Capítulo 3- Lábios, calor e elevador.

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"Quando você chega perto, parece que tudo ao meu redor desaparece e eu só consigo olhar para você " -Samara Oli

Cecília narrando-

-Exatamente, e eu estou precisando desse dinheiro para logo- Põe as mãos na mesa e serra os punhos.

-Preciso de um tempo para conseguir esse dinheiro- Digo nervosa.

Não sei de onde tirar tanto dinheiro assim.

-Darei a você um prazo de duas semanas.

-Duas semanas? -Levo minhas mãos à cabeça. -Onde eu vou arranjar esse dinheiro? -Pergunto desesperada.

-Não sei- Entorta os lábios. -Só sei que preciso desse dinheiro logo.

-Vou fazer o possível e o impossível para conseguir esse dinheiro- Fecho os olhos e suspiro.

-Ok, venha daqui a duas semanas e resolvemos tudo.

-Está bem, juro para você que irei dá um jeito de conseguir esse dinheiro.

Nós apertamos a mão um do outro.

-Ótimo, agora pode se retirar- Ele diz ríspido e cruza os braços.

-Quem você acha que é para falar comigo desse jeito? -Pergunto nervosa.

Odeio quando tentam mandar em mim.

-Vá embora embora da minha sala garota, tenho várias coisas para resolver ainda hoje- Diz impaciente puxando uma pasta cheia de papéis.

-Você é patético- Bufo e em seguida saio da sala nervosa.

Vou em direção do elevador e aperto o botão. Cruzo os braços e fico esperando ele chegar. Começo a ouvir passos atrás mim.

-Você quer carona? -Vinicius pergunta ao parar ao meu lado.

Olho para ele.

-Não, eu vou andando.

Ele revira os olhos.

-Se você for andando, vai chegar tarde no trabalho -Diz se aproximando. -Deixa que eu te levo- Sussurra em meu ouvido enquanto alisa meu braço com a mão.

Me afasto bruscamente de perto dele.

-Só irei aceitar por causa da minha chefe, estou com medo que ela me dê uma baita bronca se eu voltar tarde- Dou de ombros. -Mas olha só, não ouse tocar em mim novamente- Digo entre os dentes.

Ele ri.

-Pode deixar, dona estressadinha- Estende as mãos em forma de redenção.

Entrei no elevador assim que a porta se abriu. Vinícius entrou logo atrás, e ficou em minha frente enquanto a porta atrás dele se fechava. Cruzei os braços e virei o rosto. Mesmo sem olhar para ele, dava para perceber seus olhos em cima de mim. Decidi encara-lo também, e assim ficamos, até o elevador balançar.
Com o impacto, fui parar na parede do elevador e corpo de Vinícius foi lançado para cima do meu. Nossos rostos estavam tão próximos, que já dava para sentir seu hálito fresco em meu pescoço. Nossas respirações já estavam misturadas uma com outra.

Corei ao perceber o sorriso malicioso do Vinícius. Eu tinha que me afastar, eu sei, mas eu não conseguia. Vinícius colocou a sua mão direita na parede do elevador e a outra em minha nuca. Seus lábios estavam quase entrando em contato com os meus. Só que enfim, eu cai na real e me afastei ele.

-O que houve com o elevador? -Pergunto nervosa apertando todos os botões.

Ele se vira para mim.

-Eu não faço ideia- Faz pouco caso. -Provavelmente foi uma queda de energia- Entorta os lábios.

-Ai meu Deus- Começo a andar de um lado para o outro. -Vou perder meu emprego- Digo nervosa.

-Calma Cecília- Ele ri. -Já, já o pessoal concerta- Senta no chão.

-E enquanto isso eu vou ter que ficar aqui com você? -Aperto os olhos.

Ele estende os braços e dá de ombros.

-Não vai ser tão ruim assim Ceci- Pisca para mim com um sorriso malicioso nos lábios.

Reviro os olhos e sento no chão. Nós ficamos em silêncio por um bom tempo, apenas um olhando para a cara do outro. Mas o Vinícius teve a péssima idéia de tirar a camisa, não pude evitar de olhar para o abdômen definido dele assim que o mesmo tirou a peça de roupa. Eu estava odiando aquele homem.

-Daqui à pouco a baba cai- Ele ri.

-Não achei graça- Cruzo os braços e viro meu rosto pra a parede.

-Eu achei- Ele solta um riso breve.

-Você é tão ridículo- Reviro os olhos.

-E você é tão linda- Ele dá um sorriso de lado.

Que droga, deixa de ser tão atirado. Olho para ele novamente.

-Que calor- Começa a se abanar com sua camisa.

Ele tinha razão, o calor estava infernal. Começo a me abanar com as mãos.

-Não vai tirar a blusa? -Pergunta com um sorriso malicioso nos lábios.

-Prefiro morrer de calor do que te dar a ousadia de me ver sem blusa- Pisco para ele e continuo a me abanar com as mãos.

Ele ergue as sobrancelhas.

-E quem disse que eu quero te ver sem blusa? -Cruza os braços.

-Fala sério, você não para de me olhar desde a hora que a gente se conheceu- Digo sarcástica.

-Você está maluca- Vinícius aperta os olhos.

-E você está sendo um mentiroso- Dou de ombros.

-Você tem razão...-Entorta os lábios. -Eu não consigo tirar os olhos de você desde a hora que a gente se conheceu- Se aproxima. -Estou louco para fazer uma coisa- Chega mais perto.

-O que? -Aperto os olhos.

-Te beijar- Coloca a mão em minha nuca. -Eu sei que você também quer Ceci- Ele diz passando os seus lábios levemente molhados em meu pescoço.

Arrepiei. Para Cecília, você tem namorado.

-Se enganou feio- Levanto. -Você está completamente equivocado- Digo arrumando meu cabelo. -Nunca mais repita isso- Me encosto na porta do elevador.

Vinícius levanta rindo.

-Tem certeza que você não quer me beijar? -Encosta seu corpo no meu.

Abro minha boca para responder, mas a porta atrás de nós se abre. E nós dois caímos no chão. Eu por baixo e Vinicius por cima.

-Posso saber o que esta acontecendo aqui dona Cecília? - Ouço uma voz conhecida perguntar.

Levanto a cabeça completamente envergonhada e encaro meu namorado, que não estava com uma cara nada boa. Olho para o Vinícius e ele me encarava confuso. Empurro o homem  para o lado e levanto, pronta para levar uma bronca do meu namorado.

O Contrato Que Mudou Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora