"Mãe, vamos a Alvalade! Quero ver o Pote!"
Era tudo o que a pequena Carlota pedia à sua mãe, Diana. Mesmo sendo ainda bastante nova, com os seus quatro anos, queria ver todos os jogos e tinha como ídolo o número 8 dos leões, Pedro Gonçalves.
Diana...
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O dia amanheceu solarengo.
Mal os primeiros raios de sol entraram pela janela, levantei-me. Olhei para o calendário, que tinha na parede.
"UCL Night" estava escrito no dia de hoje, a verde, com pequenos corações à volta.
Finalmente, a Champions estava de volta. Para variar, eu e a Carlota íamos ver o jogo, o que nos últimos tempos se tem tornado uma realidade.
Vesti-me, tomei o pequeno-almoço e fiz o lanche para a pequena levar para a escola. Depois, fui acordá-la.
- Bom dia, princesa da mãe! Dormiste bem?
- Dormi! Sonhei que o sporting ganhava hoje!
Isso não é um sonho, querida, na minha cabeça, é uma certeza absoluta.
- Uau! Quem marcava?
- O Pote e o Dani!
Ri-me e tirei a roupa dela do armário.
Qunado acabei de a vestir, notei que a Célia ainda dormia. Ela tinha ido a um jantar qualquer da empresa e não acordei quando ela regressou. Pensei que isso tivesse acontecido porque ela chegara bastante tarde, mas quando abri a porta do quarto dela e vi a cama tal e como estava no dia anterior, fiquei preocupada.
- Mamã, a Célia?
- Não sei, filhota, deve ter ficado a dormir na casa da colega dela.
Isso acontecia muitas vezes. Ela acabava por ficar a dormir em casa da colega e pensei que fora isso que acontecera. Pela via das dúvidas, decidi ligar-lhe. A chamada foi parar à caixa de correio.
Acabei por lhe enviar uma mensagem, a perguntar se estava tudo bem e se ela estava em casa da Rute.
- Queres o quê para o pequeno-almoço?
- Gelatina! E torradas!
Fiz-lhe a vontade e fui terminar de me preparar enquanto ela comia.
Depois de ela acabar, lavei-lhe os dentes e penteei-lhe o cabelo. Agarrámos nas malas e deixei a Carlota na escola, seguindo depois para o trabalho.
Cumprimentei toda a gente e fui para a minha secretária. Comecei a fazer o meu trabalho, sempre com um olho no telemóvel.
Já era uma tarde quando fiquei extremamente preocupada por não ter notícias da Célia. Liguei-lhe novamente e aconteceu o mesmo que já tinha acontecido das outras muitas vezes que lhe ligara hoje.
Acabei por ir almoçar e quando saí para ir tomar café, vi a Célia, finalmente, a ligar-me.
- Célia! Deixaste-me preocupada! Por onde andaste?
- Está tudo bem, Diana, não te preocupes. É uma confusão, apenas.
- Mas o que se passou?
- O meu pai ligou-me a meio da noite a dizer que tinha havido um foco de incêndio na casa da minha prima, que é perto da casa deles. Peguei logo no carro e fui para lá, fiquei imensamente preocupada.
