•Capítulo 12•

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Um dia especial para aniversariar


(Diogo)



O dia estava quente, abafado, o tipo de calor que faz a pele grudar nas roupas. Eu, como de costume, estava desconfortável. Não era só a temperatura, era a situação. Eu nunca gostei de aniversários, muito menos dos meus. Eram sempre um lembrete de algo fora de lugar. Não pertencia completamente àquela família, embora estivesse preso a ela por laços que nunca escolhi. E ali estávamos, dentro de um  restaurante escolhido por eles, um lugar que minha madrasta amou quando viu o perfil no Instagram. Eu odiei. Sem falar da decoração romântica que enfeitava todo o ambiente, a aflição já batia a minha porta.

Eu observei meu pai, concentrado demais na conversa com o possível dono do estacionamento, ninguém percebia minha inquietação. Ao meu lado, estava Suzanna, ela falava com Carina e Vicente, que quase espremiam a cabeça por entre as grades do mezanino. Seu tom estava agudo o suficiente para reconhecer que, na verdade, era uma pré-bronca.

Por um momento, pensei que estava exagerado, o clima andava tenso em casa, e embora, não fosse minha culpa, nem das crianças, talvez o passeio de hoje melhorariam as coisas. Eu estava disposto a renunciar a tradição do meu aniversário.

De repente, como um anjo mensageiro de mais presságios, uma silhueta conhecida entrou na minha visão. Seguindo a hostess do restaurante, estava a filha de Suzanna, a cristã devota, sempre agradável e reservada. A única interação que tive com ela, foi em um dia tempestuoso para mim e meus irmãos, e assumo, a garota foi um saída brilhante que eu nem sabia que precisava. Contudo, nossa conversa terminou aquele dia, há quase um mês atrás, ela sumiu de casa depois do episódio. Vê-la aqui, de alguma forma, me fazia sentir ainda mais fora de lugar.

Ela estava linda. Eu a observei em silêncio, enquanto via o proprietário abandonar meu pai e ir em sua direção. Ele a cumprimentou com um beijo raso, respeitoso e seguiu para o resto da família.
A amiga que sempre via pelas sombras da casa também estava, e eu ainda não entendia totalmente a dinâmica das duas famílias. O vestido que usava, pistache com detalhes off white, contrastava com o marrom e pontas claras de suas tranças. Havia algo em sua presença que eu nunca conseguia entender totalmente, uma combinação estranha de austeridade e leveza. Talvez fosse a fé dela que a fazia parecer tão fora de alcance, sempre com um ar de alguém que está em outro plano, alheio ao nosso.

  As luzes suaves, a decoração moderna e o barulho constante de risadas e conversas abafadas criavam um ambiente que eu achava insuportável. Antes que eu pudesse sugerir a Celso, para que descêssemos até o primeiro andar, meu pai teve a brilhante ideia de unir as famílias.
Fomos conduzidos a uma mesa grande, perto das janelas que destacavam os prédios para a rua. Meu pai e minha madrasta escolheram os lugares, e eu me sentei à extremidade, o mais afastado possível do centro da mesa, onde sabia que as atenções se concentrariam, mas fui estimado a me sentar ao lado de Carina, que gostava da minha companhia.

O que eu não esperava – e que ninguém tinha me contado – era que a primeira família dela, aceitaria o convite sem noção. Isso incluía o ex-marido a atual esposa, e as garotas, com quem eu quase não tinha contato. Eles se posicionaram cerca de quinze minutos depois de nós, e o desconforto ficou claro assim que se aproximaram. O rosto do ex-marido estava tenso, mas ele tentou disfarçar com um sorriso forçado. A esposa, uma mulher elegante e esguia, estava visivelmente desconfortável, e era óbvio que ninguém queria estar ali. Mas meu pai, em sua incansável tentativa de unir todos, os fez sentar na mesma mesa quase de frente para o outro.

