30 de julho de 2024 - Competição por Equipes de Ginastica Feminina.
A família de Rebeca Andrade, sempre buscou acreditar em um Deus onipresente para depositar toda sua fé para conquistar por aquilo que mais almejavam. Rebeca, cresceu com este pensamento enraizado dentro de si, carregou este pensamento por durante toda a sua vida. A sua fé era de magnitude gigantesca, fazia-lhe pôr os joelhos no chão e pedir que aquele Ser, de luz e sabedoria, depositasse força em suas pernas. Que aquele Ser a abençoasse, se fosse de a vontade Dele. Buscava fazer suas orações a todo momento antes de ir para suas competições.
Colocou-se de joelhos, e pediu, clamou para que abençoasse a si e as outras meninas. Que se fosse de sua vontade, algum lugar no pódio da competição por equipes de ginástica, seria delas, não importasse qual a posição.
Assim que se levantou do chão, caminhou para frente do espelho. A sua beleza destacada, muito mais, pela maquiagem bem-feita. O cabelo, em um rabo de cavalo, escorregando por sua lombar. O collant azul escuro, com pedras brilhosas espalhados por todo ele. Os músculos das suas coxas fibrados em exercícios dedicados. A expressão no seu rosto, era de pura perseverança, garra. Assustou-se um pouco quando três toques na porta foram dados, mas foi Lorrane quem abriu, revelando a Capitã da seleção brasileira de vôlei feminino. O sorriso estampado em sua face jorrava entusiasmo e alegria. Rebeca, sorriu de volta, feliz em ver alguém que estava se tornando tão importante em sua vida. Lorrane, saiu do quarto silenciosamente, dando privacidade para as duas.
Em passos largos, Gabriela chegou até a Ginasta, pondo-se atrás dela enquanto a mãos da jogadora viajavam até sua cintura, rodeando para se aproximarem mais, grudarem os seus corpos. Rebeca, soltou um suspiro pesado, deitando sua cabeça no peito de Gabriela e descansou os olhos. Sua cabeça encontrando paz naquele conforto, seu corpo relaxando dentro dos braços da Capitã.
Gabriela, embalou a mulher em seus braços, tentando passar todas as energias boas. Encostou seus lábios no topo da cabeça de Rebeca, exalando o cheiro único de seus cabelos. Os corações correndo no mesmo ritmo, dançando juntos. O calor do abraço aquecendo todo e qualquer nervosismo que quisesse espantar a coragem da ginasta. As respirações lentas e compassivas, misturando-se frente ao reflexo das duas.
Os corpos juntos, as almas conexas. Quando Rebeca abriu os seus olhos, para lançar um sorriso doce para a jogadora, sentiu o frio que veio de sua lombar,percorrendo os poros de seu corpo, adentrando suas veias e empurrando garganta abaixo, é a sensação de quando o órgão pulsante quer sair pela boca. Os seus olhos não escondiam a paixão que estava sentindo, podia escorrer lagrimas de amor em seu rosto, mas todas elas seriam de amor. Bem que dizem. Os olhos não mentem.
Se assistiam através do espelho, se declarando. A face da jogadora inclinada para baixo, no topo de sua cabeça. A suavidade escancarada, o sorriso de canto fazendo muito mais para mexer com as emoções de Rebeca, a diferença de altura sendo reconhecida imediatamente. A ginasta, sempre, gostaria saber o que se passa na cabeça da jogadora, que lhe observa com tanta devoção. Gabriela, apertou a menina em seus braços e lentamente a girou, para que ficassem frente a frente. Cada uma tendo que ajustar o ângulo de suas cabeças para que conseguissem enxergar os sorrisos.
- Tudo bem? - Murmurou Gabriela.
Rebeca, correu suas mãos na pele sedosa dos braços da Capitã, sentindo os músculos tensos sobre a palma de suas mãos, viajou seus dedos até o ombro da outra, se acomodando ali. Aproximou a sua face do peito superior da jogadora, deixando um beijo casto e deitou sua cabeça, respirando o perfume doce e reconfortante. - Estou. - Sussurrou, bêbada com o misto de sensações em seu corpo, bêbada com a presença de Gabriela. Estava entregue. Deixou-se entregar-se para Gabriela, que estava lhe amparando com maciez e delicadeza.
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Cidade do Amor
Fanfic"O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade."