𝙃𝙖𝙧𝙙 𝙩𝙤 𝙇𝙤𝙫𝙚
❝ Omary hightower, irmã mais nova de alicent hightower é trazida de volta ao castelo dos targaryen por seu pai para se casar com 𝙟𝙖𝙘𝙖𝙚𝙧𝙮𝙨 𝙫𝙚𝙡𝙖𝙧𝙮𝙤𝙣, o bastado.❞
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Escrito por: Barbosa239
Capa por...
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Depois do treinamento com Jacaerys, eu precisava de um lugar para limpar a mente e meus aposentos não era um dele. campo de treinamento havia sido intenso, repleto de trocas de olhares e tensões não ditas. O olhar de Jacaerys ainda estava fresco na minha memória, e, por mais que tentasse afastá-lo, ele parecia se tornar mais presente, mais impossível de ignorar. Os sentimentos e pensamentos conflitantes tornavam impossível para mim encontrar a paz.
Então decidi ir ao septo.Embora eu raramente buscasse conforto ali, hoje parecia o único lugar que poderia me ajudar a processar o turbilhão de emoções e responsabilidades que carregava. O lugar estava silencioso, envolto em uma paz fria que sempre me causava uma estranha tranquilidade.
Mas assim que entrei, percebi uma presença que não esperava. Alicent estava ajoelhada em frente ao altar, a cabeça inclinada, os dedos entrelaçados em oração. A visão dela, tão compenetrada, quase me fez dar meia-volta e sair antes que ela notasse minha presença. Mas algo me impediu; talvez fosse o desejo de finalmente confrontá-la sobre tudo o que havia acontecido entre nós desde que meu casamento fora decidido. Alicent e eu sempre tivemos uma relação tensa, e eu sabia que ela carregava seu próprio peso de responsabilidades e deveres, mas ultimamente, essa distância entre nós se tornara quase insuportável.
Decidi caminhar até o altar, mantendo a postura firme, mas sem fazer barulho. Quando parei ao lado dela, ela abriu os olhos e me lançou um olhar breve, uma surpresa sutil passando por sua expressão antes de desaparecer. Alicent se levantou devagar, alisando as dobras de seu vestido verde, os olhos fixos em mim.
— Omary — disse ela, a voz suave, mas carregada de uma autoridade silenciosa. — Não esperava encontrá-la aqui.
— Talvez eu também não esperasse — respondi, tentando manter o tom neutro, mas sem esconder o desafio nas entrelinhas. — Mas parece que, por algum motivo, este é o único lugar onde consigo pensar com clareza...
Ela me observou por um instante, seu olhar avaliador, como se tentasse decifrar o que eu realmente queria dizer. Havia uma tensão entre nós, mas Alicent, como sempre, parecia decidida a manter as aparências.
— A paz é algo que encontramos em nossos deveres, Omary — disse ela, o tom quase condescendente. — É aqui que nos lembramos do que nossa família e o reino esperam de nós.
Senti meu estômago revirar com as palavras dela, mas respirei fundo, tentando não deixar que a irritação transparecesse. Era sempre assim com Alicent; tudo se resumia ao dever, às tradições, como se nossos sentimentos fossem detalhes insignificantes.
— Alicent, talvez o que o reino espera de nós não seja sempre o que queremos para nós mesmas — murmurei, a voz mais firme do que eu imaginava. — Você construiu sua vida inteira em torno do que os outros querem. E agora exige o mesmo de mim. Mas e o que eu quero? Já se perguntou isso alguma vez?
