Thomas é novo na Clareira que curiosamente só possui um garoto loiro como morador, nela eles terão apenas um ao outro na sua nova jornada que abrange monstros, perdas e mortes contínuas.
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Fazia exatamente dez minutos que estávamos em frente ao portão no sol escaldante, esperando Teresa que como sempre havia se atrasado, mesmo que Newt estivesse exigido a nossa presença as doze e ponto, o garoto loiro bufou olhando pela terceira vez o sol, contava as horas com os olhos acerrados e a boca levemente aberta, Me mantia sério com Os braços cruzados enquanto Newt permanecia na sua posição irritada
— ufa! Cheguei — Teresa disse animada, Newt encarou a garota de cima a baixo com total deboche
— deveria ter te deixado aqui sozinha — Newt exclamou irritado com a demora da garota, porém ele estava passando um pouco dos limites
— Newtie pega leve — tagarelei se aproximando e passando as mãos pelos ombros de Newt, ele soltou um fraco grunhido vendo eu massagear os ombros totalmente tensos dele
— vou perdoar sua irresponsabilidade hoje porque Tommy me acalmou, porém se ocorrer novamente consequências virão — indagou o loiro novamente, sua voz estava calma e relaxa com o meu toque. Uma parte minha grata por saber que um ato meu poderia tirar todo o ódio dele. Me gabei um pouco por fazer essa proeza.
Começamos a correr no mesmo momento eu guiava os dois tentando me lembrar do lugar certo, passei por todos os lugares que me recordava ter passado na minha ida passada, minha cabeça latejava de dor de cabeça, talvez o estresse esteja começando a afetar gravemente o meu cérebro, dado por vista que Newt também sente as mesmas dores de cabeça infernais
— por aqui! — passei por um corredor começando a ouvir os malditos grunhidos, ignorei-os e manti o percurso porém acabava toda vez sempre voltando pro mesmo lugar, sempre pro beco escuro cheio de vinhas obscuramente grandes
— que porra, é impressão minha ou estamos andando em círculos?! — argumentei parando e limpando um pouco do suor que pairava na minha testa, Newt me encarava nervoso enquanto Teresa respirava ofegante por conta da corrida
— não diga que estamos perdidos tommy?! — Newt perguntou extremamente ansioso e assustado, reparei que quando o assunto era ou estávamos dentro do labirinto ele ficava desse jeito, e isso eu sabia que tinha haver com o trauma que ele desenvolveu.
— Calma... Relaxa — falei tentando fazer com que ele voltasse ao normal — eu lembro desse lugar, temos que ir pra direita, vem comigo — peguei na mão terrivelmente trêmula dele e dei um leve aperto confortável, comecei a correr ainda com as mãos coladas, uma mistura de sentimentos contraditórios passavam pela minha cabeça, mais uma vez me tirando do foco, então decidi me afastar um pouco, soltei as mãos assim que percebi que ele poderia correr por conta própria
Voltamos pro caminho certo, passamos por uma encruzilhada e chegamos finalmente no lugar das paredes de lâmina, Newt encarava assustado toda a espessura do lugar, já Teresa. Não demonstrava nenhum interesse ou medo, parecia não se importar.
— ali! — parei em frente da parede mágica respirando fundo e se preparando para a mágica acontecer
— puta que pariu! — gritei irritado depois de empurrar a parede e nada acontecer — calma tommy, posso tentar? — Newt perguntou novamente
— não vai adiantar deve ter quebrado... e agora vamos morrer! — comentei totalmente pessimista, Newt me empurrou de leve com a fala
— se eu conseguir você terá que fazer uma coisa pra mim quando sairmos daqui — ele riu maliciosamente, e logo socou a parede que acendeu a luz azul
— huh, tá me devendo uma — o loiro riu
A porta começou a se abrir e mostrou uma passagem secreta com um corredor escuro por dentro — uau... — ambos falaram ao mesmo tempo, começamos a caminhar e a porta se fechou ao passarmos por ela, depois de chegarmos no fim do corredor se entre-olhamos pensando no que fazer a seguir, levantei as mãos em rendimento deixando Newt comandar dessa vez
— será que um de seus socos não vai abrir a passagem magicamente? — eu brinquei, ele riu e abriu a escotilha da porta, dentro dela Havia números de um a dez. Era uma espécie de código isso é certo, então era só descobrir a ordem correta.
— é um código, oque temos de código? — perguntou o loiro, franzi o cenho pensando no que falar.
— aqueles números do labirinto! Pode ser isso — Teresa falou
— como sabe dos números? Não recordo de te falar — Newt questionou
— não importa Newt ela tá certa, é 7461 a sequencia — o loiro assentiu e começou a discar os números na porta, ela fez um som estranho e abriu levemente, Newt a abriu e esperou que eu e Terr passa-se
Newt's pov;
Eu estava em choque, estava finalmente fora daquele inferno, fora do que me causou marcas permanentes, e que me traumatizou de tantas maneiras. Aqui fora eu teria um novo mundo pela frente um mundo livre, sem aquelas malditas paredes que me prendiam tanto fisicamente quanto mentalmente.
— Newtie? Vamos? — Tommy me tirou dos meus pensamentos profanos, assenti ainda extasiado com aquela vista, era um corredor, com um carpete marrom chique, luzes penduradas no teto e alguns quadros em todos os lados, comecei a caminhar novamente com Thomas ao meu lado, estava tão nervoso que apenas baixei meu braço ao lado do de Thomas e aproximei o suficiente para que ele percebesse oque eu queria, ele pegou na minha mão novamente e acariciou gentilmente, pra mim aquele era o melhor conforto existente.
Depois de chegar no final do corredor demos de cara com uma sala totalmente tecnológica, havia computadores em todos os lados e as luzes eram amareladas, dando uma sensação confortável de estar ali. Tinha cubículos quadrados com computadores e cadeiras dentro, no canto inferior tinha uma televisão, havia câmeras dos lados e uma porta de fundo.
— caralho — falei soltando minha mão de Thomas, e só aí notei a grande escada que levava pro segundo andar
— temos que explorar — murmurei, ambos concordaram e se separaram em seguida, subi as escadas devagar encarando tudo que poderia ser perigoso, depois de subir dei de cara com um escritório totalmente bagunçado, cadeiras jogadas de um lado, mesas reviradas do outro, e computadores quebrados em todas as mesas
Me aproximei de uma das mesas e me abaixei pegando alguns papéis que estavam jogados pelo chão. As luzes terrivelmente amarelas e sem brilho dificultavam a leitura, então eu me forcei a ler semicerrando os olhos
— departamento C.L em busca de novos experimentos, recompensa de dez mil dólares para os indivíduos que entregarem os que tem o DNA da Cura. — foi oque eu consegui ler em voz alta, mas não entendia nada do que havia acabado de ler.
Me senti observado, uma sensação estranha que havia alguém atrás de mim Me virei assustado e então vi uma pessoa estranha
