CAPÍTULO 9

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O que tinha na Maiara que deixava a Marilia dessa forma? Descontrolada? A morena sempre preservou o autocontrole, mas estava falhando sempre que ficava próxima a latina. Era como o seu cérebro se derretesse e transformasse em uma grande geleia. Espantosamente nunca tinha ficado dessa forma. Não por um desejo sexual que poderia passar a qualquer momento.


Quando estava com os seus lábios no da Maiara, parecia que essa sensação tão desconhecida dentro de si iria durar para sempre, e ironicamente o seu ser desejava que isso acontecesse... Era assustador e ao mesmo tempo, delicioso.

O beijo tinha se transformado em algo surreal, não existiam palavras para descrever a sensação dos lábios carnudos e desejosos nos seus, Maiara puxou a morena para si, e as duas caíram na cama, o impacto dos corpos, as fizeram gemer.

Marilia encaixou as pernas entre as da Maiara, deixando que a latina sentisse o peso do seu corpo, os seus seios se espremendo, enquanto, os lábios se devoravam, era um beijo de língua, guloso. Os lábios roçavam-se, enquanto as linhas se enroscavam, querendo-se cada vez mais. Mordidas e chupadas nos lábios inferiores, alguns suspiros e também arranhadas. As mãos da Maiara estavam nas costas da Marilia, a arranhando e a puxando cada vez mais para si, enquanto a morena passava as mãos pelas laterais do corpo da Maiara... O fogo tornando-se mais firme, queimando-as.

Maiara soltou um gemido ao sentir a língua da Marilia passear por sua boca, e as mãos subirem pelo lado de dentro de sua blusa, o ar estavam lhes faltando, mas não deixaram de se beijar, envolvidas demais para cogitar a hipótese de parar.

Quando o ar se tornou o vilão do momento e as fizeram interromper o beijo, Marilia desceu a cabeça e afundo no pescoço da Maiara, distribuindo chupadinhas quentes e marcadas. Maiara puxou a blusa da Marilia para cima, enquanto, suas mãos tocaram as costas macias da morena, passou as unhas provocativamente, escutou um gemido rouco escapar da garganta da Marilia no mesmo momento que a morena empurrou os quadris contra da latina... As suas intimidades se imprensaram, as deixando loucas.

Marilia colocou as mãos nos rosto da Maiara e ergueu um pouco o tronco, olhando-a nos olhos, os lábios estavam inchados e os olhos queimando de desejo. O descontrole não estava na parte do plano, mas que se dane o plano! A morena queria apenas desfrutar das curvas sinuosas do corpo da Maiara...

Raciocínio não existia mais no vocabulário da Maiara, ela nem se lembrava mais o porquê de sua irritação, não se recordava de mais nada. A única coisa que queria era voltar a beijar os lábios doces da Marilia. Inclinou o rosto para fazer isto, mas algumas batidas na porta as fizeram sair do torpor.

– Droga! – Marilia se soltou da Maiara rapidamente e correu até a porta.

Maiara ficou deitada com aquela habitual sensação de abandono, antes de abrir a porta, Marilia lhe lançou um olhar de “recomponha-se”, e isso magoou a Maiara. Tudo aquilo que antes estava a inflamando antes do beijo, retornou. Sentou-se na cama e constatou que alguns botões de sua blusa foram perdidos.

Marilia abriu a porta, deparando-se com a sua mãe balançando a Aurora que chorava. Rapidamente, Maiara surgiu na porta, empurrando a Marilia e pegando a sua filha no colo. Aurora se acalmou ao reconhecer e sentir o cheiro da mãe.

– Desculpe-me atrapalhar vocês... – Ruth disse olhando para as duas que não estavam nada apresentáveis. – Ela começou a chorar e esfregar os olhinhos, acho que está com sono, ficou assim depois que dei iogurte a ela, fiz mal? – Perguntou com ansiedade e também medo.

– Claro que não, Ruth. – Maiara sorriu. – Obrigada por isso, Aurora sempre dorme a tarde, deve estar querendo isso, já passou até da hora de ela dormir.

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