Mãos para trás

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O cap de hoje xuxus  ;*

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— Uau! Eu nunca imaginei que tu ia comprar uma casa! Tu sempre fala que ama morar em apartamento! — Paraná exclamou saindo do carro e admirando a casa alheia.

— Eu não. Mas esse São Paulo daqui sim. — Suspirou destrancando a entrada. Abriu a porta. — Não surta meo.

O sulista entrou no lugar admirando toda a decoração. Definitivamente uma estética que não combinava muito com o São Paulo que conhecia, que seria uma pegada industrial brutalista. Mas aquela casa ali era moderna, misturando cores escuras com madeiras claras nas superfícies e plantas para todo o lado. Meio zen. Viu num dos cantos uma pequena fonte e um tapete de yoga. Meio não, totalmente zen.

— Só teve um quarto que eu não consegui abrir. — O paulista comentou distraído.

Aquilo imediatamente chamou a atenção do menor.

— Sério?! Qual?

— Ah.... Um do lado do principal. Acho que seria o equivalente a um escritório. Mas tem uma escrivaninha bem ajeitada no quarto, então não sei.

Paraná sorria enigmático.

— Me mostra onde é. Quero ver.

Estranhou um pouco a animação do amigo, mas ele dava uma dessas de vez em quando então não pensou muito profundamente a respeito. Andou até o local sendo seguido pelos dois e apontou para a porta trancada.

Paraná logo se adiantou e analisou o trinco de perto.

— Tu não falou que tinha essa tranca!

— Que tranca?

— Aqui ó. — Apontou para uma pequena lente preta. — Isso é um sensor.

O paulista analisou de perto também.

— Caralho! Eu não tinha visto meo! Como que cê sabe dessas coisas? — Olhou para o amigo, que tinha um sorriso maroto na cara. — Quer saber. Esquece. Não quero saber os sites da deepweb que você entra.

— Não descobri isso na deepweb. — Se defendeu falsamente ofendido. — Foi num site de sex shop BDSM. Apareceu a propaganda lá.

Rio de Janeiro engasgou com a informação. Constrangido.

— Mesma coisa. — SP rebateu rindo da cara do carioca e se dirigindo a ele. — Meu Paraná pra você.

— O Paraná que eu conheço jamais falaria essas coisas. — Rio se defendeu ainda se recuperando do engasgo.

— Isso aqui tem que ter uma chave em algum lugar. — O sulista continuou sua análise ignorando os comentários alheios. — É um negocinho bem pequeno. Vi que dava até pra colocar num piercing se quisesse! — Exclamou animado. De repente os sudestinos ficaram em silêncio. — Que foi?

— A-acho que eu sei onde tá a chave. — São Paulo murmurou baixinho.

— Sério? — O menor exclamou animado. — Pega lá! Agora eu tô curioso pra ver o que tem aqui! — Bateu na porta com a mão aberta. — Só pode ser um quarto do sexo.

— Claro que não! — RJ se manifestou indignado. — O São Paulo não é esse tipo de pessoa!

— Tem certeza? — O paulista murmurou baixinho sob olhares do amigo e namorado. — Olha o site que ele viu essa tranca! — Desviou o olhar corando mais. — E todo o resto.

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