3/5
— votem e comentem :)— O que você achou da minha comida? — perguntei, depois de um tempo, tentando afastar a conversa que havíamos tido sobre os planos com nossos ex-namorados.
Embora isso ainda rondasse meus pensamentos, tinha que admitir: Josh era um cara legal... quando não estava me irritando, claro. Pensar nisto era estranho, mas o jantar estava indo tão bem que eu não queria que acabasse.
Dez minutos já tinham passado desde a última vez que ele tentou me provocar, e para nós dois, que vivíamos de faíscas, isso era quase um recorde de paz.
— Hm... é para ser sincero? — ele perguntou, criando suspense com um brilho travesso no olhar.
Tenho a certeza absoluta que o Josh era uma criança extremamente travessa.
Revirei os olhos, percebendo que nosso pequeno momento de trégua tinha chegado ao fim.
— Está muito bom. Arrisco dizer que é o melhor estrogonofe que já comi... mas não conte isso à minha mãe!
— Está melhor do que a sua comida, não é? Pode admitir! — provoquei, cruzando os braços. Nem eu acreditava nisso, mas provocar o loiro tinha se tornado um dos meus passatempos preferidos.
— Olha, você é incrível em muitas coisas, mas, na culinária, eu venço você sem muito esforço... Cobrinha iniciante! — ele riu, me olhando com um ar de vitória.
Eu ri junto, balançando a cabeça, surpresa. Desde quando as provocações dele pareciam engraçadas, ao invés de irritantes? Só podia ser algum tipo de feitiço.
Talvez a água que eu bebi na convenção estivesse fora do prazo e agora minha mente estivesse lenta demais para processar.
— Bobo — murmurei. Mas minha frase ficou pela metade quando o barulho da chuva, caindo forte, bateu nas janelas. Virei-me para olhar o vidro, surpresa— Não acredito que começou a chover logo agora!
Josh olhou para a janela com o cenho franzido e, ao ver a intensidade da chuva, fez uma careta.
— Acho que você não vai conseguir sair daqui com essa chuva.
— Não exagera, não está chovendo tanto assim! — rebati. E, como se fosse um aviso do destino, no instante seguinte o som da chuva ficou ainda mais forte, e trovões soaram ao longe— Só podem estar brincando comigo!
Ele riu e deu de ombros, apontando para a janela.
— Olha, você pode ficar aqui em casa. Tenho vários quartos de hóspedes, e fico mais tranquilo sabendo que você está segura aqui do que saindo nessa tempestade.
Olhei para a janela, um pouco dividida. Tinha prometido à Freya que chegaria a tempo para vermos Moana juntas, mas também sabia que ele tinha razão. A tempestade estava intensa e poderia ser perigoso dirigir naquela condição.
— Eu prometi à... minha irmã que voltaria cedo — menti, evitando seu olhar por um momento— Ela está passando por uma fase difícil e precisa de mim. Deixa só eu ligar para ela, para ter certeza de que está tudo bem!
Ele assentiu, e eu fui até a cozinha, buscando um pouco de privacidade. Coloquei o celular no ouvido, esperando que Sabina atendesse logo.
— Eu espero que você nem esteja pensando em sair dessa casa! — Sabina disse antes mesmo de eu cumprimentá-la.
— Não quero desiludir a Freya...
— Relaxa! Ela ficou animada ao saber que eu ia assistir Moana e Rapunzel com ela. E, ao contrário do que você pensa, ela entendeu perfeitamente o motivo de você não voltar hoje, então fica onde está, ok?
Suspirei, sentindo a tensão nos ombros diminuir. Sabina realmente sabia o que dizer para me acalmar.
— Ok... Diz a ela que estou morrendo de saudades e que a amo muito.
— Vou dizer. Agora vá se divertir com o seu loirinho! — Sabina brincou.
— Sabina! — exclamei, surpresa— Vou devolver você para a mamãe!
— Também te amo. Mas tenho que desligar antes que eu queime as pipocas e o chocolate. Beijos, irmãzinha! — e, sem esperar minha resposta, ela desligou.
