Eu AMO você, mas eu [não] preciso de VOCÊ?

✨ Entre a Razão e a Atração ✨

CAPÍTULO – 4

Namjoon

Namjoon entrou no carro, mas sua mente ainda estava com Min-Ji. Ele sabia que, por mais que se mostrasse frio e distante, a ligação que eles tinham sempre seria especial. Min-Ji, com sua sensibilidade, tinha o poder de atravessar as barreiras que ele havia construído ao longo dos anos. Ela era a única pessoa com quem ele se permitia ser mais vulnerável, mesmo que de um jeito discreto.

Enquanto dirigia, ele refletia sobre o futuro. Sabia que Min-Ji estava preparada, mas a pressão de assumir o hotel, um legado familiar tão importante, não era algo fácil de suportar. Ele, de certa forma, se culpava por não ter sido mais presente, por não ter assumido uma responsabilidade maior na empresa da família. Mas esse não era o seu caminho. Seu papel sempre foi proteger a irmã das sombras, e ele continuaria fazendo isso, silenciosamente, sem que ela percebesse.

Min-Ji, por sua vez, sentia uma nova força dentro de si. O medo ainda existia, mas agora ele era ofuscado pela certeza de que não estava sozinha. Namjoon não precisava estar fisicamente presente o tempo todo, mas sua promessa de apoio, mesmo velada, era o suficiente para que ela seguisse em frente. Agora, ela finalmente aceitaria seu destino, e o hotel estaria em boas mãos — as dela.

A noite se instalava, e enquanto Namjoon se afastava na estrada, Min-Ji olhava para o céu estrelado, certa de que daria conta de tudo.

Cheguei em casa, sentindo um alívio que não esperava. O peso que antes me esmagava parecia ter se dissipado, transformando-se em algo tão leve quanto uma folha ao vento. Era engraçado como a conversa com Min-Ji havia tirado essa carga dos meus ombros. No fundo, eu sabia que ela conseguiria lidar com tudo, talvez até melhor do que qualquer um de nós. Só fiz aquela proposta para tirar a pressão incessante do nosso pai dos ombros dela, para que ele finalmente entendesse que Min-Ji era capaz por conta própria.

Sei que, com o tempo, ela nem vai precisar tanto de mim quanto pensava. E, quando esse momento chegar, será minha deixa para sair daquele lugar de vez. Não nasci para viver à sombra do hotel ou da nossa família. É só questão de tempo... e paciência, duas coisas que nunca foram meu forte.

Mas, por agora, estou em paz. O caminho dela está traçado, e o meu? Ainda está por descobrir.

Fui direto à cozinha, peguei um copo d'água e, em seguida, subi para o aconchego do meu quarto. Tomei um banho quente, deixando a água relaxar os músculos tensos de tantos dias de estresse e aborrecimento acumulados. Quando me joguei na cama, senti o peso do corpo, como se tudo o que eu havia carregado nos últimos dias finalmente me alcançasse. Peguei o celular, e uma notificação chamou minha atenção. Era uma mensagem de Suga, meu parceiro de faculdade e, de certa forma, de vida.

Nos conhecemos desde que éramos crianças, e sempre fomos ligados por uma afinidade silenciosa. Ele é do tipo ríspido, calado, direto e com uma cara de quem não quer saber de socializar, mas, por algum motivo, nos damos muito bem. Acho que porque, no fundo, somos parecidos. Nós dois nos formamos em administração e fizemos faculdade juntos, dividindo frustrações e pequenas vitórias.

A mensagem dele me convidava para sair. Estranhei. Não éramos exatamente conhecidos por sair para socializar, e se ele, que odeia essas coisas, estava me chamando, devia haver algo mais por trás. Apesar da surpresa, aceitei. Nos encontraríamos na minha cafeteria, um lugar familiar para nós dois, onde a conversa sempre fluía de um jeito mais... confortável.

O dia amanheceu num piscar de olhos, e quando me dei conta, a claridade lá fora já anunciava que eu estava bem atrasado. Pulei da cama, ainda grogue, e corri direto para o banheiro, onde tomei o banho mais rápido que pude. Me vesti às pressas, descendo as escadas quase tropeçando em mim mesmo. Passei um café bem forte e devorei algumas panquecas rapidamente, tentando organizar mentalmente tudo que precisava fazer.