𝑪𝑶𝑴𝑶 𝑴𝑨𝑹 𝑬 𝑻𝑰𝑵𝑻𝑨

𝗼𝗶𝘁𝗼

Não revisado.

[...]

                   

                   —... — Itachi Uchiha... você acabou de se tornar um imbecil — Izumi tem um péssimo gosto, um bem merda para não dizer horrível — Tentei me afastar dele mais uma vez, mas foi inútil, Itachi pressionou meu corpo contra a parede usando as mãos, ele apertou minha cintura com tanta força que pensei que fosse me quebrar ao meio. Eu sinto sua pele tocando a minha, as gotas de suor se misturando e meu coração tão acelerado que ter um ataque cardíaco não seria difícil, por que ele não me deixa ir?...— Me solta...eu não quero ter que implorar então apenas...me deixe ir embora.

— Vai mesmo me pedir com essa carinha?— Ele sorriu, Itachi me virou de repente, ele agarrou minhas pernas e andou comigo até a pia mais próxima, ele me carregava como se eu fosse uma pena de tão leve, parece que a academia está dando resultados...— Fique aqui — Me colocou sentada na pedra de mármore, é fria...odeio coisas frias — Só...me responde uma coisa.

— O que?— Olhar para ele sempre foi tão torturante assim? Itachi Uchiha é um dos caras mais bonitos que eu conheço, ele é perfeito...e sim, eu me sinto péssima por achar isso — O que quer saber?

— Está tão apaixonada por ele que não pensa mais em mim? — Esses olhos, desde quando eles são tão...puros? Desde quando ele me olha assim?...

— ...— O que?

— ...me responde S/n, porra...

— Por que quer saber? Você parou de falar comigo, a escola acabou e você passou a não dar a mínima para mim, não pode me perguntar isso...

           Por que ele parece estar me cobrando algo justo agora??

— O que?...

— Você me entendeu bem, por que quer saber? Se afastou de mim, não tem o direito de me perguntar nada! — Itachi e eu estávamos ficando por mais de um ano, um ano sem Obito e Izumi saberem, ele me pediu isso, disse que ainda não estava pronto para mostrar aos dois que gostava de alguém, e em partes ele se sentiu mal pelo Obito ter levado um fora, foi a nossa promessa, eu prometi que esperaria ele...até que o próprio decidiu por si mesmo me ignorar o verão inteiro— Você me deixou de lado.

— Eu não deixei — Me olhou nos olhos, não deixou? Ele está brincando comigo? — Eu não tinha maturidade nenhuma para um relacionamento e você sabia disso, eu não...

— E daí?— O agarrei pela gola da camisa — Eu sempre disse que queria ser a sua namorada, mas você me ignorou...e agora quer tirar satisfação porque fiquei com o Obito? Está mesmo falando sério? Você não pode me cobrar isso!

— Isso não é justo S/n, eu estava confuso e foi isso que fez? Deu para o meu melhor amigo!?? Ele foi sacana e você também!

— Eu não planejei isso! Eu estava brava com você!

— E não podia ter esperado mais um pouco!?

— Eu...

— ...eu sou apaixonado por você, sabe disso, não é?— Itachi segurou minhas mãos — A gente não pode só esquecer isso? Esquecer e...talvez tentar de novo? Não agora é claro, eu não tenho ideia do que você quer...mas estou disposto dessa vez, a gente...

— Eu e você?...— Ele assentiu — Me desculpa... eu não...

— Não me responda isso agora, tá? Só...me deixe te levar para casa, pense um pouco sobre isso, com carinho por favor...— Ele deu um passo para trás — Eu sei que posso ter te perdido para ele, mas sinceramente espero que não...um ano não pode sumir desse jeito.

— Itachi...

— ...eu vou te esperar lá fora, você sabe qual é o meu carro — Ele pegou a mochila que estava no chão perto da porta.

            Droga...

— ...— Encostei minha cabeça na parede atrás de mim — Puta que pariu...

[...]

                        O caminho até a minha casa foi o mais longo de todos. Itachi não disse uma palavra, eu não disse uma palavra, o silêncio era perturbador...

                   — A gente...ainda não conversou sobre as férias — Tentei quebrar aquele silêncio insuportável — Você se divertiu? Ainda vai com a sua família visitar sua avó? Faz tempo que eu não a vejo, espero que esteja bem...

— ...minhas férias mudaram nesse verão.

          Mudaram?

— Por que?

— ... não fui a casa da minha vó, meus pais...eles se divorciaram, nenhum deles quis conversar sobre nada então passei o verão todo cuidando da minha mãe e da minha irmã — Itachi...— Eu...pensei em te contar...

— Você pensou?? Itachi...— Eu...

— Eu não queria te encher com isso — Ele virou a esquina — Já passou de qualquer forma, não é importante, pelo menos não como foi na época.

— ... você podia ter me contado, eu...eu estava aqui, não ia me encher com isso, somos amigos, eu não...eu não reclamaria de nada e você sabe, sempre estive disponível para você.

— Não só para mim pelo visto...

— Ei...

— ...foi mal, tô sendo babaca — Ele forçou uma risadinha — Desculpe...

— ...tudo bem.

—...— Ele olhou em volta — Estamos quase chegando, seus pais estão em casa? Me lembro que eles não gostam que você chega tarde, posso falar com eles se precisar, eu digo que a culpa é minha por ter se atrasado.

— ...eles não estão em casa, viagem para ver a família.

— Ah...tudo bem — Ele estacionou bem na frente da minha casa — Está entregue.

— ...— O Itachi...teve que se virar sozinho enquanto eu estava aqui, me divertindo e jurando que ele me odiava, eu o insultei mentalmente tantas vezes...— Que merda...

— O que?— Me olhou.

— ... você... está com pressa?

— Na verdade não...

— Não quer entrar um pouco? Pelos velhos tempos, a gente..nunca mais fez isso antes, meio que faz falta — Tínhamos uma rotina, todas as sextas-feiras ele vinha em casa e passava a noite comigo, Itachi sempre cozinhou muito bem então ele fazia a nossa janta, eu escolhia o filme e esse era o nosso programa da semana, paramos de fazer isso quando o verão começou...— Só se quiser, eu não...

— ...tem certeza? Eu não quero ser incoveniente, não está cansada?

— Não muito, e...meio que eu tenho muitas coisas para te perguntar.

— ...tudo bem, eu passo a noite aqui, e eu realmente espero que o filho da puta do Obito não apareça, caso contrário eu arranco os dentes dele— O estressadinho saiu do carro e deu a volta, ele sempre abriu a porta para mim — Anda, odeio ficar na rua durante a noite.

— Ok, ok...eu esqueço que você tem medo de fantasmas — Passei por ele— Tão velho e com medinho...

— Ei! Eu não tenho medo...eu só não curto o escuro.

— Claro, muito másculo da sua parte.

— S/n! Não me zoa não! Você tem medo de aranha!

— Cala a boca! E vê se entra logo!— Abri a porta e apontei para dentro — Vai Ita.

— "Vai Ita", eu só vou porque eu quero — Ele entrou.

                Que cara difícil...