𝗠𝗔𝗥𝗖𝗔𝗦 𝗗𝗘 𝗨𝗠 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 ║𝗒𝗂𝗓𝗁𝖺𝗇

║ 𝗖𝗔𝗣𝗜𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘 𝗘 𝗤𝗨𝗔𝗧𝗥𝗢 💖

── Muito obrigado.

Xiao Zhan não verbalizou nada, mas segurou o rosto dele pelo queixo e puxou-o para um beijo suave e demorado. Zhan estava decidido a não chorar mais. Ele já havia se emocionado bastante naquela semana; agora, seu desejo era rir e sorrir ao lado do noivo. Queria aproveitar ao máximo os momentos que tinham juntos. Quando Yibo lembrou que havia comprado comida, eles desceram para a cozinha com passos tranquilos, enquanto o Major observava as costas de Xiao. O quadril dele parecia mais largo, e Yibo refletiu internamente como nunca tinha notado isso antes. Entretanto, ele apenas balançou a cabeça levemente; estava tão feliz que não queria se prender a pensamentos desnecessários.

── Ah, amor, acabei não mencionando antes. ── Zhan começou, enquanto dispunha os pratos na mesa e se virava para observar o mais velho retirando as comidas das embalagens. O Major respondeu com um "hm", e Zhan sorriu levemente ao ver aquelas costas largas. Não conseguindo conter-se, acercou-se dele e o abraçou por trás, apoiando a testa em suas costas, inalando fundo o perfume e o calor de seu parceiro. ── Precisamos de uma nova ordem judicial. Eu quero realizar uma análise completa do terreno. Tenho algumas... questões sem solução. Liu me informou que também vai contratar um Perito Criminal para me auxiliar e vamos trabalhar juntos para resolver tudo isso rapidamente.

Wang Yibo, segurando a vasilha quente, deu alguns passos de lado para evitar que Zhan se queimasse na panela. Ele a colocou na mesa assim que Zhan o soltou e, em seguida, se voltou para ele com as mãos na cintura e as sobrancelhas arqueadas. Sabia que levaria cerca de dois dias até conseguirem o tão aguardado mandato.

── Hm. ── comentou com um leve resmungo, encarando-o nos olhos. ── E como foi lá? Algo incomum aconteceu?

Zhan contraiu os lábios enquanto olhava para o armário e, inconscientemente, pousou as mãos sobre a barriga por cima da roupa. Diante dele, Yibo sorriu delicadamente diante daquela ação.

── Lúcio, o dono da fazenda, me olhou de um jeito esquisito, entende? Como se... não consigo explicar bem, amor, mas pode ser que ele esteja realmente misturado em algum desses dois assassinatos. ── comentou, virando-se para lavar as mãos, sem perceber a mudança drástica no semblante de Yibo. ── A propósito, conseguimos entrar no chiqueiro e algo me deixou curioso. Se Lúcio afirmou que só ele alimenta os porcos, como é que não sentiu o cheiro dos corpos no mato logo atrás? O odor de um corpo humano em decomposição é muito forte. Mas como ele não notou nada? Por que ele não percebeu? Tem algo incoerente na declaração que ele deu à polícia.

Wang Yibo já tinha lavado as mãos quando foi pegar os alimentos e os retirar das embalagens. Ele trouxe Zhan para a cadeira e o empurrou em direção à mesa assim que o menor se sentou. Suas sobrancelhas quase se encontravam na testa, e seu coração deu um leve salto ao pensar no que Zhan comentara. Yibo inspirou fundo, soltando lentamente o ar pelo nariz.

── E... como os outros homens agem? Eles te tratam com respeito?

Zhan sorriu enquanto colocava um sushi na boca e soltava um pequeno gemido de satisfação.