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Eveline

Plena segunda, tardezinha e o Emerson trouxe o Liam, as meninas ainda estão aqui. Meu filho não parava quieto e nós decidimos descer para a área da piscina e da quadra. Chegando lá coloco as bóias no braço do meu filho e passo protetor nele, deixando ele entrar na piscina menor.

Me sento na cadeira de sol as meninas e olho sem entender para a Diana que vira a cabeça com tudo como se tivesse levado um tapa no rosto.

— Que isso? — Nati fala no mesmo instante.

— É que o peito daquela mona ali bateu na minha cara — Aponta com a cabeça e nós olhamos para a loira perto da quadra mexendo no celular.

O corpo dela é todo moldado. É lindo.

— Besta — Falo sorrindo e a Di ri.

— O que tu respondeu pro Martim amiga? — Nati perguntou.

— Só falei que tranquilo, a mensagem foi visualizada e ele não disse mais nada, o que eu também iria falar né?

— Nada, se ele quiser ele que fale algo agora — Retruca ela.

— Mamã vou jogaaaa! — Liam grita já perto da quadra e eu me assusto me levantando e já vou correndo atrás dele.

Meu filho sempre me enfia nessas situações, já tinha um jogo acontecendo ali e ele entrou no meio da partida indo tomar a bola do pé do homem. O jogo para e eles dão risada tocando a bola para ele.

Olho para meu novo vizinho que está parado com um sorrisinho observando e ofegante.

— Filho, não pode fazer isso, vem cá — Vou até lá pegando ele pelo braço e o mesmo começa a fazer birra. — Liam, não faz isso — Digo brava e pego ele no colo, então ele começou a espernear dando gritos.

As meninas me seguiram e tentaram vim me ajudar, pedi desculpa e tirei ele da quadra mega sem graça. Liam continuou chorando e eu voltei para onde estávamos.

— Não adianta chorar, pode parar. Se você continuar nós vamos subir e você vai deitar, sem ver desenho e sem celular, entendeu? — Falo brava e ele vai parando. — Que coisa feia rapaz. Nossa, não pode olhar para o lado que ele apronta.

— Mais uma arte pra conta né Liam? — Nati fala negando com a cabeça. — Vem cá, deixa a titia te explicar. — Pega ele. — Não pode, machuca aqui sua testa, você vai ficar com um galo gigante, quer que uma menina bonita te veja assim?

— Gaio — Botou a mão na testa. — Aqui? Gaio faz cocoricó — Diz e a gente não aguenta dando risada.

— Galo, fica grande sua testa.

— Não queio. — Balança a cabeça desesperadamente.

— Então não pode, sempre tem que pedir a mamãe.

— Tá bã tia.

— Aaaaah é a primeira vez que ele me trata assim — Fala eufórica e o Liam fica olhando sem entender.

— Mamã piina.

— Não, agora você vai demorar a entrar para aprender a aprontar esse tipo de coisa, e se chorar é pior, ouviu? Não chora. — Ele fez bico e fungou encostando a cabeça no peito da Nati. Educação positiva.

Voltamos a conversar e depois de um tempo o pessoal que estava jogando vem caminhando em direção ao bebedor.

— Oi Evelin — O cara do elevador diz simpático enquanto abre a garrafa na maior naturalidade, errando meu nome. As meninas logo riram.

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