Capítulo 2

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  Eram 07:30, levantei me depressa, mas lembrei que era feriado, suspirei e me joguei de novo na cama. Minha mãe entrou em meu quarto e me chamou para tomar café, descemos juntas.

- Filha, o Lucas ligou e disse que quando você acordasse era para ligar para ele, que ele precisa muito de vir conversar com você.

- Tudo bem - eu disse mordendo um pedaço do meu pão com manteiga.

- O quê aconteceu? - ela perguntou me passando a xícara com café.

- Ele me tratou como se eu fosse sua propriedade - eu suspirei e ela me olhou com o cenho franzido - ele sentiu um ciúme idiota por causa do Arthur, aí me beijou na frente dele para mostrar “de quem eu era” - falei fazendo aspas.

- Se ele sentiu ciúmes é porque gosta de você e não quer te perder.

- Mas eu deixei claro que estamos em relacionamento aberto e ele também tem que confiar em mim - minha mãe assentiu e continuou comendo.

                                             [...]

  Lucas disse que viria, e 10 minutos depois ouço a campainha tocar, fui até a porta e abri.

- Oi - Lucas disse sorrindo amarelo para mim.

- Entra - eu disse abrindo passagem, quando ele entrou fechei a porta.

- Bom dia, Senhora Andrea - Lucas cumprimentou minha mãe que estava sentada no sofá vendo um programa jornalístico.

- Já disse para me chamar de Andrea, Lucas - minha mãe sorriu para ele.

- Vamos subir, está bem, mãe? - eu perguntei e ela assentiu voltando a atenção para televisão.

  Ao chegarmos no quarto me deitei na cama, Lucas - sempre muito folgado - tirou os tênis ficando só de meias e se deitou ao meu lado.

- Eu perdi a cabeça, Arthur ficou te olhando de uma forma insinuante e tarada, não gostei nada daquilo. Devia ter me controlado, mas com uma mulher dessas do lado não a quem consiga se controlar - ele sorriu de olhos fechados.

- Eu entendo, me desculpa a cena é que eu tenho, e sempre tive, medo de ciúmes. Pois quando eu sentia descontava em todos a minha volta - eu ri rolando para perto de Lucas que me abraçou.

  Ficamos calados por um tempo, ele fechou os olhos e eu fiquei ouvindo a respiração dele.

- É bom ficar assim com você - ele disse dessa vez com os olhos abertos me fitando e eu sorri.

  Ele acariciou minha bochecha e se aproximou me beijando lentamente, me puxou mais pra ele aprofundando o beijo e o tornando desejoso. Quando o ar faltou, ele se afastou um pouco, mas continuou próximo. E após alguns segundos me beijou novamente, desta vez, ficando por cima de mim.

- Vamos fazer o quê hoje? - eu perguntei com ele ainda em cima de mim me fitando.

- Podemos ir para a praia, ou shopping - ele sugeriu deitando ao meu lado novamente.

- Praia e shopping ficam lotados no feriado - eu disse - topa ir para um parque? Nós podemos fazer um piquenique.

- Boa idéia, vou em casa me trocar e já volto - ele estava se levantando e eu o segurei.

- Não, você pode ir assim - ele me olhou pensando.

- Pode ser - ele deu de ombros se sentando na cama.

- Mas eu vou me trocar, espera só um minuto, ok? - eu me levantei.

- Se quiser pode se trocar na minha frente.

CompromissadaOnde histórias criam vida. Descubra agora