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POV ANAHÍ Rio de Janeiro, Brasil

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POV ANAHÍ
Rio de Janeiro, Brasil

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No café da manhã com o Gerson, a conversa fluiu leve. A gente riu, contou umas histórias e foi se conhecendo melhor. Ele era bem tranquilo, o que tornava fácil conversar.

Depois, ele se ofereceu pra me deixar no hotel e até sugeriu que eu passasse o dia com ele. Mas, por mais que ele fosse gente boa, achei que seria intimidade demais pra agora. Ainda não o conheço tanto assim.

Cheguei no hotel e a primeira coisa que fiz foi trocar de roupa e me jogar na cama. Fiquei ali, curtindo a preguiça por um tempo, só aproveitando o silêncio. Depois de um tempinho, criei coragem e me levantei.

Está na hora de fazer aquilo que eu estava adiando a todo custo, algo tão divertido quanto arrancar os meus próprios olhos. Saio do meu quarto e vou em direção ao do Ariel.

Não recebi nenhuma mensagem ou ligação dele, porque meu celular está sem bateria desde ontem. Nesse momento, eu queria era desaparecer mais do que tudo, voltar para a cama e dormir mais um pouco, mas sei que não posso ser irresponsável e fugir da minha responsabilidade.

Mesmo sendo domingo, já estou oficialmente quinze minutos atrasada para a reunião com a equipe de figurinos da turnê. Consigo até imaginar o Ariel andando de um lado para o outro, quase furando o chão de tanto nervosismo, e provavelmente a um passo de chamar a polícia.

Pensando bem, eu faria o mesmo. Faz sentido ele estar preocupado, já que não nos vemos desde as dez da noite de ontem e agora já são três da tarde.

Não era a minha intenção ficar tanto tempo sem falar com ele, eu ia até pedir o carregador do Gerson emprestado, mas acabei me distraindo com o tanquinho e os músculos dele... E, pela primeira vez, esqueci do Ariel e das minhas responsabilidades.

Desde que conheci o Gerson, estar perto dele faz meu coração disparar e minhas mãos tremerem. Foram duas situações completamente diferentes, mas o sentimento foi o mesmo, uma mistura de nervosismo e atração que eu não consigo controlar.

– Ariel Quirino! - gritei, dando mais umas batidas na porta até, finalmente, ouvi-la se abrir e dar de cara com ele.

– Annie! Graças a DIOS! - gritou, me puxando para um abraço apertado.

Precisei tampar um pouco o ouvido para minha audição não sofrer nenhum dano permanente. De novo. E, sentir o alívio dele ao me ver, me enche de uma sensação boa e deixa o meu coração quentinho. Ele percebeu que eu "sumi" e ficou preocupado comigo. 

Por um breve momento, parece que estou conversando com o meu amigo, e não o assessor que veio falar comigo no início da minha carreira.

– Onde você estava? É meio escroto da sua parte estar atrasada para uma reunião. E onde você enfiou seu celular? Liguei pra você a manhã inteira.

Mexican Girl - Gerson SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora