Uma noite em Paris

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Era um sábado à noite, as ruas parisienses estavam quase solitárias e melancólicas, o motivo de quase toda a população local e turistas estarem longe das ruas, era que naquela bendita noite estava acontecendo um belo show de Celine Dion em uma casa de show qualquer.

As luzes da Torre Eiffel, sendo possível de se observar de longe na esquina da rua em que Rebeca e Gabriela caminhavam lentamente, aproveitando a companhia uma da outra. O clima de frescor, mediante o dia quente, fazia ser muito mais agradável, não deixando de ser uma noite em Paris inesquecível, logo, que as duas mulheres estavam catando todas as oportunidades de se conhecerem. Tudo nelas era cativante, apaixonante e belo. Gabriela, não se cansava de arrancar risadas da menor, que ria alegremente até daquilo que não era considerado engraçado.

— Agora deixa de bancar a engraçadinha e tira uma foto minha. — Brincou Rebeca, que entregou o seu próprio celular na mão de Gabriela para que fizesse o que lhe foi ordenado.

— Você é muito mandona. Alguém já te disse isso? — Respondeu em implicância, mas erguendo o aparelho para capturar a fotografia.

Estavam paradas em uma esquina. Atrás da Ginasta havia um grande prédio histórico, o céu pintando em um tom azul cobalto. Rebeca, se posicionou próxima a calçada e posou para câmera. O sorriso brilhante em seus lábios fez Gabriela perder-se no momento por uns instantes. Seus olhos percorreram da cabeça até os pés da Ginasta, mentalizando cada detalhe do corpo gracioso de Rebeca.

Começou pelos cabelos, trançados na lateral do rosto, o rabo de cavalo puxando os fios restantes que terminavam na altura de sua bunda. O body, quase transparente, revelando o veludo marrom de sua pele, os seios sendo cobertos por um top preto. A calça jeans de lavagem clara acentuando o seu maravilhoso look, terminando por botas com saltos altíssimo. Assim que a avistou no começo da noite, Gabriela, não deixou de notar os centímetros acrescentados, Rebeca estava quase em seu ombro. Aquele detalhe, roubou algumas emoções perversas do fundo da mente da jogadora.

O pigarrear da Ginasta, tirou o foco admirador de Gabriela. Rebeca, expressou um sorriso todo saliente, um olhar que dizia quase tudo o que se passava na mente da Capitã. — Desculpa. — Murmurou baixinho, mas Rebeca conseguiu ler os movimentos de seus lábios. Não precisava de desculpas, entendia muito bem o que era se perder na beleza da outra.

A sessão de fotos começou assim que Gabriela deu o primeiro toque no ícone da câmera. Rebeca, fez diversas poses, todas excepcionalmente lindas. Gabriela, só conseguia pensar na sorte de ter aquela mulher para si, o sangue correndo em suas veias rugindo alto em seus ouvidos.

— Ficaram bonitas? — Perguntou Rebeca, se aproximando da mais velha para visualizar as fotos tiradas a pouco.

Era uma pergunta boba a ser feita, era o que Gabriela achava. Em que mundo Rebeca não ficaria bonita? Aquela mulher merecia ser ovacionada diante de todo o planeta terra. As pessoas mereciam ver a beleza que a menor carregava, tanto externamente quanto internamente. — Você é linda em todas. — Respondeu, admirando a lateral do rosto da Ginasta, que estava interessada demais nas fotos para perceber que estava sendo motivo de perdição.

— Você puxa muito o meu saco. Isso não vale. — Resmungou, excluindo algumas fotos que não lhe agradará.

— Posso até puxar o seu saco, mas que você é linda até careca, isso eu posso te garantir. — Foi uma resposta sincera, mas foi motivo de uma risada debochada de Rebeca, que ergueu o seu olhar para encarar a maior e ver se encontrava alguma piada solta por ali, mas a única coisa que encontrou foi o rosto totalmente sério da jogadora. Semicerrou os olhos tentando identificar algum sorrisinho escondido, a expressão de incredulidade em seu rosto fez Gabriela soltar uma leve risada. — Eu não estou brincando, Beca! — Exclamou desacreditada.

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