Como sempre super educada.
Suspirei, guardando o celular e voltando para a sala. Josh ainda estava lá, me esperando com um sorriso tranquilo, como se a ideia de eu passar a noite ali o agradasse mais do que ele deixava transparecer.
— Tem certeza de que eu posso ficar? Não quero atrapalhar nada — disse, meio sem jeito, sentindo o coração dar um salto quando o sorriso dele se abriu.
— Claro que pode! Só não te convido para dormir comigo no meu quarto porque sei que você me bateria — brincou, com aquele olhar sincero que, de alguma forma, me fazia sentir acolhida e inquieta ao mesmo tempo.
Evitei seus olhos. Não queria ver o que estava ali, porque sabia exatamente o que aquele olhar significava.
Definitivamente, eu não queria lidar com a intensidade dos sentimentos que enxergava neles e, embora não gostasse de admitir, isso poderia estragar a amizade que estávamos construindo.
— Provavelmente chutaria você. E acho que meu salto machucaria algo muito importante para você!— retruquei, sorrindo ao ver a expressão de dor fingida dele.
— Esse seu salto vai ficar longe das minhas joias de família, pelo bem do futuro da minha equipe de futebol! — respondeu, com uma piscadela.
— Equipe de futebol? Quantos filhos você pretende ter? — perguntei, surpresa, imaginando a pobre mulher que aceitaria essa ideia.
— Por que, está interessada? — ele perguntou, sugestivo, mas parou ao me ver erguer o pé, como se estivesse pronta para um chute. Com isso, ele desistiu do tom provocativo e riu— Quero dois, no mínimo, mas vai depender do que minha mulher quiser. Afinal, é ela quem os terá... E você? Quantos quer?
— Nunca pensei em um número exato, mas sempre quis um número par, para nenhum deles se sentir excluído — murmurei, pensativa.
— Ok, então teremos no mínimo quatro filhos! — ele brincou, segurando o riso.
— Acho que você não terá nenhum! — resmunguei, rindo.
A chuva continuava forte lá fora quando ele, gentilmente, me levou até um dos quartos de hóspedes. Ele abriu o armário, pegou uma camisa larga, confortável, e um pacote de cuecas ainda lacrado.
— Aqui, pode usar. Fique à vontade — disse, enquanto me entregava a roupa. Seu sorriso gentil foi a última coisa que vi antes de ele se retirar para me dar privacidade.
Agradeci e entrei no quarto, trocando de roupa. A camisa, grande demais para mim, carregava um aroma suave que era dele, algo tranquilizante e familiar que, ao mesmo tempo, me deixava estranhamente inquieta.
Se tem uma coisa que aquele homem é, é cheiroso.
Deitei-me, mas, por mais que tentasse, o sono não vinha. A tempestade continuava lá fora, mas minha mente rodava, pensando na noite, no jantar e no Josh. Algo dentro de mim estava claro: não queria ficar sozinha naquele quarto.
Tomando coragem, levantei-me e fui até o quarto dele, batendo levemente na porta. Ele abriu, com uma expressão de surpresa e um sorriso que iluminou seu rosto.
— Josh, posso... dormir aqui com você? — perguntei, tentando não parecer tão sem jeito— A chuva e... enfim, eu não consigo dormir sozinha.
Ele sorriu, abrindo espaço e assentindo suavemente.
— Claro, pode entrar.
VOLTEIIII :) ainda tem alguns capítulos para serem repostados, outros para serem escritos (assim como este) e outros para sumirem completamente KKKKK mas o que importa é que voltei.
eu a cada capítulo que escrevo: MEU DEUS EU QUERO UM JOSH NA MINHA VIDA!!!!!
não se esqueçam de ouvir "Waste Your Love"
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fighting for Ferrari
FanfictionDesde criança, o sonho de Any Gabrielly era tornar-se a pilota mais famosa da Fórmula 1. Com muito esforço e dedicação, a brasileira alcançou seu objetivo, tornando-se a pessoa - e mulher - mais seguida nas redes sociais e a melhor pilota de todos o...