Capítulo 8

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Acordei vagarosamente, passei minhas mãos pela cama à procura do Arthur, não o encontrei. Ouço alguém vindo até o quarto e me cubro, já que estou nua.
- Para que está se escondendo, já te conheço, e muito bem - Arthur diz e sorri malicioso.
Ele estava apenas de bermuda, com o cabelo molhado e com uma bandeja cheia de comida nas mãos.
- Você quer me engordar, só pode.
- Por quê?
- Você está sempre me empanturrando de comida.
- Mas esse café da manhã será especial - ele traz até a cama a bandeja e me dá um selinho.
- O quê terá de tão diferente?
- Eu e você - ele sorri e se aproxima - quer namorar comigo?
- Para quê isso? Você nunca se importou com classificação de relacionamento - digo e ele desfaz o sorriso.
- Tudo que é relacionado à você, eu me importo. Mas para mim tudo bem se você quiser ficar com outro, é só me dizer se aceita ou não namorar comigo.
- Eu não aceito - ele me encarou triste - eu quero só ficar com você, sem essa de namorar e casar, não acredito muito mais nisso.
- Mas eu acredito.
- Eu também não quero me entregar totalmente à você, sabe que eu tenho motivos para desconfiar. Se nós tivermos namorando será pior.
- Eu te provo que pode confiar em mim e então nós namoramos? - ele me questionou.
- Não - ele franziu o cenho - então nos casamos.

[...]

Hoje já era o meu primeiro dia de férias, levantei, quero fazer uma visita para minha mãe e almoço depois com o Arthur, ainda não estamos namorando.
Sai de casa, entrei no carro e fui na direção que já conhecia muito bem.
- Filha - minha mãe disse e veio correndo me abraçar.
- Mãe - a abraço.
- Minha garota - meu pai me abraçou.
- Como vocês estão?
- Estamos muito bem - ela sorri para ele.
- Que saudade de vocês - eu abracei os dois, ao mesmo tempo.
- Vamos sentar para podermos conversar.

[...]

