Khaotung não conseguiu dormir nada naquela madrugada de sábado para domingo. Rolava de um lado para outro na cama, pensando no que havia acontecido entre ele e First, e na proposta do mais velho.
Ele havia transado com First Kanaphan! E o mais surpreendente de tudo, First queria dormir com ele de novo. Mas era só isso... Sexo.
Khaotung gostava de First há tantos anos... Será que conseguiria fazer isso? Apenas sexo? Seus hormônios diziam: SIM! Seu cérebro dizia: NÃO! E seu coração dizia: NÃO FALA COMIGO, ESTOU QUEBRADO!
Ele queria o conselho de seu melhor amigo, mas não sabia como contar nem mesmo metade daquilo para Book. Além disso, essa era uma decisão que ele precisava tomar sozinho.
Eram exatamente seis horas da manhã quando Khaotung chegou à conclusão de que nada de bom viria dessa história de "Apenas Sexo". Por isso, mesmo que uma parte de seu peito doesse, ele enviou uma mensagem a First:
"First, sinto muito, não posso concordar com isso. Também não posso continuar te dando aulas particulares. Vamos apenas fingir que nada aconteceu e voltar ao que éramos antes, no colégio. Abraços, Khaotung."
Khaotung enviou a mensagem, sentindo um peso no coração e na consciência. First realmente precisava das aulas particulares na matéria, mas ele não podia se dar ao luxo de ser o professor. Não quando lembrava da sensação do corpo de First pressionando o seu.
Ele suspirou profundamente e tentou se convencer de que havia tomado a melhor decisão.
💛🖤
First rolava de um lado para o outro na cama. Toda sua família estava espantada com o fato de ele estar em casa em pleno sábado à noite, mas ele não conseguia pensar em ir para lugar algum. Tudo o que queria era saber a resposta de Khaotung. Droga, ele queria Khaotung.
Quanto tempo será que demoraria para o mais novo perceber que ambos sairiam ganhando com o acordo? Transariam, ficariam satisfeitos, e não haveria drama nenhum! Para First, era o cenário ideal.
E era ainda mais conveniente que Khaotung tivesse lembrado de tudo. Agora, ele não precisava mais pensar em planos mirabolantes para levar o outro para a cama.
Quando o celular apitou às seis da manhã de domingo, First estranhou. Quem enviava mensagens tão cedo? Mas ao ver que era de Khaotung, seu coração deu um salto de expectativa.
No entanto, sua alegria durou pouco. A mensagem não dizia "Venha me encontrar agora", mas, em vez disso, era uma rejeição.
First definitivamente não estava preparado para isso! Ele não queria isso! Por que Khaotung o estava rejeitando? E por que estava cancelando até mesmo aquelas aulas de filosofia? E o que era aquela história de "voltar a ser como antes no colégio"? First sequer sabia que Khaotung era seu colega até o mês passado! Era isso que Khaotung queria? Que eles agissem como estranhos?
Uma onda de raiva começou a crescer dentro de First enquanto um pensamento o invadia: será que ele tinha aceitado o Neo...?
Sem prestar atenção à hora, First se levantou da cama, trocou de roupa, deixou um bilhete para a mãe dizendo que tinha saído, e seguiu na direção da casa do mais novo.
💛🖤
Khaotung podia esperar qualquer coisa para aquela manhã, menos ver First esmurrando a porta do seu apartamento como se o mundo estivesse acabando, com uma expressão de puro ódio.
– Onde ele está? – rosna o mais velho, assim que Khaotung abre a porta e o deixa entrar.
– Onde quem está? – pergunta Khaotung, genuinamente confuso.
– Neo – responde First em voz baixa, enquanto inspeciona o apartamento como se procurasse o britânico até debaixo dos móveis.
Khaotung olhava para First, sem entender nada. Por que First estava dizendo que Neo estaria em seu apartamento? Isso não fazia sentido algum!
– Hã... First? Por que o Neo estaria aqui? São seis e meia da manhã – diz Khaotung, tentando entender o mais velho.
First encara Khaotung, relaxando um pouco ao perceber que o "musculo sem graça" realmente não estava ali. Mas então...
– Por que você me enviou aquela mensagem? – solta First de repente, deixando Khaotung ainda mais desconfortável.
Evitando encarar First, Khaotung se vira de costas, fingindo arrumar a cesta de frutas em cima da mesa.
– Eu... Eu acho melhor assim – gagueja Khaotung em voz baixa. – Afinal... Seria estranho, não é? Você mesmo disse que não gosta de ho...
Khaotung nem terminou a frase, pois foi puxado bruscamente pelo braço, ficando cara a cara com First, que selou os lábios nos dele em um beijo intenso.
Ambos gemem com o contato, e apesar de estar decidido a não fazer isso cinco minutos atrás, Khaotung fecha os olhos e envolve os braços ao redor do pescoço de First. O mais velho, por sua vez, o segura firme, com uma mão no braço direito de Khaotung e a outra na sua nuca, puxando-o ainda mais para perto.
First não podia deixar Khaotung continuar falando, pois simplesmente não queria ouvir aquelas palavras. Ele não queria que Khaotung o rejeitasse – só de pensar nisso, sentia um nó no peito. Ele queria que Khaotung o beijasse, e agora estava recebendo exatamente isso, retribuído com a mesma intensidade.
Sem quebrar o beijo, First ergue Khaotung, colocando-o em cima da mesa. O mais novo enlaça as pernas ao redor de sua cintura, pressionando First contra si, fazendo seus corpos se tocarem sob as roupas. Os dois gemem com o contato.
First começa a beijar, chupar e morder o pescoço de Khaotung, com o desejo de deixar marcas ali. Suas marcas.
– Khaotung... nós podemos?
não acabei nem o trabalho da faculdade e aqui estou eu kkkkkkk...
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forgotten
FanfictionEle o esta ignorando? Ignorando? Não, ele não podia... afinal quem ignoraria First Kanaphan depois de uma noite de amor? Só que... Era exatamente isso que Khaotung Thanawat estava fazendo... First nunca era ignorado. Nunca. O que Thanawat pensa que...