Capítulo 1: Uma Noite Estrelada na Floresta Encantada

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Era uma noite como nenhuma outra. As estrelas pareciam ter descido um pouco mais perto da terra, brilhando intensamente no céu da floresta encantada. A lua cheia iluminava tudo com seu brilho suave e prateado, como se estivesse esperando algo mágico acontecer. E não era para menos: aquela era a noite do tão esperado Baile das Fadas, uma festa mágica que acontecia apenas uma vez ao ano, quando todas as fadas do reino se reuniam para dançar e celebrar.

No coração da floresta, onde as árvores eram altas e antigas, um grande círculo estava formado. Ali, o chão estava coberto por pétalas coloridas e folhas de todas as formas, como se cada planta da floresta tivesse dado um pouco de si para decorar o local. O vento soprava leve, carregando o perfume das flores e o som suave de risadas e conversas.

As fadas chegavam aos poucos, voando com suas asas brilhantes que cintilavam à luz da lua. Cada uma delas parecia um pequeno raio de luz, espalhando cores pelo ar enquanto dançavam e rodopiavam no céu noturno. Suas roupas eram feitas de pétalas, folhas e teias de aranha prateadas, todas feitas com o carinho especial das mãos das fadas. Algumas tinham cabelos coloridos, outras usavam coroas de flores e algumas ainda carregavam pequenas lanternas feitas com pedras que brilhavam como cristais.

No meio de todas aquelas fadas maravilhosas, havia uma em especial. Seu nome era Luna. Ela era uma fada corajosa, conhecida por sua bondade e por sua dedicação em proteger os humanos de perigos mágicos. Luna tinha cabelos cor de prata e usava uma coroa de pequenas estrelas, que parecia ter sido feita com as luzes mais brilhantes do céu. Suas asas eram grandes e cintilavam com um brilho prateado, como se fossem feitas de pedaços da própria lua.

Enquanto as outras fadas dançavam e riam, Luna observava a noite ao seu redor. Ela sentia que aquela noite era especial, mas não sabia exatamente por quê. Em seu coração, algo dizia que ela deveria estar pronta para o que quer que fosse acontecer. Apesar de todas as fadas estarem ali para se divertir, Luna sempre estava alerta para qualquer sinal de perigo.

O baile começou. As fadas dançavam em círculos, criando desenhos no ar com suas asas. Uma música suave, tocada por pequenos grilos e sapos músicos, enchia o ar, acompanhando o som das asas das fadas. O clima era de alegria, e até os animais da floresta pareciam estar celebrando. As corujas observavam tudo de cima das árvores, e os coelhos e raposas espiavam curiosos entre as folhagens.

Luna estava prestes a se juntar às outras fadas na dança quando uma luz brilhante surgiu no centro do círculo. Era uma luz diferente, forte e intensa, que fez todas as fadas pararem e olharem. Um silêncio tomou conta da floresta, e todas as fadas ficaram quietas, esperando para ver o que aconteceria.

De dentro daquela luz, uma voz misteriosa começou a ecoar pela floresta. Era uma voz forte e ao mesmo tempo suave, como se fosse o próprio espírito da floresta falando com elas:

Fadas, fadas, ouçam-me bem! — disse a voz, que parecia vir de todos os lados ao mesmo tempo. — Um grande perigo se aproxima do reino dos homens. Uma maldição terrível está sendo lançada pela Bruxa Sombria, que deseja aprisionar o príncipe Arthur em um sono eterno.

As fadas se entreolharam, assustadas. A voz continuou:

Este não é um perigo comum. Apenas o poder das fadas pode ajudar a salvar o príncipe e evitar que o mal tome conta do reino. Vocês precisam agir.

Luna, que até então ouvia tudo em silêncio, deu um passo à frente. Sentia seu coração bater mais rápido, mas sua voz saiu firme.

— Eu irei ajudar o príncipe Arthur! — disse ela, com determinação. — Nenhum malfeitor triunfará enquanto o poder das fadas estiver aqui para proteger.

As outras fadas se entreolharam, mas ninguém duvidava da coragem de Luna. Ela sempre fora conhecida por sua bravura e por sua bondade, e sabiam que, se alguém poderia enfrentar a Bruxa Sombria, esse alguém era Luna.

— Nós confiamos em você, Luna! — disseram as fadas em uníssono. Elas ergueram suas mãos e lançaram um brilho especial no ar, como uma bênção para proteger Luna em sua jornada. Cada fada ali presente acreditava de coração que Luna seria capaz de salvar o príncipe e impedir que a Bruxa Sombria lançasse sua maldição.

Luna sentiu-se mais forte com o apoio das amigas. Ela olhou ao redor, vendo os rostos das fadas que amava e protegia. Sabia que, apesar de ser uma missão perigosa, não estava sozinha. Carregava em seu coração a força de todas as fadas e, principalmente, o desejo de proteger o mundo dos humanos, para que ele continuasse seguro e próspero.

Assim, sem perder tempo, Luna se despediu das amigas e partiu. Com suas asas prateadas, voava rápido pela floresta, passando pelas árvores que pareciam abrir caminho para ela. Ao seu redor, as criaturas mágicas a observavam em silêncio, reconhecendo a importância de sua missão. Alguns animais mais corajosos, como uma pequena coruja e uma raposa curiosa, acompanharam Luna por alguns metros, como se quisessem desejar boa sorte.

Enquanto voava, Luna pensava no príncipe Arthur. Nunca o tinha visto, mas sabia que ele era um jovem de bom coração, alguém que também lutava pela paz e pela justiça em seu reino. A ideia de que ele estava em perigo fazia o coração de Luna bater mais rápido, e ela apertou o passo, determinada a chegar ao castelo antes que fosse tarde demais.

O caminho até o castelo não era curto, e Luna sabia que teria que ser rápida para vencer a escuridão que a Bruxa Sombria estava tentando espalhar. Com a coragem acesa em seu coração e a luz das fadas como guia, Luna seguiu adiante, voando pela noite estrelada e acreditando que, por mais sombria que fosse a bruxa, o poder da bondade e da justiça sempre seria mais forte.

E assim, Luna avançava, pronta para enfrentar qualquer desafio e determinada a proteger o príncipe Arthur, mesmo que isso significasse enfrentar o maior dos perigos.

Fim do capítulo 1

4o

O Baile das fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora