Capítulo Quinze: O Velho Chalé na Floresta.

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Capítulo Quinze
O Velho Chalé na Floresta

Capítulo QuinzeO Velho Chalé na Floresta

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Entre Março e Abril de 1994, 3 ano.

Por que era tão difícil encontrar uma foto decente da tatuagem de Sirius Black? Ela duvidava que alguém como ele — um suposto rebelde indomável, ansioso para desagradar os pais — esconderia a tatuagem propositalmente, como se estivesse envergonhado em tê-la. Ele fora um filho medíocre e decepcionante, na opinião de Fineus, e um adolescente ainda pior. A imagem que Hope tinha dele não explicava a ausência de fotografias ousadas ou provas incriminatórias sobre sua personalidade espalhafatosa. Era como se ele tivesse passado por Hogwarts despercebido. Uma figura insignificante entre tantas outras notáveis — se não fosse a foto encontrada no Grêmio e na Galeria dos Valentes, ela teria pensado que ele vivera desinteressantemente.

— Discutível — disse Edmund, pensando em voz alta. — Se Black tem qualquer parentesco com Draco, o que sabemos que ele tem, então sua presença em Hogwarts não foi irrelevante.

— Você está admitindo que Draco é uma figura notável? — provocou Hope, ligeiramente surpresa.

— Dada a influência dele na escola, esta é uma conclusão óbvia — afirmou Edmund, embora algo em sua expressão (um estremecimento suave no queixo) entregasse seu desconforto com a conversa. Ele e Draco tinham suas diferenças, mas Edmund nunca ficara incomodado ao falar dele antes.

Em silêncio, Theo separou mais uma fotografia do álbum de formandos de 1977. Sirius Black ria, a beca de formatura torta na cabeça, o braço ao redor de um jovem Remus Lupin igualmente encantado. Ele parecia tão relaxado; Remus sempre tivera uma suavidade no olhar, uma vulnerabilidade inquestionável. Um espírito gentil. Mas ali, naquela foto, ele parecia mais descontraído do que ela se lembrava de tê-lo visto. Remus parecia feliz nos braços de Sirius Black. Essa percepção surpreendeu Hope. Não era como se ela esperasse ver Remus retraído ou desanimado nos tempos de escola. Ela sabia que, em Hogwarts, ele vivera como um adolescente normal, experimentando vivências normais do cotidiano bruxo. Ainda assim, que estranho era vê-lo tão sorridente, tão realizado. Na memória de Hope, ele sempre tivera um sorriso tímido, contido, um olhar, ao mesmo tempo, carinhoso e abatido. Não havia nada disso no jovem Remus. Ele possuía algumas cicatrizes a menos no rosto, usava um manto menos puído e sorria abertamente para Sirius Black, como se estivesse fascinado com a demarcação suave de sua mandíbula, a proporção harmônica da musculatura de seu rosto.

Nunca passou pela cabeça de Hope que Sirius e Remus tivessem sido tão próximos.

Ela pensou que o envolvimento passado de Remus havia sido com sua tia, não com um assassino (talvez não tão culpado assim) foragido, (talvez não) responsável pela morte de seus velhos amigos de escola.

— E a coisa só melhora — ironizou Edmund, sorrindo cinicamente.

Theo assentiu lentamente.

Quando Sirius Black invadira a Torre da Grifinória, na madrugada após a festa, e tentara atacar Rony, no dormitório masculino; ela percebeu, ouvindo-o contar pela centésima vez seu emocionante relato como sobrevivente, que Black devia estar atrás de alguma coisa. Ou de alguém. Não tinha como ele ter atacado Rony acidentalmente achando tratar-se de Harry. Hope sabia que Harry dormia com o dossel aberto. Ele sentia pavor de lugares apertados. E, se Black não o ferira, só podia significar uma coisa: que não estava atrás de Harry, mas de outra pessoa — alguém relacionado ao Verdadeiro Delator.

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⏰ Última atualização: Nov 04 ⏰

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