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Os dias são tecnicamente todos iguais. Chega a ser cansativo. Uma vontade imensa de dormir até que algo diferente finalmente aconteça.

Casandra decidiu vir conhecer a cidade. Antes, ela inventava mentiras sobre mentiras para evitar a visita, até perceber que eu parei de insistir. Então, resolveu vir.

Estou na base agora, todos da facção estão acordados, e estamos em reunião quando recebo a mensagem de que ela está próxima. Mandei a localização do Bubble, porque não sou louca de revelar onde fica nossa base para uma policial.

— Mimi, desculpa atrapalhar, mas ela já está no Bubble. Vai continuar sendo lá, certo? — pergunto, e ela concorda com a cabeça. Pego meu carro e saio em direção ao Bubble, onde Casandra já estava quando cheguei.

Saio do carro e caminho até ela. O sorriso no rosto dela, mesmo falso, por um momento me faz esquecer disso.

— Oi, finalmente ficou livre depois de tanto trabalho! — digo, abraçando-a.

— Sim! Estou feliz em te ver, Marina. Vamos ficar aqui? — ela pergunta.

— Não, vou te apresentar ao pessoal. A não ser que você prefira conhecer a cidade primeiro, aí tudo bem também — sugiro.

— Quero conhecê-los primeiro, depois podemos ver a cidade — ela diz, e eu sorrio.

— Vamos no meu carro — a chamo, e ela aceita numa boa.

— Estão todos na base? — pergunto no rádio.

— Ainda não, pode ir. Chegamos em uns dez minutos — Mimi responde.

Não respondo, apenas dirijo até um lugar cheio de memórias. O lugar onde a Mimi mentiu que sairia da Nekutai e se juntaria aos Marabuntas. Onde eu menti dizendo que mandaram uma foto da Kitsune vestida de branco na base dos inimigos.

— Chegamos — falo com a voz fraca.

— Está tudo bem, Marina? — Casandra pergunta.

— Sim — respondo, sem muita convicção.

Saímos do carro e nos sentamos em cima de alguns outros carros, enquanto ninguém tinha chegado ainda. Deito minha cabeça no ombro dela. Estamos próximas, mas é apenas contato físico. Desde o encontro às cegas, não nos beijamos, e, se depender de mim, aquele será o primeiro e o último.

Quando menos espero, sete carros vermelhos chegam um atrás do outro. É uma cena impressionante. Mimi sai de um dos carros com Renata, e os outros membros da facção descem também, todos armados, com katanas nas costas e vestindo vermelho.

— É ela? — Leo pergunta, sempre intrometido.

— Calma — respondo rindo — Esse é o Leonardo, meu irmão. Um pouco ciumento, mas coisa simples.

Casandra ri.

— Essa é Miranda, a 01, a chefe de tudo. Eu, como você sabe, sou a 02, e Eloa é a 03. Os outros eu te apresento aos poucos — explico, vendo os olhos de Casandra brilharem com a quantidade de informações.

— Pessoal, essa é Casandra, a moça do meu encontro às cegas. Não estranhem muito, ela é policial, mas não daqui, então não tem nada a ver conosco — falo, percebendo o desconforto nos olhares.

— Pelo menos isso, né? Já não basta ser policial, agora uma que pretende prender todos nós? É demais, Nina — Lorenzo fala.

— Ela não faria isso, né? — olho para Casandra, que fixa o olhar em Mimi.

— Claro que não. Vocês são uns amores — ela responde, e eu rio.

— Hoje temos missões? — pergunto para Mimi.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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