𝐐𝐔𝐀𝐋𝐐𝐔𝐄𝐑 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐀𝐓𝐎 - au pejão

27.

POV: JOÃO VITOR
São Paulo.

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Pedro dormiu em meu quarto, ficamos agarrados.

Acordei não sentindo a presença de Pedro, abri os olhos e o moreno não estava mais em meu quarto. Decidi ir tomar um banho para acordar, já que o Pedro apenas devia ter ido para seu quarto.

Tomei um banho gelado, a água caia pela minha nuca enquanto eu pensava em tudo que Pedro disse no dia anterior. Ele estava passando por uma situação difícil, e eu reconheci isso. Eu precisava ajudar ele.

Sai do banho e enrolei a toalha em minha cintura indo até meu armário e colocando uma calça baixa e uma blusa minimalista preta, acompanhada de um boné verde escuro. Fiquei mexendo um pouco em meu celular até dar a hora. Percebi que Malu também não havia voltado, era estranho apenas eu ali, sozinho, mas tanto faz, eu não precisava estar todo segundo ao lado de alguém.

Alguns minutos depois.

Peguei minha mochila que era cheia de bottons sobre coisas que gosto, como Olívia Rodrigo, Sabrina carpenter, Cazuza e outros. O que deixava ela mais bonita do que apenas uma mochila preta qualquer.

Tranquei a porta do quarto deixando a chave no vaso de planta que havia do lado da porta, aonde eu sempre deixava para Malu.

A cada passo que eu dava era mais estranho, Pedro não havia aparecido ainda. Eu pensava nisso quando senti uma mão em meu ombro, era Renan com Malu.

— Cadê o Pedro, Jô? Eu não dormi no meu quarto hoje, fiquei com uma pessoa. – Malu me questionou.

— Eu também não sei, talvez ele tenha passado mal, depois da aula a gente passa no quarto dele. – Respondi.

—  Pode ser então. — Malu assentiu com a cabeça.

Andamos um pouco mais rápido e cada um foi para sala, já que havíamos chegado um pouco atrasados.

— E aquele viadinho em João Vitor? – Era Thiago, pra minha sorte aquele merda era da minha sala.

— Não te interessa, Thiago.

— Ah mas interessa sim.. – O mais velho pegou a gola da minha blusa. — Hoje na saída eu pego aquele merda, tá ligado?!

— Tenta a sorte. – Empurrei o mesmo, fazendo me soltar.

— É o que vamos ver hoje.

A professora de Português entrou na sala dando boa tarde e começou a dar a aula, Thiago e eu trocamos olhares de ódio. Eu tava doido pra espancar aquele merda se ele encostasse em Pedro, mas o que não ia acontecer já que Pedro estava em seu quarto.

O tempo passou rapidamente e o Recreio chegou, a conversa com Malu e Renan foi super legal, nunca me diverti tanto como naquele dia, ficamos brincando um com o outro e depois rindo, rindo e rindo, havia brilho em meus olhos, mas o que faltava era o Pedro, de fato ele faz falta.

Entramos para a sala novamente e estudei, Thiago não estava me enchendo tanto o saco apenas por que achava que ia bater em Pedro, não ia acontecer tão cedo. Eu saí da faculdade indo direto pro dormitório do Pedro, junto de Malu já que a mesma era de seu dormitório.

Abrimos a porta empolgados para contar sobre o dia, sendo surpreendidos por um vazio e silêncio, apenas uma carta em sua cama. Malu se aproximou devagar e pegou a carta levemente, sem estraga-la.

Aconteceu o que mais temi, se estiverem vendo isso é porque eu fui levado pelo meu pai. Eu apenas queria dizer que amo vocês , amo demais. Irei sentir falta de cada um, espero que algum dia eu encontrei vocês, amarei todos de janeiro a janeiro, até o mundo acabar.

                                                   — Pedro Tófani.

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Palavras:601