Como Preparar Um Escândalo - TRADUÇÃO

Capítulo 15

Entrando em um dos níveis mais baixos do Ministério, Hermione olhou para o diretório que ainda continha um vestígio do escritório da Comissão de Registro de Nascidos Trouxas no último andar, riscado, mas as letras ainda permaneciam. Ela endireitou a coluna e entrou na sala de aula, seu caldeirão e livros guardados com segurança em sua bolsa de contas.

Hermione não conseguiu esconder sua surpresa mais cedo naquela manhã ao encontrar Draco na mesa da sala de jantar, comendo uma maçã e tomando seu chá enquanto ela andava pela sala, querendo chegar o mais cedo possível ao Ministério. Ele a acompanhou até o flu após uma campanha bem-sucedida para fazê-la comer mais do que uma simples fatia de pão.

- Boa sorte - ele disse, já caminhando em direção ao seu escritório enquanto ela entrava na lareira. - Embora eu duvide que você vá precisar.

Já havia vários alunos sentados que ela reconhecia da escola, de várias casas, embora houvesse menos da Sonserina do que de qualquer outra casa. A razão para isso foi deixada em grande parte sem ser dita. Pelo que ela conseguia se lembrar, ninguém mais na sala tinha um título além dela.

- Boa tarde, alunos! - uma voz retumbou atrás deles. Todos os alunos se viraram em direção ao som.

Horace Slughorn era um homem peculiar. Ele era mais velho do que ela esperava, praticamente calvo, exceto por uma pequena mecha de cabelo no alto da cabeça, e sua barriga entrou na sala antes de sua cabeça.

No entanto, ele conseguiu, o pocionista parecia ter escapado ileso da guerra. Como o Ministério não tinha muitos profissionais treinados em vários campos, ele deve ter fechado um acordo lucrativo para poder voltar a lecionar.

- E é assim que me encontro aqui, ensinando suas mentes novas e brilhantes - explicou o Professor Slughorn. Ele então desceu a lista de inscritos, chamando seus nomes.

- Hermione Malfoy, Duquesa de Wiltshire?

Era estranho ouvir aquele sobrenome ligado ao seu primeiro nome, mas ela levantou a mão com confiança. Outro aluno, um homem que levantou a mão ao ouvir o nome Marcus Flint, zombou irritado. Mas o Professor Slughorn apenas sorriu para ela.

- Ah, sim, maravilhoso! E posso perguntar qual era seu sobrenome antes de suas núpcias?

- Granger, senhor.

- Granger? Granger? - ele parecia rolar o nome em sua língua, quebrando a cabeça em torno dele. - Você pode ser parente de Hector Dagworth-Granger, que fundou a Sociedade Mais Extraordinária de Pocionistas?

- Não, senhor, não que eu saiba. Meus pais eram ambos trouxas.

- Ah, Hermione Granger, sim, claro! Sua reputação pelo seu trabalho com poções durante a guerra a precede. Você também é uma boa amiga de Harry Potter, o Duque de Essex, correto? - disse o Professor Slughorn, completamente inconsciente de seu crescente constrangimento. Nenhum dos outros alunos recebeu tanta atenção quando ele chamou seus nomes.

- Sim, senhor. Ele é um querido amigo meu.

- Esplêndido, esplêndido! Meus cumprimentos, que honra tê-la em minha classe, sua graça - ele continuou com a presença de Adrian Pucey, que estava sentado ao lado de Flint, cuja boca estava aberta em choque.

Eles revisaram os conceitos básicos do currículo e o cronograma do curso fornecido pelo Ministério, junto com uma breve revisão do que eles já deveriam saber de seus estudos anteriores. Hermione escreveu tudo o que pôde na velocidade da luz.

Ela não percebeu o quanto sentia falta disso; aprender, fazer anotações, fazer perguntas e receber respostas inteligentes. Como ingredientes podiam ser medidos e poções podiam ser preparadas até o último minuto de perfeição. Uma vida envolvida na sociedade não era nada parecida. Outros, como Gina e Pansy, sabiam como trabalhar a sociedade e as multidões de maneiras que Hermione nunca poderia esperar entender. Sempre haveria alguém preparando um escândalo, encantando um sujeito ingênuo ou amaldiçoando uma linhagem inteira de pessoas para atingir quaisquer meios para qualquer fim. Mas dentro de uma sala de aula, a vida era sempre muito mais precisa e previsível. Hermione conseguia manipular e trabalhar com um conjunto de diretrizes muito melhor do que um grupo de bruxos. Agora que ela era casada, não havia necessidade de se preocupar com o resto.