"Mãe, vamos a Alvalade! Quero ver o Pote!"
Era tudo o que a pequena Carlota pedia à sua mãe, Diana. Mesmo sendo ainda bastante nova, com os seus quatro anos, queria ver todos os jogos e tinha como ídolo o número 8 dos leões, Pedro Gonçalves.
Diana...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Mamã!
Agarrei a Carlota, que me estendia os braços para a pegar ao colo.
- O que foi filhota?
- Papá!
Ela apontou para o pai que descia o escorrega do parque aquático.
Decidiramos passar um dia em família, antes do regresso ao norte do país. Um parque aquático com alguns animais pareceu-nos uma excelente ideia, com uma bebé pequena.
- É o pai, Carlota! Vamos ter com ele?
Fui até onde ele estava.
- Tens de exprimentar este escorrega, Diana, é completamente maluco, vais adorar.
- Acabei de comer, amor, não vou nessa coisa maluca. Que tal irmos molhar os pés aquela piscina que tem ondas? Aquela que parece uma praia.
Ele concordou e agarrou na nossa filha.
Seguimos pelo meio das pessoas que íam cumprimentando o meu namorado.
Chegámos rapidamente ao local e ficámos à beira das ondas, a molhar os pés na água e a desfrutar do sol.
- Onde querem ir a seguir?
- Acho que há um espetáculo de golfinhos daqui a meia hora, o que te parece?
- Vamos ver os golfinhos, filha?
Ela sorriu. É demasiado pequena para sequer saber o que são golfinhos, mas a ideia agradava-a.
O ambiente estava calmo, pessoas a desfrutar do sol em espreguiçadeiras, miúdos a fazer castelos na areia. Tudo calmo e tranquilo.
- Vamos tirar uma foto!
Procurei o meu telemóvel.
- Trouxes-te o teu telemóvel? O meu ficou no cacifo com as outras coisas.
Ele ligou o telemóvel e virou-se para tirar uma selfie. Agarrei a Carlota, que entretanto se sentara na água rasa.
Tirámos umas poucas selfies.
- Pede aí a alguém que nos tire uma fotografia!
Ele não pareceu gostar da ideia, mas mesmo assim, chamou uma rapariga, mais ou menos com a minha idade, para tirar a foto.
Ela agarrou no telemóvel e tirou uma foto.
- Já agora, pode dar-me um autógrafo, por favor? Se não for pedir muito é claro.
Ele sorriu e a mulher passou-lhe um bloco que trazia na mala para as mãos.
- É a sua filha?
- É sim. Diz olá, Carlota.
Ela esticou a mão.
A mulher riu-se, mas havia algo de desconfortável naquele riso.
