CAPÍTULO 6

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O resto da viagem foi tranquilo, felizmente, o trânsito estava livre e chegaram antes do previsto em Recife. Marilia sentiu-se nervosa quando o seu carro passou pelo pedágio e seguiu em frente. Sua família morava na Reserva do Paiva, um lugar muito bonito, bem cuidado e exclusivo. Apenas pessoas com alto poder aquisitivo que residiam na Reserva.


– Uau, que lindo! Sinto-me até fora do País. – Maiara comentou com os olhos fixos na janela, contemplando as mansões, as palmeiras e a praia que dava para ser vista em alguns trechos.

 Marilia sorriu.

– Sim, é muito lindo e maravilhoso também.

– Não consigo parar de olhar...

Marilia compreendia o encantamento da Maiara, aquele era um lugar dos sonhos para se morar, tranquilo e seguro, ideal para famílias. Intercalando com as mansões, tinham alguns hotéis e também condomínios.

– Estamos chegando. – A morena avisou.

Ligou o alerta do carro, e virou a esquerda, parando o carro em frente a um enorme portão preto com o brasão em dourado com as inicias “DM” no alto. Na lateral do muro alto, tinha duas câmeras de segurança, na calçada bem posicionado um interfone. Marilia baixou o vidro do carro e apertou o interfone.

– Quem é? – Uma voz berrou do outro lado que assustou as três dentro do carro.

Marilia revirou os olhos.

– Se você olhar pelo monitor de segurança, vai saber!

Um minutos depois, outro grito e Marilia estava rindo.

– Mari! Mainha... Mari chegou! – Sua irmã gritou com o interfone ligado. – Bem vinda de volta, vadia! – O interfone foi desligado e os portões liberados.

– Quem é essa? – Maiara perguntou com os olhos arregalados.

– Minha irmã, Lua. – Marilia comentou, olhou rapidamente para latina. – Preparada?

– Sim. – Maiara respondeu um pouco nervosa. – Por que tem DM no portão?

– Dias Mendonça. Sobrenome da família.

Marilia avançou com o carro diante do silêncio da Maiara, percorreram alguns metros sendo prestigiadas por um imenso jardim bem cuidado até avistaram a casa de vidro. Era incrível, Maiara ficou abobalhada como a mansão imponente, achava que casas assim existiam apenas em filmes, além do mais, era na beira do mar. Uau. A latina estava assombrada.

– Se está assim vendo apenas com a frente dela, vai enlouquecer quando descer do carro e ver a parte da beira do mar. – Marilia comentou bem humorada.

Elas desceram do carro, Marilia deu a volta para junto da Maiara, a latina tinha aberto a porta traseira para retirar a Aurora da cadeirinha quando Marilia a segurou pelo braço, impedindo-a e fazendo-a se virar para ela.

– O que foi? – Maiara perguntou um pouco preocupada com a reação da outra.

Ao longe, Marilia via a sua família se aproximando... Sua mãe juntamente com o seu pai e sua irmã. Não era boba, também viu pela resta da janela do andar de cima alguém a observando, e pela estrutura corporal soube de pronto que era a Luana. Um misto de sensações e também um frio capaz de congelar todo o seu ser invadiu a morena. Ela sabia que encontraria a Luana, mas ainda não estava preparada para isso e droga! Tinha que ser bastante cautelosa e camuflar qualquer sentimento que estivesse sentindo, não poderia dar brechas para Luana e muito menos deixá-la perceber que ainda existia algo dentro do seu coração.

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