Sozinho

126 8 38
                                    

Eis o cap de hoje~

____________________






Rio de Janeiro acordou assustado. Olhou em volta aturdido. Estava sozinho no quarto. Como sempre. Tivera um sonho muito maluco! Esfregou o rosto com as mãos terminando de se despertar.

Sonhou que seu melhor amigo havia surtado. Lembrava dele tomando café e fumando! Logo ele! O poço de vida saudável! O crossfiteiro da empresa.

Tapou o rosto com as mãos corando. E depois que eles t-transaram. Estava envergonhado consigo mesmo.

Como pôde figurar seu melhor amigo daquela maneira? Se antes tinha dúvidas de que natureza eram aqueles sentimentos pelo paulista agora a coisa estava bem esclarecida.

Olhou timidamente para baixo. Estava duro. Ah merda! Antes ainda conseguia se convencer que não era nada de mais. Mas agora nem conseguia mentir para si mesmo.

— Te aquieta aí Excalibur! — Sussurrou para o próprio pau. — Ele não gosta da gente assim!

Continuou lembrando do sonho. O corpo perfeito do paulista, seus músculos, sua cinturinha e em como suas mãos encaixavam bem ali. Era tudo tão real! As sensações... tudo.

Mas sabia que não era! São Paulo jamais faria uma tatuagem de seu monumento icônico na coxa e muito menos furaria um piercing no pau!!!! De onde seu subconsciente tirou essas ideias?!

Suspirou pesadamente jogando a coberta para o lado. Talvez um banho gelado resolvesse seu pequeno problema. O carioca se surpreendeu um pouco por estar completamente nu, mas nada muito absurdo, às vezes dava na telha de dormir peladão mesmo, mas geralmente era quando estava muito quente, o que não era o caso. Deu de ombros descendo da cama.

Pegou uma cueca limpa na gaveta porque não achou a que usava na noite anterior. Acomodou melhor sua ereção que começava a baixar e rumou para a cozinha. Primeiro tomaria um copo d'água para acalmar sua mente e depois tomaria um banho porque não lembrava de ter feito isso ontem.

De repente ouviu ruídos vindo do outro cômodo, como se alguém estivesse cozinhando. Seu coração deu um pulo esperançoso, mas é claro que não poderia ser o paulista de seu sonho. Óbvio.

Avançou se preparando para enfrentar quem quer que fosse que estivesse em sua casa sem ser convidado. Viu a porta da geladeira aberta e alguém ali. Preparou os punhos para dar um soco. A porta fechou e quase que Rio desfere realmente o golpe parando por um triz, ficando estático no lugar com os olhos arregalados.

São Paulo estava segurando alguns potes nas mãos e o olhava atento com um cigarro não acesso na boca. Não parecia realmente assustado, mas se viesse a agressão estava pronto para desviar.

Imediatamente o carioca corou. O menor vestia sua camisa de time favorita. Somente aquilo pelo visto. Já que suas pernas estavam nuas até a barra da peça. Dava para ver um pouquinho da tatuagem tão significativa e os chupões e mordidas em volta dela.

Ai caralho. Não foi um sonho! Quase conseguiu ouvir sua cabeça de baixo exclamando animada.

— Bom-dia.

O paulista sorriu divertido vendo que o outro finalmente caíra em si. Entendia a situação pois também acordara desnorteado, mas assim que se viu no espelho a ausência de tatuagens era evidência muito forte para ignorar.

— Fiz o café da manhã. Espero que não se importe... — Seus olhos passearam para baixo fixando em sua virilha. Alargou mais o sorriso. — Quer comer ou quer resolver isso primeiro?

O outro lugarOnde histórias criam vida. Descubra agora