Jacob estava me levando até a casa dos Black. Harry Clearwater acabara de ter uma parada cardíaca enquanto estava na floresta com meu pai. Eu tomaria um banho lá e poderia descansar um pouco antes de ir dar suporte aos Clearwater.
Depois que me joguei do penhasco e vi Victoria embaixo d'água, só me lembro de Edward ao meu lado, com nossas vidas se esvaindo. Então Jake me tirou da água e logo eu estava na areia, tossindo uma quantidade razoável de água que havia engolido.
Completamente encharcada dentro da picape com Jacob no volante, eu decidi me recostar nele. Havia sido minha escolha ir até a casa dos Black para tomar um banho, me alimentar e descansar enquanto Jake insistia para que eu fosse para casa. Algo me dizia que eu deveria ir mesmo para casa, mas eu nunca ouvia a minha intenção.
Decidi me recostar nele e sentir sua temperatura e isso foi bom. Estava muito quente e perfumado ali, e eu senti como se pudesse morar em seu abraço. Seu braço me envolveu, seus lábio tocaram os meus cabelos e eu me senti bem depois de muito tempo sem... Ele. Não deveria pensar nele, meu estômago se revirava e eu sentia as pontas dos dedos frias, sinal de que eu não estava bem e deveria me distrair.
- Vamos, Bells. - Ele chamou, me acordando dos devaneios.
Fiz um esforço para me desvencilhar daquele abraço tão acolhedor que me fizera perder a noção de tudo ao meu redor, e saí do carro, entrando na casa escura. Jake foi acendendo as luzes e então a casa toda estava iluminada. Mordi o lábio inferior, colocando as mãos nos bolsos úmidos da calça, indecisa sobre o que fazer, parada na entrada, próxima da televisão.
Jacob me olhou, sorrindo com todos aqueles dentes brilhantes e brancos na minha direção, fazendo minhas maçãs do rosto corarem.
- Está com vergonha? - Perguntou, se aproximando gradativamente.
Dei de ombros. O que havia acontecido? Perdi a língua?
- O gato comeu sua língua? - Tentou mais uma vez, agora tão próximo de mim que apenas uma palmo nos separava.
Mostrei a língua para ele e senti ele me envolver em um abraço forte, me tirando do chão e girando em seguida. Gargalhei, envolvendo meus braços em seu pescoço, acariciando sua nuca. Ele me colocou no chão, afastando nossos rostos com calma para sentir a textura da sua bochecha na minha a medida que o fazia. Nossos narizes se colaram, sua respiração quente batendo contra a minha tão fria, causando pequenos choques elétricos.
Antes que nossos lábios pudessem se tocar, eu me afastei. Engoli em seco, umedecendo os lábios com a língua e voltando a colocar as mãos nos bolsos da calça.
- Eu vou... Você pode pegar algumas toalhas? Uma roupa limpa? - Questionei, limpando a garganta para conseguir terminar as perguntas com êxito.
- Claro, fique a vontade. O banheiro é no final do corredor à direita. - Disse, parecendo tão desconcertado quanto eu.
Apenas assenti, fazendo o trajeto até o banheiro. Abri a porta, revelando o banheiro com uma pia simples, um espelho acima desta, duas escovas de dente e um creme dental, o box com um chuveiro simples, assim como o vaso sanitário. Era um banheiro como outro qualquer, com azulejos claros, deixando bem receptivo.
Deixei a porta aberta e me despi, colocando as roupas molhadas em um canto para que pudesse pegar depois e levar para a casa. Liguei o chuveiro e senti a água quente escorrer por todos os meus poros, eriçando os meus pelos do corpo. Molhei meus cabelos, tirando todo aquele frio do mar para me deliciar com o quente da água do chuveiro.
Eu e Jake nunca havíamos nos beijado. Não por falta de vontade dele, mas por medo meu de estragar toda a nossa amizade. Se eu perdesse o Jake, o que me sobraria? Eu não era nada como Emily com Sam, não era a certa para ele, não saberia fazê-lo feliz. Éramos amigos, só isso. Talvez não devesse pensar, só agir, mesmo se me arrependesse.
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Contos
Short StoryJá pensou se aquele sonho de ter sua primeira transa com aquele garoto com quem sempre sonhou virasse realidade? E se aquele trágico 11 de setembro te contasse uma história? Ou se aquela prostituta que ganha a vida em uma esquina movimentada, mas tã...