Nas extremidades, estavam Naomi e Suzana, cada uma na ponta da grande mesa de dez lugares. Ao redor da mesa, as conversas começaram de maneira fragmentada. Meu pai fazia questão de tentar criar algum laço com o ex marido de Suzana, enquanto minha madrasta falava alto, rindo e tentando transformar aquele caos emocional em algo normal. Eu mal ouvia o que diziam. Meus olhos se fixaram na tela do meu celular, lendo alguns e-mails e organizando documentos importantes do trabalho.

Meu olhar cruzava com a filha cristã dela, sentada um pouco do outro lado da mesa. Ela parecia desconectada de tudo, mexendo no guardanapo, trocando algumas palavras com a amiga. A cada sorriso que ela dava, algo se apertava em mim, como se eu estivesse sempre a um passo de poder me aproximar, mas sem saber como.

Depois de alguns minutos de silêncio, tentei reunir coragem para cumprimentar. Talvez fosse a maneira como a luz suave do restaurante refletia em seu rosto, ou o simples fato de que eu não aguentava mais a sensação de estar à margem de tudo aquilo. Eu me inclinei um pouco para frente, buscando suas palavras, tentando captar qualquer coisa que pudesse servir de gancho. A amiga dela riu de algo, e eu vi uma oportunidade, embora estivessem longe, e eu precisasse erguer um pouco a voz. Mas, todos estavam distraídos, seria apenas uma conversa casual, de qualquer forma.

— Acho que não nos cumprimen...

Mas antes que pudesse terminar a frase, a amiga se levantou repentinamente, puxando ela junto. Elas disseram algo rápido, para os responsáveis na mesa e algo sobre ir ao banheiro ou sair para respirar um pouco de ar fresco, e em questão de segundos, elas já estavam caminhando em direção à escada para o primeiro andar do restaurante. Eu fiquei parado, com as palavras ainda na boca, sem saber o que fazer.

O que me atingiu naquele momento não foi tanto o fato de ela ter saído sem notar minha tentativa de falar com ela, mas o simbolismo disso. Era sempre assim, em todas as situações com minha família: eu tentava me aproximar, tentava me encaixar, mas, no final, acabava invisível. E era assim com todas as pessoas, na infância, ensino médio e faculdade. Era como se eu fosse parte de um quebra-cabeça cujas peças não se ajustam, mesmo quando tento forçar. Ou me encaixasse quando fosse propício para cada pessoa.

Apenas nessas horas, sinto saudade de minha mãe. Não me permito falar muito sobre ela, mas ela era espetacular, uma mulher incrível e mãe incomparável.

Sentei-me de volta, afundando na cadeira, deixando o barulho ao redor se tornar um murmúrio indistinto. As vozes, as risadas, os talheres batendo nos pratos, tudo se misturava num som distante. Olhei para meu pai, por cima da cabeça de Carina, ocupado em agradar a todos, e pensei no quanto ele parecia confortável naquela situação, como se não percebesse o quanto tudo ali estava fora de lugar para mim. A verdade é que, para ele, eu também era uma peça que não encaixava. Nenhum homem espera que uma doença terminal leve sua esposa. E pouquíssimos pais viúvos sabem lidar com os filhos sozinhos. Esse era nosso caso. Celso se casou com Suzanna para — em sua cabeça — me dar uma mãe. Minha madrasta se casou com meu pai para recomeçar, e fez isso.

Enquanto as horas se arrastavam, o jantar seguiu seu curso. A comida foi servida, conversas continuaram de forma superficial, e eu permaneci quieto, fingindo participar, mas sem realmente estar ali. Por mais que eu tentasse, parecia impossível encontrar um lugar, seja na mesa, seja na vida daquela família. Os melhores vinte e sete da minha vida.

Quando a filha de minha madrasta voltou à mesa, parecia que nada havia mudado. Ela e a amiga riram de algo, como se a interrupção não tivesse significado nada. Eu, no entanto, carregava a sensação de que tudo aquilo tinha sido um símbolo de algo maior. Ela continuava linda, intocável, e eu continuava invisível. Então fui ao banheiro, para espairecer.

Ao entrar no banheiro, fechei a porta atrás de mim e encarei o espelho. O reflexo que me devolvia era o de um homem de vinte e sete anos, mas por dentro me sentia um garoto de quinze. Meu aniversário. Vinte e sete. Devia ser um especial, uma celebração. Mas tudo o que eu sentia era um peso estranho no peito, uma confusão que eu não conseguia nomear.

Meu pai estava estranhamente interessado em nós ver mais próximos da família da minha madrasta. No entanto, ela lançava olhares de chamas para ele. Nos últimos meses, ele sugeriu jantares, almoços e encontros casuais que pareciam forçados. E Suzana rejeitou ambos.

Hoje, durante o almoço, ele quase agradeceu a Deus de joelhos pela oportunidade, que foi completamente aproveitada. Senti compaixão pela quieta Naomi. Ele sugeriu que conversássemos a sós, após o episódio da briga dos dois, e ali, eu percebi algo.

Naomi… ela é encantadora. Simples, de fala mansa, mas intensa. Cheia de uma bondade que eu via brilhar nos olhos dela. Cristã devota, diferente de tudo o que eu conhecia e acreditava. E o mais perturbador? Parte de mim estava fascinado por ela. Algo em mim vibrava, uma faísca que eu nunca havia sentido antes. E isso me assustava. Me aterrorizava, na verdade.

Eu sabia que aquilo era errado. Meu pai não era pai dela, mas ainda assim, Naomi  estava conectada àquela parte da minha vida de uma forma que me parecia… inadequada. Imprópria. Como se meu próprio desejo fosse uma afronta, um desvio, um erro.

A água da torneira corria enquanto eu tentava organizar meus pensamentos, sem sucesso. Por que meu pai estava tão insistente nessa aproximação? Ele sempre foi um homem prático, calculista.

Ele sabia de algo que eu não sabia? Ou estava simplesmente tentando criar uma harmonia familiar que nunca existiu? Ou tentando fazer com que eu me aproximasse para fins errados?

E então, no meio de tudo, estava Naomi. Pura, intocada. Ela parecia fora de alcance, e, ao mesmo tempo, tão presente em meus pensamentos que era impossível ignorar. Eu, um advogado, sempre tão lógico, tão centrado, estava perdido em um labirinto de emoções contraditórias.

Fechei os olhos, tentando afastar esses sentimentos. Ela era irmã dos meus irmãos, quase uma irmã, pensei muito sobre, mas não. Não era. E talvez fosse exatamente isso que tornava tudo mais complicado. Eu não podia tentar uma abordagem direta, pois seria considerado imprópria, e também não podia ser indireto, pois seria impróprio.

— Mas que droga! — eu gritei, tentando um falso controle.

Suspirei e abri os olhos novamente, encarei meu reflexo, como se ele pudesse me dar as respostas. Só que a verdade era que eu não sabia o que fazer. Sair dali e seguir o caminho que meu pai parecia traçar para mim? Ou me afastar antes que fosse tarde demais?

O relógio no meu pulso marcava os segundos de uma vida que, hoje, parecia mais complicada do que eu imaginava possível aos vinte e sete. Após minha breve reflexão, me dirigi de volta ao refeitório.

Nos primeiros anos, eu sempre imaginava a dinâmica da comemoração do meu aniversário, eu gostava de sair com a  família, era algo mais... simples. Algo entre uma pizza, algumas risadas e um bolo. Mas minha vida já havia passado por várias mudanças nos últimos anos, e essa noite era uma prova viva de como as coisas podem se tornar inesperadamente complicadas.