Depois de sair da casa de meus pais, fui em direção à RDM's, afim de me encontrar com o Arthur.
Cumprimentei a Maggie, entrei no elevador e fui até o andar onde Arthur trabalhava. Porém me deparei com uma cena nada agradável, uma mulher peituda se jogando em cima dele, ele se afastou e pediu que ela fosse embora.
- Nossa, gato - ela se aproximou dele.
- Escuta, eu estou namorando. Então me deixa em paz.
- Quem é a vadia? - ela perguntou com desdenho e até então estava fora da vista deles, mas entrei em cena logo.
- A vadia aqui é você, mas a mulher da vida dele sou eu - eu disse agarrando-o na frente dela e ela saiu frustrada.
- Mulher da minha vida, é? - ele sorriu me abraçando pela cintura.
- Depois do quê eu vi, você me deixo mais segurança - sorri e o dei um selinho.
- Nós vamos casar?
- Ainda não - ri - mas podemos namorar.
- Por enquanto está bom - me beijou depois dizer.
Ouvimos uma tosse, me soltei rapidamente de Arthur, me recompondo e ao olhar, vejo Lucas parado sorrindo.
- Que saudade - abracei ele.
- Também estava com saudades - ele me soltou e sorriu para mim.
- Estamos indo almoçar, vem também - o convidei e Arthur pareceu não gostar.
- Acho melhor não atrapalhar vocês - encarei o Arthur para que ele também convidasse ele.
- Vamos sim, Lucas - digo.
- Vamos, será legal - Arthur o convida e o olho surpreso.
- Tudo bem, eu vou. Deixa só pegar minhas coisas na minha sala - ele em em direção à sua sala.
- Obrigada.
- Pelo o quê? - ele perguntou.
- Por chamar ele, confiar em mim, saber que eu e Lucas somos apenas amigos agora.
- Eu sei disso, nós estamos namorando e confio em você - ele sorriu e me agarrou pela cintura, me beijando.
- Vamos? - Lucas chegou e perguntou.
[...]
- Tenho uma novidade para te contar - Lucas disse para mim quando estávamos sentamos na mesa esperando o almoço.
- Conta, conta - disse.
- Eu estou namorando - ele disse com empolgação.
- Que ótimo, quero saber quem é.
- Podemos sair qualquer dia, ir numa balada - Arthur sugeriu.
- Lógico.
[...]
- Espera um pouco, Arthur - gritei quando ainda estava no banheiro me arrumando para sair com Lucas e a namorada.
- Anda logo - gritou impaciente.
- Chato - gritei.
Eu ainda estava de lingerie, fazendo a maquiagem, quando terminei, destranquei a porta do banheiro e sai.
- Nossa, que gata em minha namorada - ele disse me olhando.
- Safado - dei um selinho nele.
- Vou me arrumar - ele entrou no banheiro.
Meia hora depois, estávamos prontos, na frente do prédio de Lucas.
- Essa daqui é a Amber - ela sorri e os dois entram no carro no banco de trás.
- Oi, Amber. Eu sou Lua e esse é o Arthur.
[...]
Estávamos sentados em um mesa no canto, eu não estava com vontade de dançar, mas Arthur me puxou.
- Eu não quero dançar - ele continuou a me puxar pro meio da pista.
Arthur colocou as mãos em minha cintura, quase alcançando minha bunda, eu envolvi meus braços em seu pescoço, estava tocando uma música lenta e então a pista estava vazia, só havias casais. A maioria das pessoas preferem funk, pop ou eletrônica para dançar, por isso esperavam nas mesas para dançar mais tarde quando a balada ficasse realmente cheia.
O DJ começou a tocar umas eletrônicas, com isso, mais pessoas vieram para a pista, ele percebeu para estava agradando e colocou um funk.
- Rebola para mim - Arthur sussurrou em meu ouvido e eu arrepiei.
- Se você quer - olhei maliciosamente na direção de seu membro e me virei, ficando de costas.
- Não faz assim - disse ele rouco.
- Você que pediu - esfreguei minha bunda em sua coxa, ele suspirou e agarrou minha cintura se movimentando no ritmo da música.
- Lua, Lua - ele disse em tom ameaçador, e eu apenas ri.
- Que medo de você - eu disse, desci até o chão, ao subir, ia me esfregando nele, quando estava de pé, virei novamente de frente para ele e o beijei - aguente as consequências - disse entre o beijo.
Beijei o pescoço dele, mordi a orelha, ele me apertou contra seu corpo e senti a ereção dele, ri e depositei um selinho em seus lábios.
- Você está bem animadinho - sussurrei perto de seus lábios - pena que essa animação não será saciada agora - ele me encarou sério e começou a suar frio.
- É mentira, né? Como vou sair daqui? - ele perguntou desesperado.
- Não sei, lindo - beijei sua bochecha e sai.
- Você me paga - ele disse, antes de correr até o banheiro.
Fui até o bar, comecei a gargalhar, pedi uma bebida e me sentei na nossa mesa, à espera da volta de Arthur. Ele estava demorando muito, Lucas e Amber chegaram e se sentaram na mesa comigo.
- Vocês viram o Arthur? - perguntei.
- Ele foi em direção a saída, por quê? - Lucas me respondeu.
- Perdi ele, disse que vinha tomar uma bebida e ele disse que ia ao banheiro. Já bebi bastante - eu estava, digamos, alegre - e ele ainda não chegou.
- Quer que vou procurá-lo? - Lucas se propôs.
- Você faria isso por mim? - questionei.
Ele saiu atrás do Arthur, eu e Amber ficamos conversando, bebi mais um pouco, sabia que Arthur iria me decepcionar, está a prestes a chorar na frente de Amber, ela estava me acalmando.
- Eu estava no carro - Arthur chegou me abraçando por trás.
- Sério? - eu perguntei.
- Vamos embora, você está bêbada - ele disse e eu comecei a rir, descontroladamente.
- Pode deixar, nós dois vamos de táxi - Lucas disse.
- Tudo bem - Arthur se levantou, segurando minha mão e me puxando até o carro.
[...]
- Glenn, eu posso ir mais tarde? Quero ficar com a Lua mais um pouco.
- Arthur? - chamei e involuntariamente coloquei minhas mãos na cabeça, sentindo uma dor insuportável.
- Toma esse remédio aí - ele apontou para o remédio na cabeceira da cama e voltou a falar com Glenn no telefone.
Tomei meu remédio, me deitei novamente, depois de desligar, ele veio até mim.
- Hoje vou viajar.
- Sério, amor? - eu disse ainda de olhos fechados, a dor era muita.
- Você me chamou de quê? - ele beijou minha testa e deitou-se ao meu lado.
- Você é o meu amor - sorri e abri um pouco os olhos.
- Eu vou viajar e volto no próximo final de semana, vou para Minas Gerais, numa filial. Não fica com saudades, eu te amo, muito - ele me beijou.

CompromissadaOnde histórias criam vida. Descubra agora