Capítulo 8: O Coração de DGA vida no morro era uma montanha-russa de emoções, e eu, DG, estava sempre na linha de frente. Como filho do antigo dono do morro, herdei não apenas as responsabilidades, mas também os desafios que vinham com o território. Meu pai sempre foi um homem respeitado, mas quando ele se aposentou e deixou tudo nas minhas mãos, a pressão aumentou. Enquanto muitos esperavam que eu me tornasse o líder implacável que todos conheciam, dentro de mim havia uma luta constante.
Eu me formei em Medicina, um sonho que carreguei desde a infância. O desejo de ajudar as pessoas e fazer a diferença na vida delas sempre foi mais forte que a atração pelo poder que o morro me proporcionava. No entanto, o amor pela medicina e a vida no crime coexistiam de forma complicada dentro de mim.
As noites que passava com os vapores, trocando tiros e defendendo nosso território, eram uma realidade que eu não podia ignorar. Mas, em meio a tudo isso, havia alguém que sempre me trazia um sorriso e a esperança de dias melhores: minha irmã Eduarda. Com apenas oito anos e uma doçura única, ela iluminava qualquer ambiente com seu sorriso contagiante. Eduarda tem Síndrome de Down, e desde que ela nasceu, eu a mimava de todas as formas possíveis. Para mim, ela era a razão pela qual eu lutava diariamente.
Eduarda sempre soube como me fazer esquecer os problemas. Quando chegava em casa após um dia difícil, ela corria para me abraçar, como se soubesse que eu precisava daquele carinho.
Eduarda: "Dg, você é meu super-herói!"
Aquelas palavras, ditas com tanta sinceridade, derretiam meu coração. Eu queria ser o super-herói dela, sempre. E enquanto eu lutava contra os fantasmas do crime, queria que ela soubesse que seu irmão estava fazendo o melhor que podia para garantir um futuro melhor.
Eu: "E você é a minha heroína, Edu! O que você quer fazer hoje?"
Ela costumava ter muitas ideias, desde brincar de esconde-esconde até desenhar. Aqueles momentos juntos eram preciosos, e eu prometi a mim mesmo que nunca deixaria nada ou ninguém atrapalhar nosso tempo juntos.
No fundo, havia outro peso em meu coração: minha paixão por NT. Desde a primeira vez que o vi, entendi que havia algo especial nele. Sua determinação, sua coragem e a forma como lidava com as dificuldades da vida me atraíam de uma maneira que eu nunca soube como explicar. Mas eu nunca tive coragem de confessar meus sentimentos. O medo de que isso pudesse mudar nossa dinâmica, ou pior, afastá-lo de mim, me paralisava.
Nossas interações eram carregadas de um sentimento que eu tentava esconder. Quando ele estava perto, o coração acelerava, e eu lutava contra o desejo de me aproximar mais. Eu admirava como NT se preocupava com sua família e, em certa medida, via nele um reflexo da minha própria luta.
Eu: "Ei, NT! Vamos jogar uma partida de futebol mais tarde?"
Era uma maneira de tentar me aproximar dele, mesmo que por um breve momento. A resposta de NT sempre me deixava animado, mesmo que eu soubesse que era apenas uma amizade. Para mim, cada risada e cada momento juntos eram preciosos.
Minha mãe não aprovava meu papel como dono do morro. Para ela, a medicina era um caminho nobre, e eu deveria focar nisso. Ela costumava dizer:
Mãe: "Você tem um talento, DG. Não deixe que o morro o prenda. Você pode fazer coisas grandes."
E eu sabia que ela estava certa. Mas havia um vazio em mim. Uma parte que sempre desejou o que o morro significava, apesar de tudo. Tinha que equilibrar meu amor pela medicina, o desejo de proteger minha irmã e o papel que eu desempenhava no morro.
Com o passar do tempo, a pressão aumentava. A cada confronto, a cada tiro trocado com a polícia, eu sabia que poderia perder não apenas a vida, mas também a chance de ser o médico que sempre sonhei em ser. E, claro, havia o medo de que NT pudesse se afastar, se descobrisse sobre meus sentimentos.
Enquanto olhava para Eduarda brincando, percebi que meu amor por ela era o que realmente me mantinha em pé. Eu precisava ser forte, por ela e por mim. E talvez, um dia, eu conseguisse ter coragem de abrir meu coração, não apenas para NT, mas para mim mesmo.
A vida no morro é cheia de desafios, mas é também repleta de momentos que nos fazem lembrar do que realmente importa. A esperança de um futuro melhor, o amor pela família e, quem sabe um dia, a coragem para amar abertamente. E, acima de tudo, a determinação de seguir em frente, mesmo quando tudo parece desmoronar ao nosso redor
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Coração Bandido
FanfictionSinopse O dono do morro ser apaixona pelo seu vapor Vai ter erro de português, e de ortografia. 🖤Romance dark 🔞Hot 🖤Violência 🖤morte 🚫histórias da minha autoria plágio e crime não Aceito adaptações das minhas historias