Embora o restaurante fosse elegante, com luzes cada vez mais baixas e um leve brilho dourado nas paredes. A mesa que ocupávamos estava desprovida de casualidade. Em algum momento, provavelmente alguém pediu para que aproximassem a mesa do mezanino, de onde se podia ver o salão principal no primeiro andar, onde a dupla que cantava quando entramos, foi substituída por uma banda. Músicas suaves e românticas ao vivo. O ambiente era cheio de casais, velhos e novos, de mãos dadas, esperando ansiosos pelo que viria em seguida. No entanto, na minha mesa, o clima era... Menos leve

Minha família estava ali, claro. Meu pai, sempre formal demais para essas ocasiões, se esforçava para manter uma conversa jovial, como se precisasse ser o mediador de tudo. Ao seu lado, minha madrasta, que de vez em quando, forçava um sorriso com naturalidade, mas seu olhar de relance sobre a presença de sua antiga família dizia muito sobre o desconforto daquela reunião.

Sentada no mesmo lugar de antes, estava Naomi, a filha de Suzanna. A relação delas, ao longo dos anos, era o que poderíamos chamar de “distante”, para ser educado. Suzanna havia abandonado Naomi quando ela era mais nova, optando por seguir um novo rumo, casando-se com meu pai e deixando para trás uma vida antiga, uma história pesada. A presença de Naomi ali e sua família era uma coincidência, e o pior, foram forçados por cortesias a estarem conosco.

Eu observava tudo isso em silêncio, ainda assimilando as interações. Minha madrasta tinha uma postura elegante e distante, como se mantivesse uma barreira invisível entre ela e o restante da mesa.
Naomi estava diferente da última vez que nos encontramos. Hoje ela parecia uma jovem mulher de feições fortes, com olhos que pareciam carregar uma sabedoria além de sua idade. Até se eu não soubesse de sua religião, absolutamente tudo em sua personalidade apontaria para a fé cristã, mas isso parecia apenas uma pequena parte da complexidade que eu percebia nela.

De repente, a banda interrompeu sua sequência de acordes leves, e o vocalista, com uma voz rouca e agradável, fez um convite aos casais do restaurante:

— Todos os casais, por favor, sintam-se à vontade para descer ao salão principal e dançar.

O convite foi seguido por um burburinho na sala, cadeiras sendo empurradas e risadas discretas. Sem hesitação, meu pai e Suzanna se levantaram. Ela lançou um último olhar para Naomi, um olhar que misturava culpa e esperança, como se esperasse que a filha dissesse algo, mas ela apenas retribuiu com um sorriso formal. Logo, eles desapareceram escada abaixo.

Outros parentes seguiram o exemplo. Os pais de Naomi também desceram, e a amiga dela, foi arrastada para o andar de baixo pelos gêmeos. Vicente já havia mencionado seu nome algumas vezes, algo como: Laura, Liara, Laurel. Não importava.

Em questão de segundos, restávamos apenas eu e Naomi na mesa. O silêncio entre nós era palpável, mas não opressivo. Eu estava ciente de cada movimento ao redor, mas também me sentia atraído por aquela ausência de palavras entre nós dois.

De repente, percebi que era o momento perfeito para quebrar aquele silêncio.

— Dançar não é muito a sua praia, imagino — eu disse, tentando soar casual, mas consciente da profundidade daquela simples observação.

Ela riu levemente, um som suave e controlado.

— Não é que eu não goste de dançar, só acho que o ambiente tem que estar certo. E hoje... não é o caso.

Eu concordei com um aceno. Ela tinha razão. Aquele não era o momento certo para ela. Havia algo de desconcertante naquela situação. Parecia que cada um de nós estava ali por razões diferentes, tentando entender seu próprio papel naquele caos familiar.

— Entendo, — eu disse, enquanto mexia na borda da minha taça. — Mas e você, como está? Digo, como foi para você aceitar sentar aqui hoje?

Ela ergueu uma sobrancelha, claramente surpresa com minha pergunta direta, mas não ofendida. Ao invés disso, pareceu ponderar.

— Bom... é complicado, como você deve imaginar. A relação com a minha mãe... Com Suzanna... não é das melhores. Não que eu a odeie, sabe? Só acho que algumas coisas precisam de mais tempo. E... bom, ela parece estar tentando. Ou eu a odeie e estou tentando perdoar.

Eu ouvi cada palavra com atenção, surpreso com a franqueza dela. Ela não era uma daquelas pessoas que mascaravam seus sentimentos com falsos sorrisos e pequenas mentiras para manter a harmonia. Ela era real. Havia uma maturidade em sua fala, algo que me fez perceber que ela entendia mais do que apenas a superfície daquela noite.

— Eu acho que você é muito mais compreensiva do que eu seria — falei, sorrindo meio sem jeito. — Quer dizer, essas reuniões familiares sempre parecem tão artificiais, mas você aceitou estar aqui, enfrentando tudo isso.

Ela deu de ombros, o que apenas reforçou minha impressão de que havia uma força interior nela que eu mal começava a compreender.

— A vida é complicada. Certas coisas precisam ser enfrentadas. Aprendi que, se fugirmos o tempo todo, acabamos ficando sozinhos no final. Então, de vez em quando, é melhor encarar as situações, mesmo que não sejam ideais.

Eu sorri, admirado com a sua sabedoria. Ela não parecia amargurada ou presa ao passado, mas também não era ingênua. Era uma jovem mulher que havia passado por experiências duras e, de alguma forma, se tornado mais forte com isso.

— A igreja te ajudou a lidar com tudo? Com o abandono? — perguntei, meio sem jeito, mas querendo continuar a conversa.

Ela assentiu, os olhos me observando com calma, como se esperasse algo mais da minha parte.

— E isso te ajuda até hoje?

Ela deu uma leve risada, não de escárnio, mas como alguém que já havia respondido essa pergunta muitas vezes.

— Sim. Seguir a palavra de Deus e guardar seus mandamentos me ajuda a dar sentido às coisas que não fazem sentido. Mas também não é uma resposta mágica para tudo. Eu ainda sou uma pessoa normal, com sentimentos normais. Tem coisas que a fé ajuda, e tem coisas que só o tempo resolve.

Eu fiquei em silêncio por um momento, digerindo aquilo. Ela era muito mais interessante do que eu imaginava. Havia uma profundidade nós cristãos devotos que eu percebia, mas nunca tive curiosidade de entender, antes.

Uma parte de mim queria continuar aquela conversa, mergulhar mais fundo em quem ela era, entender mais sobre essa mulher que parecia tão tranquila em meio a tanta confusão.

— Você parece estar em paz com muita coisa, — comentei, sem pensar muito.

Ela riu de novo, e dessa vez havia uma tristeza velada no som.

— Paz... é um processo, acho. E você? Como está se sentindo no meio de tudo isso?

Eu não esperava essa pergunta de volta. Por um segundo, pensei em responder com uma piada, algo para aliviar o peso da situação, mas desisti. Eu senti que Naomi merecia uma resposta honesta.

— Estou tentando entender o meu lugar aqui, — admiti. — Às vezes parece que sou só um espectador, vendo essas peças se encaixarem ou se desencaixarem, e eu só... tento fazer parte disso de algum jeito. Pelos meus irmãos.

Ela me olhou com uma expressão suave, como se visse além das minhas palavras.

— Talvez você não precise se encaixar em tudo. Talvez só precise estar presente, às vezes isso é suficiente.

Ficamos em silêncio novamente, mas dessa vez, o silêncio era confortável. Eu sentia que havia mais naquela conversa do que aparentava. E, por algum motivo, parte de mim desejava que aquela noite continuasse, que a conversa não fosse interrompida pelo retorno das pessoas à mesa. Havia algo sobre ela que eu queria entender melhor, algo que me fazia querer conhecê-la além daquela fusão familiar confusa.

E naquele momento, percebi que, às vezes, as conexões mais importantes surgem nos lugares mais improváveis. E eu ansiei pelos próximos dias.




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