The lonely boy ~ Newtmas

16 - decepções

─̷ִ─ׄ 𐇽 newt's pov

Quando se ama alguém, você deixa todos os seus defeitos escondidos, você quer impressionar a pessoa, mostrar que merece o seu amor, porém quando uma nova pessoa surge
Ela exige um pouco do seu tempo e palavras, fazendo assim você infelizmente não conversar e dar tanta atenção para a primeira pessoa, como disse, o universo brinca com as pessoas, e a minha história estava só começando.

- DEPRESSA! - gritou Thomas me empurrando para que eu corresse, Puxei Danny e começamos a correr, os guardas já estavam na sala á cima de nós, eles abriram a escotilha e começaram a descer altamente armados, corríamos como se não ouvesse amanhã e tínhamos uma certa vantagem na distancia entre nós e os guardas.

- E Teresa? - perguntou Thomas novamente, dei de ombros enquanto corria.

- ela se vira, não estamos numa posição muito boa para se preocupar com outras pessoas - afirmei, ele assentiu e finalmente chegamos no final, lá havia uma porta com um cadeado, Danny pegou as chaves do bolso de Thomas e começou a tentar abrir uma por uma, os guardas acabaram chegando até nós. Danny entregou as chaves para o outro garoto e pegou sua pistola, apontando para os seus antigos parceiros de trabalho.

- não se envergonha Oliver? Traindo o grupo que te acolheu quando estava totalmente sozinho! - dizia Cruel, apressei Thomas enquanto todos permaneciam parados com armas apontadas uns para os outros

- te acolheu? Quer falar de acolher? Quer que eu fale para Todos oque você fazia quando ninguém estava olhando? Isso não era vida! Era o próprio inferno.
Eu prefiro morrer do que voltar - exclamou Danny irritado, Thomas conseguiu abrir a porta e eu Puxei Danny consigo

- não vão conseguir sobreviver! Ouviu Oliver? O vírus vai matar cada um de vocês, e você vai voltar rastejando para mim... - o homem disse, enojado apenas Puxei Danny até a saída, eles não ousariam atirar contra nós. Após subir as escadas trancamos a passagem com o cadeado de mais cedo.

Estávamos a luz do luar, havia um leve vento fresco e ventanias carregadas de areia, só aí percebemos que estávamos no deserto, não sabíamos oque fazer a seguir, queríamos escapar mas não sabíamos oque fazer quando finalmente escapassemos

- venham, temos que achar um lugar para passar a noite - falei vendo guardas saírem da base com lanternas a nossa procura, começamos a correr em direção de uma construção abandonada
Entramos pela janela, a areia quase havia enchido toda a superfície do lugar, então ao descermos escorregamos por um morro de terra.

- isso foi divertido - disse Minho, gally deu um empurrão em seu ombro

- para com isso - ele resmungou - vamos dormir aqui? - ele perguntou

- aqui não parece seguro, a cidade fica pra lá, tem algumas lojas que podem ser uteis - Danny disse, assentimos e caminhamos até a saída novamente, dessa vez saímos por outro canto, e de longe com o auxílio de uma lanterna já avistavamos a cidade.

Caminhamos por um tempinho até chegar em uma loja de conveniência, entramos e colocamos a lanterna no meio da sala, assim dando uma claridade a mais.

- vão dormir, amanhã é um novo dia - falei, todos assentiram e foram em direção de uma parte da loja, me aproximei de Thomas com um cobertor que havia acabado de achar

- oi - falei baixinho, ele se virou pra mim e sorriu.

- oi - ele se aproximou me dando um beijinho na bochecha, corei e levei ele até uma parte do cômodo um pouco mais afastada.

- acho que preciso me desculpar com você, não tenho te dado muita atenção recentemente, é besteira eu sei mas... tô sentindo que preciso me desculpar - falei, ele deu um leve sorriso com as minhas desculpas esfarrapadas, se deitamos com o lençol forrado no chão.

