O que é para ser escrito, o que eu escrevo, o que eu publico - talvez tudo isso seja apenas um reflexo do que observo no cotidiano. São pequenos textos que nascem de instantes, uma visão poética sobre o que é estar aqui e agora. Se fosse um diário, seria só para mim; se fosse para o leitor, talvez usasse meus sentimentos para iluminar algo, criar alguma coisa dentro de quem lê. Mas hoje, não há um grande sentimento a ser distribuído, não há uma emoção forte que precisa ser transformada em palavras.
Essa semana, apenas observei. Estive no alto de um morro, sentindo o vento que balançava meus cabelos, e, por um momento, isso era tudo. Esse simples instante de não pensar em nada - uma quietude que lembra a meditação, quase como um movimento natural, um fluir onde os pensamentos se dissolvem. É interessante, porque há algo no ato de simplesmente estar presente que é mais profundo do que o ato de refletir, mais profundo até do que o entendimento.
Foi uma sensação que me pegou de surpresa, como quando você fecha os olhos e só sente o sol batendo nas pálpebras, com seus contornos de sombra e luz. Você sabe que está claro de um lado, escuro de outro, mas não pensa sobre isso. Apenas sente. E naquele instante, nada importa, nem os problemas, nem o mundo lá fora. Parece que há uma paz que se infiltra, não porque tudo está bem, mas porque, por um momento, nada precisa de resolução.
Talvez seja isso que eu precise compartilhar essa semana: a beleza de, às vezes, não pensar em nada. A liberdade de não precisar entender, de não precisar nomear. E quem sabe essa sensação também seja útil para alguém, essa leveza de simplesmente fechar os olhos e caminhar, sabendo que, por um breve instante, o peso do mundo não está sobre nós. É apenas o agora, um momento fugaz de paz onde tudo é permitido porque nada é necessário.
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O Cotidiano em Relatos
PoesiaOlha, não sou uma famosa, então talvez isso aqui seja só um monte de palavras jogadas por aí. Quem sabe você encontre algum sentido nelas? Ou talvez só risadas. São relatos poéticos sobre o tempo, os sentimentos e as loucuras do cotidiano. É só o de...