𝐒𝐔𝐒𝐒𝐔𝐑𝐑𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐒𝐀𝐍𝐆𝐔𝐄

𝐋𝐀𝐂̧𝐎𝐒

Ghost se afundou na cama, a frustração pulsando em seu peito como um tambor ensurdecedor. Ele não conseguia entender como havia chegado a esse ponto. O momento que deveria ser leve e divertido agora havia se transformado em um pesadelo. O olhar de Aurora, cheio de decepção, queimava em sua memória. Ele queria voltar no tempo, apagar aquele instante em que deixara seus impulsos falarem mais alto que a razão.

Enquanto isso, Aurora caminhava pelo corredor, cada passo ecoando como uma batida de coração acelerado. A raiva a consumia, e suas emoções estavam tão bagunçadas quanto suas roupas.

—"Como ele pôde?"—a loira sussurrou indignada. O que havia começado como um flerte inocente agora parecia um golpe traiçoeiro de Ghost. A sensação de desprezo se acumulava dentro dela, como uma tempestade prestes a explodir. A loira apertou o punho.

Ela se lembrava de como havia se sentido ao sorrir para Ghost, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido. Mas agora, cada lembrança era como uma facada.

—"Ele não se importa"— ela disse com repulso enquanto apertava os punhos, tentando controlar a raiva. Ela não queria ser apenas uma distração para ele, um momento passageiro em sua vida.

No quarto, Ghost olhava para o teto, perdido em seus pensamentos. Ele se sentia como um barco à deriva, sem vela, sem destino. Havia algo de especial em Aurora, algo que o atraía como um ímã. Mas agora, ele havia estragado tudo, e a culpa pesava como uma âncora. O que ele realmente queria era fazer as coisas darem certo, mas sua necessidade de controle o havia levado a essa situação horrível.

   Aurora caminhou e parou na porta de Konig, suspirou fundo e pensou por um momento. Não poderia guardar tudo isso para si. Respirando fundo, ela se virou para a porta e deu três toques.

A loira abaixou a cabeça arrependida pela a falta de resposta e se virou para seguir o corredor mas foi interrompida pela a porta abrindo.

—"Aurora"—a voz grave do maior ecoou no corredor e Aurora sentiu seu coração palpitar por algum motivo.

Konig percebendo a intensidade na expressão de Aurora e tocou no seu pulso.

— "O que aconteceu?" — o homem de olhos maristicos perguntou com um sorriso nervoso.

Aurora se deixou cair em seus braços a raiva borbulhando dentro dela, Konig enrolou os braços por cima dos ombros da menor e acariciou a nuca dela.

—"eu não entendo porque algumas pessoas agem como se fosse tudo um erro"— desabafou, a voz tremendo.

Konig franziu a testa, percebendo a dor na voz da mulher.

—"Ghost?"— perguntou, com uma pitada de preocupação.

Aurora assentiu, a raiva se transformando em lágrimas que ameaçavam escapar.

Os olhos do maior se encheram de intensidade, de orgulho, de raiva e ódio percebendo que Aurora não conseguia enxergar ele, apenas Ghost. —"talvez exista alguém que te daria o mundo além do homem confuso que ele é"— ele sussurrou com aquela voz baixa, mas firme.