Eae meu povo! quase acabando essa fic~
Porém ainda não consegui escrever o final do último cap, desculpa. Não vou conseguir manter o ritmo
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— Tchê. O que tu tanto me olha piá?
— N-nada.
Paraná se desculpou com o colega de sala. Desde que fora para o outro universo e o de lá o agarrara não conseguia mais pensar em outra coisa. Foi um toque tão.... Íntimo, carinhoso e repleto de desejo. Era natural que quisesse mais daquilo. Suspirou pesadamente. Aquele ali era casado, não tinha nenhuma possibilidade mesmo. Fora que ele próprio não era gay. Pelo menos achava que não.
Flagrou o gaúcho o encarando de volta discretamente. Jogou o queixo para frente gesticulando a pergunta do que que era que ele o olhava. O loiro lançou um olhar rápido para a mesa vazia da esposa e parecia titubear com alguma questão delicada.
— Paraná. — O chamou baixinho. — Porque tu pegou na minha bunda no outro dia? — Perguntou quase inaudível e parecia duvidar que estivesse fazendo mesmo aquilo.
O menor corou surpreso.
— E-eu peguei?
O maior suspirou e desistiu do assunto, quase acreditava que foi imaginação da sua cabeça.
— N-nada não piá. Esquece.
Passada um pouco a surpresa o paranaense levanta e se aproxima rápido do outro.
— Não esqueço. — Afirmou num rompante de coragem. — Me conta o que aconteceu por favor dai e eu te falo uma coisa também. — Pressionou sua presença. Ele era fácil de coagir.
Sul se encolheu um pouco no lugar reagindo à energia do menor.
— N-no outro dia tu me viu quando voltava da copa e simplesmente pulou em mim e me agarrou a bunda e tentou me beijar! Na frente da Cat ainda por cima. — Desviou o olhar constrangido. — Não foi à toa que tu quase apanhou dela. Esqueceu que ela é ciumenta?
Paraná tapava o rosto com as mãos e corava fortemente o espiando por entre os dedos. Estava embaraçado, mas conseguia entender melhor a confusão que causara no outro universo. Aqueles dois eram realmente próximos. Aquele Sul também tentara o beijar e tinha o abraçado tão forte e íntimo.
O maior ainda o encarava em dúvida, precisava esclarecer as coisas com ele agora.
— Aquele não era eu. — Murmurou baixinho. Não era algo fácil de acreditar. — Eu troquei de lugar com um Paraná de um universo paralelo. Ou algo assim. — Viu a cara confusa do maior. — N-não precisa acreditar, eu entendo, mas é esse o motivo que e-eu te agarrei daquele jeito no outro dia. — Desviava o olhar para o lado. — Desculpa. — Lhe lançou um último olhar e viu que ele corava. Ah merda! Ele estava fofo. Nunca imaginou que o veria daquela forma. — Pode só esquecer tudo. Prometo que não vai mais acontecer.
Paraná sentia o rosto ferver. Tomou a decisão de se retirar para tomar uma água e acalmar as ideias. O seu Sul era casado! Não podia pensar nele dessa forma. Mas era inevitável continuar ponderando sobre aquilo. Se o de lá namorava consigo, então com quem que a Catarina estava? Será que a daqui se apaixonaria por essa outra pessoa e deixaria o Sul livre para si?
Paraná! Chamou a própria atenção. Que coisa horrível de pensar! Eles são muito bem casados! Deixe-os quietos!......... mas..... e se?
Trombou com alguém interrompendo os pensamentos.
— Ah desc- — Viu que era São Paulo e entortou a cara em reflexo. — Ah é você.
O sudestino também entortou a cara, mas respirou fundo e endireitou o rosto para um sorriso cortês. Prometeram tentar ter aquela amizade. Faria sua parte.
— Tudo bem meo. Tava distraído?
O menor estranhou a simpatia até que lembrou que tentariam ser amigos. E ele tinha ido pra lá! Poderia o ajudar a pensar!
— Sim. — Não sabia como puxar o assunto. — Ehrm, Paulo? — Chamou tímido. — Tu sabe com quem que a Catarina namorava lá?
— Lá? — Estranhou, mas mesmo assim se colocou a pensar. — Acho que era com a Paraíba? Mas não tenho certeza. — Voltou a olhar o menor. — Eu só ouvi uns comentários bestas sobre isso. Não tinha a mínima profundidade. Porquê?
— N-nada não. — Desviou o olhar. — É que eu fiquei pensando, como l-lá eu namoro o Sul, então quem que a Catarina tinha, já que aqui eles são casados neh.
Paraná se sentia péssimo em apenas cogitar a ideia de separar seus amigos para tentar algo com o gaúcho. São Paulo viu aquela expressão e sorriu de canto.
— Cê ficou curioso é? — Despertou o menor fazendo-o corar se denunciando. — De como é transar com ele?
— N-NÃO! N-não. — O menor quase surtava. Tanto pelo segredo de seus pensamentos quanto pelo fato de quase ter entregue de bandeja eles para o paulista.
— Eu ajudo. — Olhou maroto para a cara de surpresa do sulista. — Se cê quiser mesmo.
O menor tinha a boca aberta em descrença e as bochechas coradas.
— S-sério? — PR murmurou baixinho. — Se tu tiver brincando com a minha cara eu te mato!
Voltou a ter presença de espírito se lembrando que falava com ninguém menos que São Paulo! Seu arqui-inimigo, o idiota vegetariano chato pra caralho que tudo tem que ser certinho, o senhor perfeição que tem a vida completamente arrumada e nenhuma obsessão por nada nessa vida a não ser a de ser saudável!
O sudestino estendeu a mão com o mindinho em riste e um sorriso largo e maroto nos lábios.
— Prometo que é sério. — Seus olhos brilharam misteriosos. — Cê não me conhece de verdade Paraná. — Moveu a mão o incentivando a aceitar o gesto de sigilo. — Vamos ser amigos.
Ainda um pouco receoso, o menor estende a mão e entrelaça o mindinho no dele. Não que tivesse muita escolha em relação a esse assunto. Mesmo assim sentiu a sinceridade do outro em lhe ajudar no seu plano nada inocente ou puro.
Ouviram passos se aproximando e trocaram olhares concordando que seria melhor manter aquele princípio de amizade em segredo. Foi a comunicação mais rápida e sincera que já tiveram na vida. Se entendiam muito bem apesar do histórico.
— Eu já falei pra olhar por onde anda caralho! — São Paulo exclamou alto com fingida raiva.
— Tu que não sabe andar nos cantos dos corredores isso sim! Tem que ficar lerdeando bem no meio toda vez!
Paraná revidou na mesma energia. Sorria internamente ao perceber que precisava segurar o riso divertido, era bom ter um amigo de moralidade dúbia que nem a sua.
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Coisas estão acontecendo na minha vida pessoal, eu finalmente decidi sair da inércia e entrei em alguns apps de relacionamentos.... Que pesadelo é esse que ninguém me avisou?! Socorro
Mas enfim, é o que é e a esperança é a ultima que morre :')
A esperança, pq a paciência já ta estrebuchando no chão ali ó. Credo
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O outro lugar
FanfictionSão Paulo estava numa semana cheia. Exausto, levantou sua caneca de café para encontrá-la vazia. Grunhiu. - Que foi boneca? Cansado? - Claro que Rio iria se manifestar. Era respirar mais forte do lado dele que ele reagia. O paulista lhe dirigiu um...