11 - beijo

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Newt's pov:

Abria os olhos devagar sentindo um braço forte e quente me rodear, a sensação de conforto predominava. E eu notei oque estava acontecendo, estava abraçado com Thomas na cama, era tão bom que não tinha vontade de se levantar, Thomas dormia pesado, levantei e dei de cara com Minho se arrumando em frente a uma pia do nosso quarto

- eu quero saber porque esse caralho não tem um vaso sanitário, tem pia e não tem vaso! Qual o sentido? - ele comentava sem notar a minha presença, resmunguei e ele escutou, se virou para mim depositando sua atenção para a minha pessoa

- ah oi Newt - ele exclamou, Revirei os olhos e sorri de leve

- vou ao banheiro, talvez não deixem ir outra pessoa depois, quer ir comigo? - perguntei

- não, obrigado, o daniel estava de bom humor hoje e deixou eu e gally ir mijar, acho que agora é sua vez parceiro - assenti e me retirei; comecei a caminhar até a porta e bati algumas vezes até ela ser aberta E o garoto de cabelos castanhos aparecer com seu uniforme sempre bem passado

- por acaso você tem a bexiga solta? - perguntou o garoto, não consegui segurar e gargalhei alto vendo o outro formar uma carranca irritada

- oque quer que eu faça? Mije na boca do minho? Porque seu chefe é tão irresponsável que nem um vaso conseguiu colocar nos quartos - falei e ele bufou, liberou o espaço e eu consegui passar porém antes tinha que fazer uma coisa.

- Tommy, irei sair ok? - disse ajoelhado ao lado da cama, ele abriu os olhos e assentiu se virando novamente para dormir, então comecei a caminhar com Daniel novamente, usei o banheiro rapidamente e escovei os dentes, lavei o rosto e sai pra fora novamente

- tenho que te mostrar uma coisa... - ele tirou uma chave do bolso e gesticulou para que eu o seguisse, silenciosamente caminhamos pelos corredores vazios até chegar em uma porta fechada, ele usou a chave e abriu a porta.

Dentro da porta havia uma sala enorme, tinha o teto aberto ao ar livre, havia árvores e folhas, um riacho e tudo oque a minha clareira possuía, porém tudo dentro de uma só sala extremamente grande, dos lados havia vidros para que os cientistas conseguissem avistar os experimentos que não estavam presentes.

- Daniel... isso é lindo! - falei mechendo na folha macia de uma das árvores, ele sorriu para mim.

- Danny, por favor. - ele disse gentilmente, dei de ombros e assenti

- oque é exatamente esse lugar? É tão aberto e livre... achei que experimentos morassem aqui - perguntei ele fechou a porta e se sentou em um banco de árvore

- desativei as câmeras do corredor que leva até aqui, e aqui não tem câmeras. Os guardas estão de folga e o único de plantão sou eu. Aqui newt, era a antiga fortaleza do meu tio, ele usava para tentar cultivar a vida da terra ou algo assim, alguns experimentos moravam aqui, viviam como você na sua clareira.
Porém foi um desastre, outro dia eu e os guardas estávamos brincando e acabamos deixando a porta aberta, os experimentos fugiram. Quebraram tudo dos testes, curas foram quebradas e perdidas, quando cruel descobriu ele matou todos os envolvidos, ele não me matou mas... ele acabou descontando em mim e... - o moreno com os olhos marejados em profunda dor emocional me encarava com as mãos trêmulas

- Danny... continue por favor - falei me aproximando e encarando o mesmo com um visível olhar de "eu te entendo cara"

- O tio, ele me espancou até eu desmaiar, depois matou boa parte dos experimentos e fechou esse lugar. Tudo isso só por um erro, ele é psicótico Newt. Ele é a porra de um doente mental, precisamos sair daqui agora!

The lonely boy ~ NewtmasOnde histórias criam vida. Descubra agora