— Percy espere!
Enquanto estou prestes a atacar Steve paro.
— O que foi Peter — sussurro.
— O que vai fazer com ele?
— Ué amarra-lo e interroga-lo e fazer ele pagar pelo o que fez — digo com satisfação.
— Que ideia genial — ele diz.
— Obriga...
— Foi ironia — ele interrompe.
Fico atrás da árvore e faço questão de ficar invisível. Me sinto dentro de um casulo pequeno.
— Se essa ideia é ruim então me explique a sua gênio — digo.
— Olha... Ainda não entendo por que você implicou com ele. Mas surpresas agressivas nem sempre são boas — Sinto uma insegurança na voz dele.
Peter está com medo que eu me machuque.
— Eu vou ficar bem.
— É claro que você vai — ele diz.
— Então chega de preocupações — falo.
— Percy...
Muto o volume da escuta.
Saio do meio das árvores ainda invisível. Steve tira mais uma mala do porta malas do carro. Ele deixa o porta malas aberto e entra dentro da casa. Faço um favor e fecho o porta malas para ele. Steve para e olha para o carro. E depois volta a andar.
🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌A casa é rústica e tem cheiro de madeira. Steve deixou as malas no sofá. Ando pela casa sem me preocupar com o barulho que meus pés fazem na madeira. Olho para minhas mãos, estou completamente visível de novo.
Ouço a escada ranger. Steve para no meio da escada.
— Uau.
— Eu devo admitir foi difícil encontrar você — digo.
Mesmo Peter tendo uma preocupação boba e ingênua sei que a melhor forma de resolver isso é com calma. Fecho e abro os olhos respirando fundo.
— Bom, eu não estava me escondendo. Não de você.
— Não foi o que pareceu — falo.
— O que faz aqui?
Respiro fundo e deixo os momentos bons da vida de Rogers se projetarem para fora de mim. Estamos em outra casa. Ainda é muito parecida com esta, mas não tanto. Uma música toca na vitrola em cima da mesa da sala.
— Você realmente é velho — digo.
Steve estende a mão para mim. Eu a pego.
— Sabe dançar ? — ele pergunta.
— Eu sei fazer tudo.
— Quase tudo — ele fala.
Um passo pra cá, outro pra lá. Pouso minha cabeça em seu ombro.
— Olha, eu sei que o Tony tem boas intenções, mas ele está errado — Steve diz.
— Não me importa o que Stark está defendendo, me importa apenas se o que ele faz é o melhor pra mim. Eu preciso saber em que lado eu levo mais vantagem — admito.
— Você não entende. Colocar os Vingadores sob controle governamental pode até parecer seguro, mas estamos falando de nos submeter a ordens que nem sempre vão fazer o bem. Quem vai decidir? E se estivermos diante de algo que sabemos que precisa ser feito, mas o governo decidir o contrário?
Fixo meus olhos nos dele. Tony não me contou a respeito disso, não com essas palavras.
— Eu percebo que você quer ser livre a qualquer custo. Realmente acha que com o governo controlando seus poderes e aquilo que você faz e como faz vai te dar vantagem e de alguma forma te trazer bem estar ?
Paro de dançar e me afasto dele. Percebo que ele está... Certo. Apesar de não querer pensar nisto dessa forma. Tony omitiu boa parte de tudo isso. Sei que não vou levar vantagem sobre nenhum deles. Ainda assim Tony é o único que pode descobrir se meu pai está vivo. Se é que ele pode. Sento no sofá. Steve se senta ao meu lado.
— É uma garota muito especial Persephone.
O encaro. Sempre resolvi meus problemas escondendo o que eu sentia. Tudo isso para depois descobrir que meus desejos e sentimentos eram o que me faziam forte. Fecho os olhos e imagino o quarto de Peter. Deixo Steve e seu paraíso dos sonhos para trás.
🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌🌌— O que foi isso? — diz Peter.
Sento em uma cadeira no canto do quarto.
— Eu disse que era perigoso.
Percebo que não fiz o que planejava fazer. Eu sou uma idiota.
— Ótimo. Tudo isso não serviu pra nada.
— Você confia no Stark? — pergunto repentinamente.
— É claro que confio — Pete levanta e desliga o laptop.
Bom, eu não confio. E também não concordo com ele.
— Seria uma boa ideia a gente estudar pra prova de história, não acha? — ele diz me balançando.
Peter me olha com preocupação.
— Eu já volto — digo.
Sei que no que se diz respeito aos meus problemas eu não mentalizo eles até cansar. Prefiro partir para a ação. Apesar de querer me prender a pensar nas melhores formas de resolver tudo isso.
Saio pela janela. A cidade está calma. Tão calma que meus pensamentos ficam cada vez mais fáceis de escutar.
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MAIS QUE MIL MILHÕES
FanfictionTony Stark tem uma filha que ele não sabe da existência. Uma adolescente foi feita prisioneira por sua própria avó, por conta de seu poder único. Até que um dia um grupo muito peculiar a tira de trás das grades e a leva à Terra. Persephone terá qu...