010

9 1 0
                                    

POV ANAHÍ Rio de Janeiro, Brasil

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

POV ANAHÍ
Rio de Janeiro, Brasil

⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

Assim que Ariel fechou o notebook, ele se virou para mim com uma expressão intrigante.

– Onde você estava? - perguntou, bem devagar e tranquilo.

– Eu... - pressiono os lábios, um pouco aflita. – Eu estava com o Gerson.

Os olhos de Ariel se acenderam, e ele abriu um sorriso animado.

– Com o Gerson? - ele praticamente pulou do sofá, empolgado. – E aí, como foi? Me conta tudo! É grande?

Revirei os olhos, tentando não rir da curiosidade exagerada dele.

– Eu não vou te responder isso, pelo amor de Deus, Ariel.

Ele colocou a mão no peito, fingindo indignação.

– Vai, fala! Eu preciso saber para aprovar se você pode continuar ficando com ele ou não - brincou, cheio de ironia. Suspirei, me rendendo.

– Tá bom... O tamanho é médio, mas é muito grosso. - Ariel caiu na gargalhada, satisfeito com a resposta. – Mas não vai rolar mais nada. Desde que saí da casa dele, ele não me mandou nenhuma mensagem.

Eu não consigo entender os homens. Em um dia, ele me trata como uma princesa, arruma a cadeira pra eu sentar e me serve como se eu fosse a realeza. E, no mesmo dia à noite? Ele simplesmente some, não manda mensagem e age como se nada tivesse acontecido.

Sinceramente? Gostar de homem é castigo.

Sinceramente? Gostar de homem é castigo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

POV GERSON
Rio de Janeiro, Brasil

Assim que a Anahí foi embora, chamei os caras pra colar aqui e jogar um videogame. Passamos a tarde inteira na resenha, zoando e jogando, até que um por um foi vazando... só ficou o Gabriel.

– Eaí, parça, o que rolou depois que eu fui embora? - perguntou Gabriel.

– Mano, nem sei direito. Fiquei bêbado e acabei indo embora com uma mina.

– Que mina? - perguntou, com uma expressão maliciosa no rosto.

– Certeza que você já ouviu alguma coisa, né?

– Os caras comentaram por alto... falaram que era uma loira, gostosa - disse ele, rindo.

Eu não queria contar, esses caras são uns boca de sacola. Fazem tempestade em copo d'água por qualquer coisa.

– Só me conta e eu vou embora. - insistiu, dando um gole na cerveja que tinha na mão.

– Tá.. - bufei. – Era a Anahí.

Ele franze a sobrancelha, tentando lembrar de onde já ouviu aquele nome. Já deve ter escutado por aí, igual todo mundo.

Dito e feito. Ele arregalou os olhos e abre a boca como se estivesse chocado.

– Você não está me falando que a.. - assinto com a cabeça e interrompo antes mesmo que ele continue a falar.

– Sim. A princesa do pop e filha do rival estava na minha casa e passou a noite comigo.

– Tá de sacanagem!.. - uma expressão diferente surge no rosto dele, como se ele estivesse imaginando o rosto dela, o corpo dela. Como se estivesse imaginando as próprias chances. – Aaah, agora eu entendi o porque você tá estranho.

– Eu não estou estranho.

Ele solta um sorrisinho, como se fosse super óbvio. Provavelmente tô mesmo. Eu tô confuso.

– Ela é gata, talentosa, e você queria um replay. Mas ela é de fora, então tá se fazendo de difícil pra mandar uma mensagem.

– Vai embora, Gabriel, vai. - bufei, me levantando do sofá e passando por ele em direção à cozinha.

– Cara, para de babaquice. Anahí é... - ele para pra pensar, e me dá vontade de socar a cara dele. – Enfim, manda uma mensagem pra ela.

– E por que eu faria isso? - perguntei, arqueando a sobrancelha.

– Porque... sei lá. Vai que você tem alguma chance com ela.

– Não quero nada sério com ela. Ou, acho que não.

No fundo, eu queria muito ter algo com ela. A gente se deu super bem, as conversas fluíram como se fôssemos amigos de longa data, e às vezes me pego sorrindo à toa só de lembrar dela.

Mas, na real, não vou abrir a boca pra os caras sobre isso. Não quero sair como emocionado. Eles iam tirar sarro, e a última coisa que eu preciso agora é me sentir vulnerável.

Prefiro guardar isso pra mim, até porque nem sei se vou ter outra chance de ver ela de novo. Melhor deixar a emoção no off por enquanto.

A cozinha estava silenciosa, e eu abri a geladeira pra pegar uma água. Olhei pra Gabriel, que me seguia com o olhar, e o vi dando um sorrisinho de canto. Ele sabia que eu tava maluco por ela. E isso me deixava mais irritado ainda.

– Você acha que eu devo mandar uma mensagem né? - perguntei, me sentindo um pouco patético por seguir conselhos do Gabriel.

– Óbvio. O pior que pode acontecer é ela ignorar, e, se isso acontecer, pelo menos você tentou.

– E se ela não me responder? - contra-argumentei, tentando não parecer tão inseguro.

– Aí você parte pra outra, parça. Tem muito peixe no mar. Mas, convenhamos, a mina é diferente. Você não pode deixar passar essa chance.

Ele tinha um ponto. Mas, mesmo assim, eu preferia a minha zona de conforto de não agir. O que eu realmente queria era ter coragem. Mandar uma mensagem. Falar com ela. Mas a ideia de parecer um cara emocionado me deixou em dúvida.

– Vamo jogar mais uma? - Gabriel perguntou, interrompendo meus pensamentos.

– Vamo, só uma. Depois eu preciso pensar em umas coisas. - respondi, voltando para a sala e pegando o controle novamente, tentando me distrair do que realmente estava passando pela minha cabeça.

Mexican Girl - Gerson SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora