lô" bem alto, e saiu correndo em direção ao celular dentro de sua mochila.

Cidade do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora