Capítulo 5 - A tempestade se forma

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Capítulo 5 - A Tempestade se Forma

Os dias seguintes passaram em um turbilhão de emoções. Alice mal conseguia processar a decisão que tomara ao se deixar levar por Dante e seu mundo sombrio. A vida cotidiana começou a parecer estranha e distante, como se ela estivesse assistindo a um filme em vez de viver sua própria realidade. A excitação da nova relação misturava-se com uma ansiedade palpável, uma expectativa de que algo grande e aterrador estava prestes a acontecer.

Dante a buscou sempre que pôde, levando-a a lugares que ela nunca imaginou que existissem. Os jantares em restaurantes sofisticados se tornaram frequentes, assim como as conversas com pessoas de mundos diferentes — empresários, artistas, pessoas que flertavam com a linha entre a legalidade e a ilegalidade. Cada encontro a fazia sentir-se mais fascinada e mais perdida ao mesmo tempo.

Naquela noite, Alice estava sentada em um luxuoso bar escondido no coração da cidade. As luzes baixas criavam um ambiente intimista, e a música suave preenchia o ar, mas a tensão em seu corpo era quase insuportável. Ela observava Dante do outro lado da mesa, seu olhar intenso fixo nela, enquanto ele conversava com um grupo de homens que pareciam saídos de um filme de ação. A presença dele era magnética, e a maneira como ele dominava a conversa fazia com que todos prestassem atenção.

Quando ele finalmente se virou para ela, seu olhar era tão penetrante que fez o coração de Alice disparar. Ele se levantou, interrompendo a conversa e vindo até ela, uma expressão que misturava proteção e desejo em seu rosto.

— Está tudo bem? — ele perguntou, inclinando-se para perto.

— Sim, apenas... é tudo tão novo. — Alice hesitou, buscando as palavras certas. — Às vezes, sinto como se estivesse me afundando em um mundo que não conheço.

Dante a observou por um momento, o semblante sério. — E se você se afundar? A vida é cheia de riscos, Alice. O que importa é o que você faz com isso.

Ele se sentou ao lado dela, a proximidade fazendo com que sua respiração ficasse presa na garganta. Ele não era apenas um homem bonito e confiante; ele era alguém que a fazia sentir-se viva de maneiras que ela nunca experimentou antes. O perigo e a atração eram uma combinação explosiva.

— O que você quer dizer com isso? — perguntou, olhando em seus olhos escuros, sentindo um misto de curiosidade e receio.

— Quero dizer que você não precisa ter medo do que está por vir. Estamos juntos nisso. — Ele tocou a mão dela, o contato enviando uma onda de calor por todo o corpo dela.

Alice sabia que o que eles tinham era real, mas havia uma sombra pairando sobre eles. A vida de Dante estava cheia de segredos, e mesmo que ele fosse gentil e atencioso com ela, havia um lado escuro que ela ainda não havia visto.

— Eu confio em você — ela respondeu, tentando manter a firmeza em sua voz. Mas a incerteza ainda a consumia, e o olhar dele parecia penetrar em sua alma.

Dante sorriu, e havia algo suave em sua expressão, algo que fez com que ela se sentisse segura. — Então, vamos fazer isso juntos. Mas lembre-se: há consequências.

Alice assentiu, e um silêncio carregado se instalou entre eles. O momento foi interrompido por um grupo de pessoas que se aproximou, e Dante se levantou, apresentando-a como sua namorada. Alice sentiu o coração disparar com aquelas palavras. Namorada. Era um título que trazia tanto peso quanto alegria.

As horas seguintes foram preenchidas por conversas e risadas, mas, em sua mente, Alice ainda lutava contra a ideia de que tudo aquilo era temporário. Ela não sabia o que esperar do futuro.

Naquela noite, depois de deixarem o bar, Dante a conduziu pelas ruas iluminadas da cidade. A temperatura havia caído, e ele retirou seu casaco, colocando sobre os ombros dela. O gesto era gentil, e Alice sorriu, seu coração aquecido pelo toque dele.

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