- relaxa, tá tudo bem - ele me abraçou - é estranho estar com um grupo de amigos, e pra admitir sinto saudade de quando era só eu e você

- eu tenho esse mesmo pensamento... o mais estranho é estar livre de verdade, não tem paredes me prendendo, a sensação é tão boa, entende? - comentei, ele assentiu no mesmo instante.

- pra mim tanto faz estar preso ou não, tendo você já é o suficiente pra mim - corei com a fala, e abracei o moreno, depositei minha cabeça em seu peito enquanto ele acariciava gentilmente meus cabelos.

- eu te amo... - disse carinhosamente, sentia um calor intenso no peito, a sensação era tão confortante, é incrível pra caralho estar apaixonado.

- eu também te amo meu loiro - ele beijou a minha nuca de um jeito fofo, aconcheguei minha cabeça no peito macio do mesmo e acabei adormecendo.

~

Era oito e meia da manhã, Abria levemente os olhos, com os braços volumosos de Thomas ao meu redor,
Sorri de leve com a sensação de estar grudado com o moreno, depois de alguns segundos levantei-me e fui em direção de Danny que dormia com um pequeno lençol

- ei, bom dia - cutuquei o garoto que despertou assustado, com um impulso ele mirou a arma em mim, coloquei a mão na arma abaixando na mesma hora

- calma... tá tudo bem, sou eu Newt - peguei a arma e guardei na minha cintura, ele se levantou e bocejou em meio as desculpas

- desculpe newtie, foi automático. - ele afirmou, sorri com uma leve preocupação no olhar, até porque ter uma arma em sua nuca não era uma das melhores sensações.

- vamos levanta seu dengoso, só falta você para irmos - disse me levantando, ele sorriu com o apelido peculiar e se levantou.

- bom dia meninos - falei me direcionando aos nossos antigos companheiros de quarto, eles brigavam como sempre, as vezes me perguntava se rolava algo entre os dois, eles sempre foram tão juntos que chegava a ser um tanto quanto estranho pra falar a verdade.

- pra onde vamos Newt? Não temos oque comer... eu tô faminto cara - resmungou Gally, dei de ombros pensando numa resposta, até eu que era o líder não sabia realmente qual era a melhor escolha no momento

- eu não sou o líder nem nada mas... sei de um possível lugar que podemos nos abrigar, porém vão ter que confiar denovo em mim... - disse Danny, sorrimos animados com a possível novidade.

- sempre Danny! - encoragei o mesmo com um sorriso no rosto, ele corou e continuou a falar

- nas montanhas havia a base de um dos inimigos do cruel, não sei se vão nos acolher, provavelmente vão nos expulsar, mas temos que tentar - não tínhamos muita escolha, nossas barrigas roncavam de fome, e as lojas da cidade não haviam comida, ou seja era questão de tempo até que morressemos, se a gente não achasse um lugar pra ficar.

- tudo bem, podemos tentar - falei com a mão na barriga, ela roncava sons estranhos que acho que todos do estabelecimento ouviram.

Começamos a caminhar saindo do estabelecimento, olhamos para todos os Lados possíveis em busca de qualquer sinal dos homens de janson, com a barra limpa continuamos a caminhar, estávamos ao lado dos prédios enormes e destruídos, Danny nos explicava que ficaram assim por conta de guerras nucleares, depois de algumas horas caminhando, ouvimos algo vindo dos céus, automaticamente Puxei a galera para um beco entre os prédios, ao passar olhamos e vimos naves do cruel a nossa procura, gelamos com o pensamento de estarmos sendo procurados, eu me levantei com uma leve tremedeira nas mãos

— não dá pra ficar na cidade — reforcei encarando Danny que estava com os braços cruzados ao meu lado

— as montanhas ficam no deserto, na real não sei nem porque estamos na cidade, isso não faz parte do trajeto — com essa confirmação, apenas me preparei mentalmente para oque estava por vir, minha cabeça latejava novamente com aquela dor de cabeça infernal, sentia que ia explodir a qualquer instante.

E a partir dali continuamos a nossa jornada em direção das montanhas.