Capítulo 5

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  Chegamos cansados na cidade, levamos o Lucas até seu apartamento e fomos para casa. Eu subi para meu quarto, tomei um banho e adormeci bem rapidamente. Acordei troquei a roupa e fui até a cozinha, meus pais estavam lá. Estava tendo um clima quando cheguei e me culpei por atrapalhar.

- Bom dia - eles se afastaram rapidamente.

- Bom dia, Lua - eles disseram juntos.

  Tomei um suco e já ia saindo para o trabalho.

- Lua, chegou uma carta para você.

- Cadê? Sabe do quê se trata?

- Não, veio sem remetente.

- Se não é importante, depois que eu chegar eu leio. Até mais tarde.

 


                                                   [...]


  Cheguei na minha sala e me sentei começando a me organizar. Depois de um tempo eu começo a digitar os arquivos alguém bate na porta.

- Lua? - era o Arthur?!

- Pode entrar.

- Tudo bem? - ele entrou meio tímido.

- Tudo, por quê?

- Por nada - ele suspirou e Lucas entrou na sala.

- O quê esse cara faz aqui, Lua?

- Relaxa, você não tem autoconfiança, não? - ele se mostrando o mesmo Arthur de sempre, provocativo.

- Estávamos conversando, Lu.

- Ok - ele veio até mim e me beijou o topo da cabeça - bom dia e bom trabalho - ele sorriu.

  Arthur saiu bravo da sala e logo depois Lucas saiu. E voltei ao trabalho.


                                                  [...]


  Era hora de sair, Lucas perguntou se queria carona e aceitei, lógico.

- Quer passar em algum lugar antes? - ele perguntou.

- Vamos dar uma volta - eu disse entrando no carro.

- Onde podemos ir? - ele também entrou.

- Posso dirigir? - ele me olhou espantado.

- Você sabe dirigir? - eu soltei uma risada.

- Lógico.

- Ok, então é todo seu.

  Ele me entregou as chaves, saiu do carro, foi pro banco do carona e eu "pulei" para o banco do motorista.

- Coloca o cinto - eu disse.

  Fui dirigindo até uma casa antiga, já abandonada. Foi nela que eu passei minha infância e minha adolescência até ir para os Estados Unidos.

- Para que viemos aqui? - ele perguntou.

  Eu não respondi, desliguei o carro e sai, já pisando no jardim mal cuidado da antiga casa. Suspirei encarando a porta da entrada, sinto saudade dessa casa.

- Lua? O quê estamos fazendo aqui? - eu continuei sem responder mas ele segurou meu braço quando comecei a caminhar.

- É minha antiga casa, vim matar a saudade. Nada melhor fazer isso com você - depositei um selinho em seus lábios - vamos entrar.

CompromissadaOnde histórias criam vida. Descubra agora