Capítulo 4: O Aviso da Floresta

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Após a celebração do retorno triunfante de Luna e Tula, a atmosfera na Floresta Encantada estava repleta de alegria. As fadas dançavam sob o sol radiante, suas asas brilhando como pequenos diamantes ao toque da luz. O baile delas era um espetáculo que atraía a atenção de todos os seres mágicos, e aquele dia não seria diferente. No entanto, enquanto a festa acontecia, uma inquietação começava a se formar nas profundezas da floresta.

Luna, agora mais confiante em suas habilidades, percebeu que as sombras que haviam enfrentado não eram apenas uma simples ameaça, mas um prenúncio de algo maior. Ao seu redor, as árvores pareciam sussurrar. Elas se moviam suavemente com a brisa, mas havia um tom de urgência em seus murmúrios.

— Você sente isso, Tula? — perguntou Luna, olhando para a amiga que estava ao seu lado, envolta em um vestido feito de pétalas coloridas.

— Sim, a floresta está diferente hoje. Como se estivesse tentando nos contar algo — respondeu Tula, seu olhar atento e preocupante.

As fadas decidiram fazer uma pausa nas danças e se afastaram do centro da festa para escutar os sussurros da floresta. As árvores, sábias e antigas, tinham muito a ensinar. Elas se reuniram em um círculo, colocando as mãos no tronco de uma árvore majestosa que parecia ser a mais velha da floresta.

— Oh, Grande Árvore da Sabedoria, o que nos quer dizer? — perguntou Luna, em um tom respeitoso.

A árvore tremeu levemente, e a voz suave e grave ecoou. — Filhas da luz, uma sombra se aproxima. O equilíbrio da floresta está em risco novamente. Morgana pode ter sido derrotada, mas a escuridão nunca desaparece por completo.

— O que devemos fazer? — indagou Tula, sentindo um arrepio percorrer sua espinha.

— Vocês precisam se preparar. A escuridão pode vir de lugares inesperados. Haverá um novo desafio, e somente aquelas com coragem e amor no coração conseguirão enfrentá-lo. A missão de vocês ainda não terminou — advertiu a árvore.

Luna e Tula trocaram olhares determinados. Elas sabiam que a responsabilidade que tinham assumido era grande, mas não podiam recuar agora.

— O que devemos procurar? — perguntou Luna, ansiosa por informações.

— Há um novo artefato, um antigo livro que contém o conhecimento da magia ancestral. Ele está escondido em uma parte remota da floresta. Somente aqueles que seguem o caminho da verdade podem encontrá-lo. Mas cuidado, pois a escuridão também deseja o livro — alertou a árvore, suas folhas tremulando.

— Onde podemos encontrar este livro? — Tula questionou, cheia de curiosidade.

— Sigam o brilho da lua cheia, que se ergue no céu noturno. Ele será seu guia, e somente com um coração puro vocês conseguirão descobrir seu esconderijo. Mas lembrem-se, o caminho pode ser traiçoeiro — avisou a árvore.

— Nós encontraremos o livro! — exclamou Luna, determinada.

A árvore então silenciou, e as fadas sentiram que a conexão com a sabedoria ancestral da floresta havia terminado. Elas se afastaram, cientes de que tinham uma nova missão. Com a certeza de que a Floresta Encantada precisava delas, decidiram se preparar para a jornada.

— Vamos contar para as outras fadas! — sugeriu Tula, animada. — Juntas, podemos criar um plano.

Luna concordou, e as duas voltaram ao centro da festa, onde as fadas ainda dançavam e celebravam a vitória. Quando chegaram, Luna pediu a atenção de todas.

— Queridas amigas, precisamos falar! — disse ela, e o murmúrio das fadas foi diminuindo até que um silêncio respeitoso tomou conta.

— O que aconteceu? — perguntou uma fada de cabelos dourados, conhecida como Lira, com uma expressão curiosa.

O Baile das fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora